O FILHO DO DUQUE E EU ~WANGXIAN~ MPREG

suposta solução

Embora o vento álgido batesse em seu rosto deixando suas bochechas ainda mais vermelhas do que o natural, Wei Wuxian não poderia deixar de ir ver seu amado. Mesmo que fosse um ato arriscado, ele iria até ele.

Com as roupas típicas de um lorde e um pano sofisticado passado por sua cabeça na intenção de bloquear o ar gélido diretamente em sua pele alva, caminhava depressa para chegar ao jovem rapaz que conheceu aos seus dezessete anos.

Agora no auge de sua juventude aos vinte e um anos corre o risco de sofrer por amor, apaixonado por um soldado de infantaria. O rapaz nunca contara sobre sua paixão, não se arriscaria a isso sabendo o que pode bem acontecer com alguém socialmente inferior a ele.

— O que faz aqui? sabes bem o que pode acontecer se alguém nos pegar juntos. Olha como está gelado. — disse o soldado Lan Wangji quando seu amado se jogou em seus braços buscando por afeto.

— Você estava me preparando naquela noite, não estava?

O rapaz sabe bem do que Wei está a falar, ele ainda lembra da voz triste que tinha ao tocar no assunto de que o lorde não poderia ficar tão apegado a si porque em algum dia ele teria que sair para batalhar e havia possibilidades de nunca voltar.

— As coisas funcionam assim, eu sou um soldado e é meu dever proteger o reino.

— Você não está pensando em mim.

— Wei Wuxian, eu não luto por ódio a quem está a minha frente e sim porque amo quem está atrás de mim, e esse alguém é você. Meu dever é proteger você e sua família, eu ficarei bem se estiver bem. Você é o estímulo que leva-me a entregar ao sacrifício sem contrapartida de recompensa, além de lhe ter seguro. Eu poderia fugir com você, ter nossa casa simples e ver nossas crianças brincar no quintal, eu faria tudo isso se soubesse que seria uma saída para nós. Mas eu sei que as coisas não funcionam assim, você ainda correrá riscos...

— Vamos fazer isto, vamos ter a nossa casa e criar nossos filhos eu não me importo com meu título e nem com minhas riquezas.

— Isso só nos trará perseguições, seria o mesmo que colocar a corda em nosso pescoço e nos enforcarmos.

— Ainda assim não me arrependeria.

— Não seja irracional. Eu ainda espero pelo tempo em que poderemos ficar juntos sem empecilhos.

— Vamos ter um bebê...

Seus pensamentos e tristeza de que teria que deixar seu amor ir a guerra e nunca mais voltar infiltrava em sua cabeça, lhe apresentando um mundo de ilusões.

Lan Wangji não pensou duas vezes em soltar o rapaz que estava agarrado a si lhe dando um choque de realidade.

— Isso não resolveria nossos problemas. Impossível colocar uma criança nesta história que não acabará nada bem, eu não posso ficar com você. Não sei porquê insistimos se sabemos disso...

— Porque nos amamos. E poderia ser uma solução sim, assim como indicava na carta em que li na mesa de meu pai.

— A carta... está maldita carta! Você nem sabe o contexto dela... lembra o que me disse?

— Ela estava apagada, suas escrituras estavam claras mas eu li claramente "isso não está no regimento, para que não aceites criança de um Lorde com alguém inferior aos seus olhos"

— Mas você precisa ler todo o resto para entender, eu não colocarei minha vida, sua vida e de um bebê nosso nisto.

A lágrima quente descia sobre sua face fria, Wei não poderia não ficar triste. Questionava sempre o céus do porquê ele ser um lorde se eles fariam com que ele amasse alguém que não poderia ficar.

O jovem com quem Wei Wuxian encontrava-se só aceitava o encontrar tarde da noite, pois sabia que na calada da noite as chances de serem pegos juntos eram quase nula.

Lan Wangji abraçou Wei novamente o acolhendo em seus braços fortes, sentindo o atrito de sua pele aquecida com a do rapaz que estava fria o causando arrepios. — Está com frio? — Perguntou a Wei Wuxian que respondeu apenas com um murmúrio em concordância. — Venha, deixe-me abraçar-te.

Apertou o menor em seus braços. Não havia ninguém perto e os mesmos sabiam disso, se sentiam seguros para ficarem juntos e trocarem carícias.

— Acho melhor você ir.

A feição do lorde era triste e nem mesmo uma criança inocente poderia deixar de notar. Ele voltava para o Palácio, ainda passando por becos sentia os pelos de sua nuca se arrepiarem prestando atenção aos arredores. A tristeza inundava seu coração não segurando as lágrimas enquanto andava de cabeça baixa e de longe alguém o escoltava em silêncio, o alguém que ele mais ama.