última despedida

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A descoberta de novos sentimentos em Wei Wuxian fazia com que seus olhos passassem atentamente sobre o pequeno menino em seus braços, enquanto seu cérebro tentava assimilar características que ele carregava de seus pais, mas o bebê ainda era pequeno demais para dizer com quem parecera, talvez fosse um misto perfeito de ambos.

A fumaça da bebida continua a subir, assim como o nervosismo da mulher ao saber o nome que o filho de Wei carregará, Lanwei.

Enquanto alguns lamentavam Hua Cheng não perdia tempo, o rapaz não poderia fazer isso, não quando tem em sua mente os olhos tristonho de seu amor e a imagem de seus dois filhos adormecidos sobre o divã um tanto que envelhecido.

Sentando diante de uma escrivaninha observava a feição descontente de seu irmão.

Era um desafio e não havia como não ficarem perturbados ao pensarem que não poderiam cometer erros, isso os condenará. Lan Wangji estava sentado no beiral da cama, levantou-se e começou a andar como um animal que vivera a vida toda livre e de repente foi enjaulado.

Precisavam desesperadamente que tudo ocorresse da melhor maneira possível. O período de três dias que Hua Cheng propusera não estava distante demais. Precisava que o novo herdeiro fizesse logo a diferença. Wei Wuxian estava ciente do que acontecerá daqui a três noites...

[...]

Lan Wangji olhou fixamente para o clarão das lamparinas se aproximarem. E por um instante, viu de relance uma figura pequena coberta com a manta que ele entregou a Wei como o primeiro presente ao seu filho, o jovem lorde bem vestido avançava em sua direção. Os olhos vermelhos denunciava seu choro e hesitante entregou Lanwei nos braços de seu outro pai. Antes de cobrir a criança novamente deixou com que Lan Wangji o olhasse pela primeira vez, o soldado tentou gravar todos os traços do pequeno rosto, eles eram bem-apessoados; talvez o menino irá lembrar muito Wei Wuxian.

— Esta definitivamente é nossa última despedida, eu lhe prometo. — Deu um selar nos lábios de Wei Wuxian.

— Ele repele camas de bebês... então quando for dormir coloque ele junto de você, apenas tome cuidado para não se mexer e machuca-lo, ele é tão pequeno...— alertou com a voz embargada.

— Farei isso, não se preocupe. Tentarei voltar antes de dois dias. — Wei apenas concordou com a cabeça.

Tinham transcorrido algumas horas desde que Lan Wangji, Hua Cheng, Lanwei e os cocheiros partiram. O soldado não fechou os olhos por um segundo sequer, morria de cansaço mas não faria isso, ao contrário de Hua Cheng que estava recostado no banco da carruagem e de Lanwei que dormira tranquilamente em seus braços.

Quando chegaram pela manhã foram recepcionados pela duquesa eufórica, contudo Lan Wangji mostrou sua falta de apreço. Exausto fisicamente pediu apenas por um quarto e se direcionou a ele.

Á medida que as horas iam se passando a luz do sol ia se tornando mais reluzentes e o bebê tentava se ajustar a ela, foi quando resmungos se tornaram audíveis.

Os sinais de descontentamento passaram a ser mais perceptíveis. Estava calor, mas não o suficiente para causar incômodo a um recém nascido. Ele chorava inconsolavelmente, bradando, agitando seus braços e pernas.

— O que foi nenê? Está com saudades do papai Wei? — Perguntou ao menino que berrava em seus braços, tentava não deixar o desespero tomar.

Lan Wangji limitou-se a ficar chateado. Bateram na porta e ele foi até lá, apenas com uma mão abriu. — O que você deseja? — indagou a An Chun com seu tom de voz um pouco mais alto para que ela ouvisse, o choro estridente dificultava isso.

— Posso ajudá-lo? — Apontou para Lanwei

O soldado pensou em negar mas ao levar seus olhos para seu filho e ver o quanto os lábios pequeno tremia aceitou.

A mulher foi até Lan Wangji e arrumou a posição de neto sobre o colo do pai, encostando a barriga do menor sobre o corpo do soldado — É mais comum desenvolver cólica na segunda semana de nascido, mas você é apressadinho como seu tio Hua Cheng, não é mesmo? — Conversava com o menino a medida que ele se acalmava — Deixe ele em contanto com sua pele e se não melhorar faça leves massagens ao redor do umbigo. Caso precise de minha ajuda não hesite em me chamar.

Antes que a duquesa saísse Lan Wangji disse: — Agradeço pela ajuda.

— Logo irão trazer sua roupa para a cerimônia de apresentação do herdeiro do reino de Suzian e seu descendente. — Sorriu docemente ao olhar para o recém nascido e saiu do cômodo.

O vento soprava. E ao passar pela grande porta de madeira dava-se inicio as escadarias. Lan Wangji parou por uns instantes para admirar aquela imagem emblemática de pessoas o recepcionando como um nobre e um não soldado, ser um aristocratas não era tão importantes assim, o que lhe deixara feliz mesmo é saber que não haveria mais empecilhos no relacionamento entre ele e Wei Wuxian. Havia tanta gente que ele não conseguira ver onde terminava a multidão.

revelara a corrupção do reino vizinho de Suzian e expuseram uma crítica inflexível do ataque perpetrado pelo duque e duquesa que tentavam impedir os dois jovens de ficarem juntos. Tal ato deixara com uma visão sombria do reino e do duque se ele continuar no reinado, levando a todos a pedirem que o poder seja passado para Wei Wuxian. Tiveram de explicar o suposto sequestro do herdeiro de Suzian e como o acharam, a história resultou um castigo a An Chun, seu marido conseguiu aliviar sua situação e a punição decretada foi pedir perdão de joelhos em frente toda a população, além de vender parte de suas joias e doar o dinheiro ao abrigo infantil.

A natureza perigosa do trabalho de Lan Wangji foi citada por inúmeras vezes e as ameaças constantes à sua vida partidas da mãe de Wei também. Não perderam a oportunidade e até mesmo disseram sobre a mulher querer entregar o primeiro descendentes de Wangji e Wei Wuxian sem seus consentimentos, causando comoção em todos que estavam presentes por se tratar de uma criança.

Lan Wangji reconheceu seu nome verdadeiro pela primeira vez ali onde todos gritavam em uníssono — Viva o futuro de Suzian, viva a descendência de nosso reino!

Trajados de roupa caríssima, vestes essa em tom branco com detalhes dourados; realçava a beleza exorbitante de Lan Wangji e o que mais chamava a atenção era o pequeno ser em seu colo vestido com uma roupa azul clara maior que seu corpo, era visível que estava grande, o menino nascera menor do que imaginado.

A coroa simbólica foi entregue a Lan Zhan, e este objeto era a personificação de mudanças para ele. Agora ele era um lorde...

Estava tão confiante, mas seria mais gratificante se Wei Wuxian estivesse ali para ver Suzian comemorando por sua chegada.

Ele finalmente sentira o gosto da vingança que um aristocratas pode sentir por fazer parte da nobreza. Pela primeira vez poderá começar sua nova vida com o poder de eliminar aqueles que desejaram sua infelicidade e a de seu amado

Lan Wangji é e sempre foi nobre





Aut
Agora vem o tombo da mãe do Wei e do pai?

Feliz pra sempre?

O FILHO DO DUQUE E EU ~WANGXIAN~ MPREGOnde histórias criam vida. Descubra agora