Os dias e noites então passaram correndo e logo, os lobos perceberam que tinha se passado 6 meses, eles tinham se enturmado com os cangurus e já se sentiam parte daquele lugar (inclusive, eles e os cervos, a não muito tempo, tinham se tatuado, aquilo era uma honra para os cangurus), mas, o mais importante, claro: eles coletaram informações e conseguiram enfim arranjar coragem para o dia de hoje: o dia da volta deles a estrada.
-HAAAAAAAA, NÃO QUERO IR NÃO!!! - O cervo anão, Ubiratã (que, por sinal, se encontrava sem chifres) falou, agarrado ao seu feno de dormir.
-Mas temos que ir, nós...por que a gente tem que ir mesmo? - Piatã (que também estava sem seus enfeites naturais de cabeça) disse, se dirigindo aos lobos.
- Porque aonde estamos pretendendo ir, tudo é melhor e mais interessante, não é, Dante?
- Sim, ao menos aonde eu estava era...mas eu lembro que essa parte do mundo era bem bonita e avançada.
- Viram?
-Hu, não tô a fim não, para mim, aqui já está ótimo. - O cervinho disse, birrento.
- Mesmo que não queira, a gente quer, então seguiremos viagem, se quiser, pode ficar aqui. Acho que já é suficientemente longe para que os lobos não os incomodem. - Dante fala sorrindo.
- Bem...na verdade, espero acabar a nossa jornada nesse tal lugar fantástico. Quero ver o quão maravilhoso é o mundo fora daquela ilhazinha. - Piatã fala com um pequeno brilho no olhar.
- Huuuuu, Piiiiiiii, não faz isso comiiiiiiigo. - Disse o pequeno cervo, implorando ao maior enquanto o escalava.
- Não, eu quero, então vou te arrastar comigo. - O cervo maior dizia bem humorado, abraçando seu amante com carinho enquanto o cervo menor resmungava.
- Bem, vamos deixar vocês a sós, vamos falar com os chefes e ver se o navio está pronto, depois, já poderemos partir. - Disse Roca, sorridente enquanto mexia em sua bolsa de medicamentos.
- Juízo hein, meninos. - Dante disse meio que de brincadeira.
- Tá, tá, só vão! - Ubiratã disse emburrado, ao que Roca só rio e seguiu.
Dante e Roca então começaram sua andança pelo vilarejo, que, diferente do início da estadia deles, estava mais receptivo aos lobos, os cidadãos sorriam e acenavam para eles de maneira amigável a medida que passavam, os que não o faziam, mandavam olhares para eles, por nada mais, nada menos que as marcas dos dois, Dante mantinha marcas brancas em seus pelos e o Roca (chamando a maioria das atenções) com suas marcas vermelhas, e assim foi até eles chegarem na cabana do chefe.
Lá ambos se ajoelharam como era de praste e ergueram as cabeças logo depois.
- O que me trazem hoje? - Yannatahan questionou sério, era o um dos poucos fora o chefe que não amoleceram ou abaixaram (completamente) a guarda contra os lobos.
- Um elixir. Aquele que comentei anteriormente, está mais concentrado que os últimos que fiz. - O menino dos olhos diferentes disse erguendo o dito elixir.
- Hu. - O canguru ergueu o braço e pegou o frasco, o analisando. - Acatarei como o tributo do dia.
- Pois bem, senhor. - Roca respondeu.
- O barco de vocês está preparado, se quiserem vê-lo, basta irem a praia. - O chefe Tuana disse meio de guarda baixa.
- Agradecemos, chefe Tuana. - Dante disse ainda de cabeça baixa. - Se possível, partiremos ainda hoje.
- Que os ventos estejam em popa. - Disse Yannatahan, sua sequidão era quase avassaladora.
- Digo o mesmo. - O chefe comentou um pouco mais terno que o seu conselheiro.
- Obrigado. - Ambos os lobos falaram juntos.
- Dispensados se é só isso o que queriam. - O conselheiro disse.
E assim, ambos assentiram, se ergueram e se viraram, indo embora.
-Mesmo depois de tanto tempo, ele ainda é seco. Isso é um saco. – Comentou Roca, na língua dos lobos, sabia que falar mal do líder e/ou do conselheiro era idiotice na língua em que todos os cangurus pudessem o entender.
-Um pouco, mas é dele. E faz sentido, afinal, chegamos aqui do nada e vamos sair daqui do nada também. – Dante continuou, na mesma língua.
-Bem...é. – Ele falou rindo minimamente.
Eles então começaram a conversar sobre coisas aleatórias, andando calmamente até aonde estava o barco.
Lá, alguns poucos cangurus o analisavam e davam os toques finais.
-Como ele está? – Roca pergunta olhando os trabalhadores.
-Bem, senhor. Fizemos como nos foi instruído. – A segunda fala, ele dirigiu a Dante.
-Vejo. – O lobo marrom comentou, indo para a embarcação e a tocando, tentando achar alguma falha, ele vasculhou o casco e até viu a parte de dentro a embarcação. – Bom, está ótimo. Perfeito para irmos hoje.
-Ainda hoje, senhores? – Um dos cangurus perguntou um tanto surpreso.
-Sim, achamos que já usufruímos demais da hospitalidade de vocês. – Dante disse sorrindo enquanto saia do barco.
-É. – Roca complementou
-Bem...seria realmente o ideal, deixar o barco esperando seria meio desagradável.
-Sim...estamos pensando nisso também. Por isso iremos hoje.
-Pois bem...o barco já se encontra pronto, só necessita de suplementos.
-Os conseguiremos sim. – Roca sorriu e levou Dante consigo para longe.
O lobo branco e o lobo marrom colheram e caçaram um pouco até que, enfim, conseguiram os recursos, quando perceberam tal coisa, eles voltaram para o barco, onde os cervos e os cangurus.
-Bem...cremos que essa seja a última vez em que nos veremos, não? – Dainan falou sorriu, ajudando Ubiratã a subir no barco.
-Última não. Sejamos positivo. – Roca disse, dando tapinhas nos ombros de Dainan.
-Bem...vamos tentar.
-Vamos sentir saudades, sacos de pancada. – Bearthan disse com um sorriso confiante.
-Nós também, saco de pancada maior. Nós também. – Dante disse o abraçando e sendo retribuído.
Os quatro então assentiram e os lobos entraram no barco e deram partida, olhando para trás, eles davam adeus aqueles cangurus e aquela terra.
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Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)
AdventureEm um mundo onde existem animais que podem andar sob duas patas, usar as mãos e mais umas coisinhas (dependendo da espécie, claro), um lobinho-marrom chega a distante ilha de melville, e lá, ele encontra algo que não tinha desde os 5 anos: uma famíl...