| CAPÍTULO 15 |

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A noite estava estrelada como nunca vi antes

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A noite estava estrelada como nunca vi antes. Meu vestido preto combinava com a cor da escuridão lá fora, já estava quase na hora de irmos para o jantar que acontecerá em um dos salões no centro da cidade, saber que Lalisa estará lá me acalma. Mamãe estava se arrumando, meu pai estava em seu escritório em uma ligação.

Em meu pescoço eu sentia o peso das jóias penduradas nele. Em meus pulsos havia somente uma pulseira solitária que ganhei da minha vó materna no meu aniversário de quinze anos. Não foi uma escolha minha fazer uma festa, algo tão grande quanto foi aquela comemoração, mas mamãe adorava a atencao que recebia de seus convidados mesmo que eu era a aniversariante.

Eu não tinha amigos naquela época, então os únicos convidados que tive foi meros desconhecidos, com filhos que olhavam tudo avaliativo. Eu me sentia deslocada no meu próprio aniversário, meus pais não ligavam para isso e até hoje não ligam.

— Aonde está seu pai, Jennie? — Minha mãe pergunta descendo as escadas em uma pose perfeita.

— No escritório, mamãe. — Seu olhar avaliativo cai sobre mim, mais especificamente no meu vestido. Ela sorri e eu soube na mesma hora que escolhi a roupa certa.

— Que bom que já estão prontas. — Olho para as escadas e papai descia vestindo seu terno bem passado, sem nenhum amasso.

— Estávamos te esperando, querido. — Fala minha mãe ajeitando a gravata dele quando o mesmo chega perto de si.

— Tive que fazer uma ligação importante.

— Que tipo de ligação?

— Não te interessa. — Ele tira suas mãos da sua gravata e segue para a porta de entrada. — Não podemos ser os últimos a chegar.

Minha mãe bufa e revira os olhos seguindo o meus velho para fora de casa. A relação deles ultimamente está sendo estressante, meu pai ficava até tarde na empresa, e mamãe com minha vó tomando chá da tarde ou tirando foto para capas de revistas.

Meu coração aperta só de pensar em uma separação vindo deles, mesmo que isso afetaria igualmente os dois. Nossa família era vista como uma família perfeita e sem defeitos. Porém, por trás de tudo isso havia uma grandioso defeito, não éramos unidos, meu pai só pensava em seu império e em dinheiro e minha mãe em seus jóias, produtos de maquiagem e sua imagem nas fotos que ela tira.

Eu me sentia deslocada nesse meio, eu não sabia o que eu queira, ou aonde eu me encaixava em tudo isso. Eu me sentia assim, até eu estar com Lalisa e Chaeyoung, as duas me fazia sentir completa, no lugar onde devo estar.

Contudo, meus pais não ligavam para o que eu queria, nunca ligaram e nunca vão ligar.

• • •

O lugar era lindo, nunca vi nada tão brilhante e dourado em um só lugar. O dono do estabelecimento sabe mesmo usar uma local tão grande a seu favor. Meus pais andavam à minha frente, cumprimentando as pessoas que pairava em sua frente, me alegro quando avisto a família Manoban há poucos metros de nós.

— São eles, meu bem. — Minha mãe murmura baixo ao lado do ouvido do meu pai, que sorri assentindo devagar. — Jennie. — Eu me ponho ao seu lado. — Se comporte, e nada de fazer besteiras!

Não dá tempo de eu responder algo, a família nos avista em vem em nossa direção. O cheiro de Lisa vem até mim pelo ar, eu capturo o cheiro no ar soltando um suspiro baixo.

— Olá, senhor Manoban. — Meu pai fala.

— Olá para todos. — Diz Jaesang. — Como vai, Jennie?

— A-Ah, vou bem senhor Kim. — Repondo sem graça pelo olhar que Lalisa me enviou.

Sua mão gelada encosta em meu pulso me trazendo para perto do seu corpo, em um abraço.

— Você está linda. — Ela diz baixo.

— L-Lisa? — Pergunto confusa com o ato repentino da alfa.

— Senti saudades... mesmo que tenhamos nos vistos há algumas horas, eu senti saudades. — Seu nariz entre em contato com meu pescoço, me fazendo arrepiar. — Seu cheiro está mais forte.

— O seu também. — Sussurro.

— O de Chaeyoung também está assim, temos que saber o que aconteceu.

— Temos e rápido.

Um pigarro nos tira atenção e nos faz voltar a realidade. Meu pai nos olhava avaliativo, mamãe sorria amplamente, mas era diferente da forma que o casal Manoban nos olhava. O olhar do casal era de completa admiração, como se aquilo que estava acontecendo ali era algo mágico. Já meus pais, eu sentia o olhar de ambição, da minha aproximação não só com Lalisa, mas também com a família dela.

— Por que não se sentam conosco? — Pergunta Jaesang.

— Se não for nenhum incomodo. — Minha mãe diz.

— É claro que não. Serão sempre bem-vindos. — O senhor Manoban me olha e pisca.

Fomos até a mesa e nos sentamos. Algumas pessoas ainda passava e nos cumprimentava, mas eu não dava a mínima para eles. Eu só queria prestar atenção na minha conversa com Lisa.

— Vem comigo. — Ela sussurra e me puxa para me levantar da mesa. — Com licença, mas vamos dar uma volta.

— Se cuidem, e não vão muito longe. — A senhora Manoban diz.

— Claro, mãe.

• • •

Estávamos encostadas paralelepípedo que tinha na sacada onde estávamos. Lalisa tinha um olhar distante, parecia se questionar de algo e isso me deixo com curiosidade sobre o que se passava em sua mente.

— No que tanto pensa?

— Em nós. — Olho para ela confusa.

— Em nós quem? Você e Chae?

— Quando digo nós, eu quero dizer eu, Chae e você.

— Então no que você pensa sobre você, Chae e eu? — Lisa fica ereta e me olha.

— Concordamos em ir devagar, para não apressar as coisas. — Ela solta um suspiro. — Mas quando eu e Chaeyoung ficamos sem você por esses horas nós sentimos algo estranho, era como se nossa ligação se fortaleceu ainda mais quando passamos nosso tempo juntas, nós três.

— O que quer dizer com isso, Lisa?

— E-Eu não sei ao certo, mas Chaeyoung está louca, o cheiro dela está mais forte. Mais forte do que na vez em que marquei ela. Chaeyoung queria vir para esse jantar, ela queria ficar com nós duas, eu me senti despedaçada quando vi ela chorar. — Com suas mãos geladas, a alfa pega meu rosto me fazendo olhar em seus olhos agora totalmente pretos. — Eu sinto vontade de te beijar, Jennie. Eu sinto vontade de pegar você e te levar para bem longe daqui, e ficar somente eu, você e Chaeyoung.

— Mas nós concordamos em esperar.

— Eu sei! Porém, está ficando cada vez mais difícil ficar longe de você.

Eu não sinto nada ao meu redor, meus dedos das mãos pareciam queimar quando toco o rosto de Lalisa. Eu aproximo meu rosto do seu, nossas respirações se entrelaçam no ar. Meu coração dispara e isso é a única coisa que sinto quando Lalisa junta nossos lábios pela primeira vez.

O Casal Perfeito  |  Chaelisjen / ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora