O FILHO DO DUQUE E EU ~WANGXIAN~ MPREG

Nostalgia

Aviso: este capítulo é dedicado ao shipper Hualian, se não gosta pode pular pois não interfere na história Wangxian
Mas assim... está tão fofo :)
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No quintal, junto de uma amiga estava Xie Lian, ambos observava as crianças correndo sem parar. Uma das crianças havia algo de familiar em Hua Cheng; o formato do rosto e os olhos diziam tudo.

— Conversou com ele? Disse que ele infelizmente não irá vir?

— Não, eu não consigo dizer. Me sinto péssimo por ter dito que Hua Cheng estaria hoje aqui para comemorarmos juntos...

— A culpa não é sua Lian — A mulher tentou consolar o amigo.

O dia se foi. A noite chegou e junto dela a angústia, o rapaz queria aproveitar o silêncio da noite e dormir na certeza de que no amanhecer estaria apenas ele e seus dois filhos.

O menino de apenas um ano segurava firmemente a roupa do pai enquanto dormia soluçando, a dor o incomodava mas ele ainda não sabia dizer então expressava-se em choro. Xie Lian não sabia o que tanto deixava seu bebê assim, ele só tinha o conhecimento de que ele estava febril e tentava acalenta-lo com seu colo.

O garotinho mais velho esperava ansioso pelo seu outro pai, saltitando animado perguntou — Quando meu papai chega para me dar os parabéns? — Liu cheng acabara de completar seus quatro anos.

— Meu amor, seu papai não virá. — O menor após ouvir isso não hesitou em cair aos prantos acordando seu irmão mais novo que não tardou em acompanhá-lo. — LIU CHENG, LEVANTE-SE DESSE CHÃO AGORA! — Repreendeu — Por favor filho, ajuda seu papai Lian a cuidar do seu irmãozinho e não me dê trabalho... — amansou seu tom de voz, mas o menino continuou a chorar.

Xie Lian fechou os olhos com força, tentando conter as lágrimas que se formavam ali, o peito apertou pelo nervosismo, o estômago deu um nó ao engolir a lamentação. Abrindo os olhos, respirou fundo, gesto para manter autocontrole, empenhando-se a não ficar bravo com uma criança que apenas sente falta de seu outro pai.

— Ele não nos ama mais...

— Isso não é verdade, seu pai nos ama muito.

— Você mente... — Soluçou — Papai Lian, você disse que ele estaria no dia do aniversário do bebê Liu.

— Desculpa seus papais, hum?

— Não quero...

— Se eu te contar uma história que prove o quanto seu pai Hua Cheng lhe ama, você nos perdoa por sermos pais falhos?

— Sim.

Lian viu que seu filho mais novo havia retornado a dormir e se levantou para colocá-lo na cama, não antes de verificar a temperatura. — O que você tem hein mini versão de Cheng?

— Papai!!

— Eu já estou aqui. — disse sentando e pegando seu filho no colo — Eu sai para ajudar a titia que tinha acabado de ganhar nenê, foi apenas por algumas horas. Deixei aos cuidados de Hua Cheng, afinal, você estava dormindo tão profundamente; lembro-me até hoje a maneira que dormia sobre a pequena cama. Uma criança tão pequena com a boquinha rosada entreaberta, eu via seu peito descer e subir, pode parecer engraçado... mas te ver respirando me deixava aliviado, tinha vezes que eu posicionava meu dedo perto do seu narizinho para sentir sua respiração e toda vez que confirmava isso suspirava de alívio.

— Papai quero saber se meu pai Hua Cheng me ama — Interrompeu a fala de Lian

— Assim! desculpe, mudei totalmente de assunto. Eu havia saído para ajudá-la e deixei você dormindo sobre a cama, quando retornei e parei enfrente a porta para abri-la escutei um choro... aliás dois choros.

— Quem estava chorando?

— Não tenha pressa Liu Cheng. — Riu pela curiosidade do menor — Escutei a junção dos dois choros um bem agudo e estridente e outro abafado em meio aos soluços. Agora o porquê, você estava com suas roupas sujas e seu papai iria te limpar, ele o colocou sobre a cama; mas adivinha o que aconteceu?

— Eu não sei papai Lian...

— Ele esqueceu de pegar as vestes limpas. Ele colocou o bebêzinho na cama de casal e foi até a cômoda pegá-las quando de repente... BUM!!

— não me assuste papai, o que houve?

— Quando Hua Cheng virou para trás viu que você havia rolado e estava na beirada da cama, faltava tão pouco para você cair. Ele saiu correndo e quase a poucos centímetros do chão agarrou-te. Quando cheguei em casa, escutei duas pessoas choramingando, meu coração errou as batidas, abri a porta de pressa e quando vi...

— O que você viu?

— Seu papai Hua Cheng com os olhos todos marejados e a face numa vermelhidão que o deixava fofo, eu perguntei "o que houve?" Ele me disse com as palavras sendo cortadas pelo solução "ele ia cair... próximo ao chão... agarrei... acho que segurei forte pelo susto... machuquei o bebê." Ele falava tossindo e soluçando. Eu fui até ele, limpei às lágrimas que insistiam em cair enquanto ele segurava você balançando na tentativa de cessar seu choro.

— Isso não prova que ele me ama — o menino disse triste.

Lian levantou e pegou nas mãos de Liu Cheng indo em direção ao quarto, deitaram na cama. — Quem ama cuida, e quando seu pai ouviu você chorar tentou acalmar-te, quem ama se preocupa, e ele estava preocupado se havia colocado força de mais ao tentar impedir que caísse no chão. Isso é amor filho...

O menino abraçou o corpo quente do pai e em poucos minutos ambos estavam dormindo.

Na manhã seguinte Xie Lian levantou-se e foi se certificar de que o garotinho mais novo havia passado a noite bem, mas não o encontrou na cama. Assustou-se e correu para a sala, sentiu uma vontade avassaladora de chorar.

— Ei papai, o nenê não está bem — Hua Cheng murmurava com o menino em seus braços que tinha sua cabeça na curvatura de seu pescoço.

Xie Lian escutou a conversa vindo da pequena cozinha e não tardou em dirigir-se até lá.

— Hua Cheng... — Colocou sua mão no peito e sentiu seus olhos marejar. — O que faz aqui?

— Vim ver vocês.

— Não deveria...

— Xie Lian!

— Cheng, nós passamos meses sem te ver e depois você aparece apenas por um dia. Acha que é o suficiente para suprir a saudade? Depois sou eu quem tenho que lidar com uma criança nostálgica do pai. Sabe o que Liu Cheng disse ontem? que você não nos ama...

— Você sabe que isto não é veredito. Quando nossos filhos estão doentes faz isso? Deixa dormir com febre? Não busca por ajuda de minha mãe?

— Eu deveria fazer isso?

— Ela é avó deles...

— E eu sou o pai, eu jamais os levaria até o Palácio. O que espera que eu diga para que me deixem entrar? "Ohh, eu sou o amante de sangue não nobre do Hua Cheng, e estes são seus dois filhos, Liu Cheng o primogênito e Xie Jie o mais novo" — respirou fundo — O que mais vai dizer-me além de insinuar que sou negligente? — perguntou com um tom magoado.

— Desculpe-me Xie Lian. — Pediu sincero.

— Papai Hua Cheng! — Liu Cheng gritou assim que viu seu pai e logo agarrou-se a ele.

Lian sentiu um impulso ridículo de também se agarrar a ele e caminhou em direção a seu amado o abraçando — Eu senti sua falta — disse depois de beijá-lo.

— Eu também — O jovem lorde confessou

Satisfeitos por estarem juntos, Xie Lian decidiu não pensar no que teria que passar depois que Hua Cheng partisse. Naquele momento estavam cheios de coisas boas dentro de si, eles não precisavam buscar coisas materiais ou títulos nobres para se sentirem felizes pois estavam juntos, em família...