uma miniatura de litígio BÔNUS 1

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Embora todas as janelas estivessem escancaradas a sala de Wei Wuxian se assemelhava a um forno. Ele andou pelo espaço entre duas das mesas de madeira maciça até chegar a porta. Uma vez que ele emergiu no corredor principal, avistou seu irmão brincando com seus filhos.

O menino rapidamente distanciou-se de ambas as crianças, tomando a espada novamente em suas mãos.

- Tio! Titio! - Lanwei gritava tentando chamar atenção do adolescente para si. - Papai, eu quero continuar brincando.

Wei abaixou-se e de longe Lan Wangji observava seu esposo alisar os cabelos do menino a medida em que também passava sua mãos nas bochechas.

- Ele não gosta da gente? - Sizhui indagou curioso.

- É...

- Agora é hora do treino. E vocês sabem como o tio de vocês é centrado, quando ele termina...

- Você sempre diz isso! Desde quando eu era desse tamanho. - ilustrou para Lan Wangji. - Agora eu já sou um rapaz de sete anos, quando vai parar de mentir papai?!

- Ei, não grite com seu pai. Peça desculpas. - Wei ordenou.

- Eu não devo pedir desculpas a um mentiroso! - dizia enfurecido - Vocês dois são casados porque os dois mentem!!

- Lanwei, não insulte seus pais desta maneira - Lan Wangji proferiu calmamente. Cerrou os dentes e segurou a mão de seu filho primogênito levando-o até a sala de seu esposo. - Entenda, meu filho. Em circunstâncias alguma se dirija a mim ou a seu pai Wei desta forma, você é uma parte de mim e dele mas jamais aceitaremos que você nos trate com tanto desrespeito. Nós somos autoridades, você é uma criança que será educada com todo amor do mundo, porém com castigo também.

- Papai... - os olhos marejaram, contudo sua indignação ainda estava estagnada em seus sentimentos infantis. - Eu odeio você Papai Wei, sempre diz que devemos ser bons e tentar nosso melhor com a família. Mas na primeira oportunidade você deixa meu tio sozinho porque se sente culpado pela morte de seus pais!!

- Lanwei, onde você escutou isso? - Wei Wuxian tentou se aproximar da criança.

- Não me toque!

- Responda seu pai. Onde você ouviu?

- Todos os serviçais estavam comentando na cozinha. Eu só queria um pedaço de bolo, Papai Lan.

- Ficará aqui sentando até que eu ou seu pai diga que você pode sair. Entendeu?

- Sim.

- Agora responda-me, por qual razão está sendo corrigido? - Wangji perguntou com sua face ríspida.

- Desrespeitei meus pais.

- Certo, Espero que isso não se repita. Está me entendendo Lanwei? - O menino nada respondeu - Compreendeu Lanwei?! - O garoto ainda lhe deu como resposta o silêncio.- O sorriso de seu pai é a coisa que mais amamos, lembra? Espero que esteja satisfeito por tirar ele do rosto daquele que mais te ama.

Se tinha algo que era capaz de abalar as estruturas do pequeno Lanwei era o riso de seu pai, as palavras acertaram-lhe em cheio e toda a atitude indelicada e desrespeitosa caiu por terra.

Os pequenos olhos tornaram-se como uma alta mare, e então todo o choro preso na garganta que lhe açoitava de maneira agonizante saiu.

- Papai Wei Wuxian me desculpe, eu te amo e não é verdade que eu lhe odeio.

- Eu também te amo Lanwei - Suspirou - Que isso não volte a acontecer.

Enquanto caminhavam em direção ao quarto de mãos dadas com o esposo Wei Wuxian não deixou de pensar sobre seu irmão, o medo de ser culpado pela morte dos pais era sufocante e imensurável.

Jamais quis ser alguém sozinho, porém deixou alguém só.

- Wangji?

- Hum?

- Tenho algo a fazer.

Inconscientemente Lan Wangji deu um sorriso e apenas acenou com a cabeça.

Direcionou-se até o local de treinamento e as coisas estavam estranhamente paradas. Com o zumbido da pedra passando sobre a lâmina da espada achou a direção em que o jovem estava.

- Assim irá apenas perder sua espada - seus lábios se contorceram em um meio sorriso. - Luta por todo este tempo e ainda não aprendeu afiá-la?

- Você costumava fazer isso para mim sem que nosso pai soubesse para que ele não nos castigasse. - Estendeu sua arma e a pedra para Wei Wuxian.

Tomando os objetos em suas mãos passou a fazer o que o garoto silenciosamente lhe pediu. - Eu sinto muito...

- Sentir às coisas demais é sempre uma auto-tortura miserável, então não sinta. Eu sei que no fundo esta não era sua intenção, apenas aconteceu. - Sorriu docemente.

- Serei uma família para você.

- Você é minha família, melhor, vocês são a minha família.

- tentarei agir como uma de maneira correta. Este final de semana iremos para Rabbit e você deve nos acompanhar - Disse lhe entregando a espada.

- Certo.

- Deixe-me me ir, o dever me chama. Ouço meus filhos me chamar no meu subconsciente. - proferiu com humor.







Aut

Voltei :)

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O FILHO DO DUQUE E EU ~WANGXIAN~ MPREGOnde histórias criam vida. Descubra agora