O FILHO DO DUQUE E EU ~WANGXIAN~ MPREG

Seu sonho é meu sonho

AVISO: Boiolice com um pingo de tristeza

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— O que está fazendo Chang?

— Eu não o matei está apenas desacordado. Não me olhe assim... eu não iria matar ele, mas ele sim ceifaria a minha vida.

Wei Wuxian queria ver com seus próprios olhos, ele nunca sentiu tanto medo como agora, mesmo ele saindo na calada da noite para ver um homem plebeu os colocando em risco. Se aproximou de Wangji deitado na cama e viu seu abdômen subir e descer.

Depois deste ato ele notou que não havia nada de errado com o soldado, sentiu as mãos de Chang tocar seus ombros, assustou-se.

— Está com medo de mim?

— Estou.

— Honesto.

— Ele irá demorar para acordar?

— Não, ele já está despertando.

Chang encarou a forma como os dois a sua frente se olhavam, ele nunca havia visto alguém se olharem daquele jeito, de uma maneira tão intensa. Ele deu alguns passos e saiu para fora deixando-os a sós.

— Você entende o porquê eu ter feito isso não é mesmo?

— Sim. Ohw!

— O que foi?

— Senti...

— Sentiu o que?

— Tremer o pé de minha barriga. Acho que não vai acontecer novamente por hoje. — disse triste — Você nem sentiu.

— Está tudo bem, ainda teremos tempo.

Sem pensar e mergulhado por aquela nova sensação, abraçou Lan Wangji e o beijou.

A proximidade entre os dois era maravilhosa, amavam aquele cheiro familiar que encontrava um no outro, sensação de lar se instalava.

— Eu passaria minha vida toda te abraçando Wangji.

— Eu também.

O sorriso de Lan Wangji desapareceu quando afastaram-se.

— Ele não é uma má pessoa, acredite em mim.

— Desculpe, mas eu sou um soldado e confio desconfiando.

— Até mesmo em mim?

— Não digas tonteiras.

— Você acha mesmo que se ele fosse um traidor estaria vivo neste momento?

— Você não me entende.

— As vezes eu sinto como se você estivesse me dizendo para ir embora de uma forma diferente, mas se for isso... não se preocupe comigo.

— Wei Wuxian...

— Eu não sou uma pessoa difícil de se entender, basta apenas observar atentamente, mas posso dizer que sou alguém difícil de ir embora da vida de alguém, a menos que ela peça para me retirar eu fico tentando todas as possibilidades para ficar, mesmo que algumas delas não seja tão diretas, posso compreender facilmente o que me dizer, juro que tomarei posição para entender tudo o que disser-me, sei que o exército é importante para você e te faz se sentir ligado a sua falecida família.

— Por qual motivo está me dizendo tudo isso?

— Estou convidando a retirar-me de sua vida, eu acho que para você e para mim já deu. Não é mesmo? Assim como você disse aquela vez.

— Pare agora de dizer isso.

— Eu não quero dar trabalho.

— WEI WUXIAN!!

— Eu estou com medo, o medo vem me assombrando e ele pegou-me neste exato momento. Eu estou aflito e se para proteger-te eu precise fazer isto farei... você poderia viver sem complicações, eu quero ser um peso leve em sua vida.

— Eu não desejo outro alguém, não desejo trair-te, não desejo magoar-te, não desejo iludir-te, não desejo ser metade do seu amor, eu quero por inteiro, e se isso não for me pertence aprenderei me contentar apenas com a meia parte de nossa felicidade; até você se cansar de pensar que foi em meus olhos que encontrou a faísca que faltava nos seus. Qual nosso sonho?

— Casa simples e crianças brincando no quintal.

— Seu sonho é meu sonho, e eu passaria dez, treze, dezesseis anos esperando por isso se for preciso.

— Promete?

— Sim.

Conversaram sobre toda a situação, Wei fez questão mostrar a confiança que possuía em Chang para Lan Wangji, na tentativa de confortá-lo e garantir que o outro Lorde não os causará danos.

Os dois jovens lordes voltaram para o Palácio e durante toda a trajetória era impossível Wei Wuxian não fantasiar coisas em sua cabeça, mesmo sabendo que era quase impossível um lorde filho de duque casar-se com um soldado, mas ainda assim ele não podia deixar de pensar em como sua vida seria maravilhosa se isso acontecesse.