| CAPÍTULO 5 |

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O sinal bateu e pessoas agitadas e com pressa corriam pelo longo corredor, sem se importar de fato se irá esbarrar alguém ou ser pego pelo inspetor que rondava a escola durante os horários de aula

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O sinal bateu e pessoas agitadas e com pressa corriam pelo longo corredor, sem se importar de fato se irá esbarrar alguém ou ser pego pelo inspetor que rondava a escola durante os horários de aula. Eu andava entre os alunos sabendo que eles não teriam coragem de esbarrar em mim, ser filha de Kim Jong-su e Kim Seok-un os faziam pensar duas vezes em seus atos antes de fazer algo contra mim.

Eles não tinham a coragem de enfrentar meu pai, o alfa conhecido como a espécie sem piedade. Não que meu pai tenha coragem de matar alguém, mas consegue facilmente colocar medo em qualquer pessoa, em qualquer espécie que seja. Seu olhar era duro, sem brilho, o único olhar que ele tinha desde que eu me entendo por gente. O vi sorrir poucas vezes durante meus dezessete anos de vida. Sei que não é muito, mas tenho muitas experiências adquiridas durante os anos.

Um pequeno esbarram em meu ombro me faz ir diretamente ao encontro com o chão. Solto um resmungo com a dor no local batido pela pessoa.

— Me perdoe. — A voz rouca soa em minha frente. Logo o cheiro de caramelo entra em minhas narinas mais uma vez só naquele dia. Eu não tinha coragem de levantar o olhar e ver novamente os olhos castanhos que me hipnotizava. A alfa em pé na minha frente não mexia um músculo, eu estava olhando para qualquer lugar como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

Saber que seus olhos estavam me analisando me faz arrepiar. Assim como o toque na mão de Chaeyoung há poucas horas na biblioteca.

— Se machucou?

— H-Hum... não, não... tudo bem. — Uma mão branca, mas com um pouco mais de cor que de Chaeyoung aparece em minha visão. Mesmo com o coração acelerado seguro sua mão sentindo o choque percorrer todo meu corpo, elas eram quentes assim como de Chaeyoung. — Eu não estava prestando atenção na minha frente, desculpe.

— Amor? Lisa, te procurei por todos os cantos. — Chaeyoung chega e percebo um sorriso nascer em seus lábios. — Jennie!

— Olá, Chaeyoung. — Sorrio envergonhada. Ter as duas na minha frente, tão perto, não estava ajudando em nada na minha situação.

— O que aconteceu com você?

— Foi culpa minha, eu estava andando sem prestar atenção e acabei esbarrando nela. — Diz a alfa me cortando quando eu ia responder. A alfa rodeia seu braço desocupado na cintura de Chaeyoung lhe dando um beijo rápido.

— Já que estamos aqui, essa é Jennie. — Olho para cima percebendo dois olhos castanhos em mim. Seus olhos me faziam duvidar do que eu sentia a respeito das duas, era estanho pensar que me sentia atraída por elas e ainda por cima as duas são destinadas uma a outra, como verdadeiras companheiras de vida. — Jennie essa é Lalisa, minha namorada.

— É um prazer, Jennie. — Sua mão que ainda segurava a minha faz um movimento para cima apertando de leve, para logo soltar e eu sentir a falta do calor de sua mão. Por segundos achei que Lalisa quisesse estar tocando a nós duas as mesmo tempo. Como uma necessidade de toque, que só os sente quando querem proteger seus companheiros. — Me chamo, Lalisa.

— Conversei com Jennie a respeito da festa. — Diz Chaeyoung.

— Você vai? — Lalisa pergunta para mim. Eu me limito em balançar os ombros sem saber o que responder. Eu sabia que meus recém amigos vão me obrigar a ir nessa tal festa do Jackson. — Espero te ver lá, Jennie.

— Nós duas na verdade. — Diz Chaeyoung com um pouco de pressa. — T-Temos que ir, meu amor.

— Certo, nos vemos por aí Jennie. — Chaeyoung entrelaça seus dedos nos de sua namorada e acena com a outra mão sorrindo. Lisa que estava ao seu lado lança um sorriso de lado e sai sendo guiada por Chaeyoung.

Solto a respiração que até agora não tinha percebido que segurava. Uma mão em meu ombro faz meu corpo saltar logo uma risada soa atrás de mim. Eu estava percebendo que o pessoal daqui adorava me dar sustos do nada.

— Por que está aí parada que nem uma estátua? — A ômega pergunta divertida, ela me deve achar louca. — Sabe que no último horário esse corredor é uma zona de guerra.

— Eu sei, mas Lalisa esbarrou em mim e depois pediu desculpas.

— Como assim? — Joy pergunta. — Você está bem?

— S-Sim, estou. — Minha cabeça girava, não estava raciocinando direito. — Vamos, os outros já devem estar nos esperando.

Pego em seu pulso e a praticamente à arrasto dali sem se importar com os outros a minha volta. Meu ombro estava um pouco dolorido, Lalisa tinha uma força um pouco mais elevada do que os outros alfas. No lado de fora do colégio e de frente para o portão eu conseguia ver o carro preto me esperando, porém me sentia aliviada por saber que era Joseph que estava ali a minha espera. Contudo, minha atenção vai para Jimin, Jisoo e Minnie que estavam sentados na escadaria.

Olho ao arredor e não vejo nenhum vestígio de Niki. Aonde ele tinha ido?

— Chegamos. — Diz Joy atraindo a atenção dos três.

— Finalmente! Pensei que ficaria aqui até amanhã. — Fala Jimin se levantando do chão, junto com Jisoo e Minnie. — Aonde vocês estavam?

— Lalisa esbarrou em Jennie. — Percebo Minnie arquear uma sobrancelha.

— E-Eu estava distraída, foi culpa minha. — Me explico rapidamente.

— Lalisa tem uma agilidade maior que qualquer outro alfa, então não é possível que ela tenha batido em você sem que ela perceba seu corpo em sua frente.

— Por que ela mais ágil que os outros? — Pergunto.

— Lalisa é uma alfa lúpus.

Aquilo tinha sido como um soco na cara, nunca tinha conhecido uma alfa lúpus pessoalmente, mesmo que eu conviva com várias pessoas - muitas delas alfas - , nunca me ocorreu de uma delas serem de uma espécie mais rara. Seus instintos eram mais aguçados, seu faro, seu olfato tudo era melhorado.

Eu queria saber qual era a sensação de se sentir forte, de saber que todos me admiravam por ser quem eu sou. Lalisa podia ser aclamada aqui dentro por ser lúpus, por já ter encontrado a sua companheira ou talvez por ser capitã do time de futebol feminino; que descobri através de Minnie. Eu queria passar um dia sendo como Lalisa, ver como era sua vida. E ainda por cima saber como é viver ao lado de Chaeyoung.

O casal desde o momento em que pus meus olhos nelas, algo tinha de errado ou poderia ser o certo. A questão é que algo havia acontecido entre nós e eu estava com medo de descobrir o que realmente estava acontecendo.

— Minha irmã perguntou sobre você hoje de manhã. — Diz Jimin.

— Eu sei, Chaeyoung me encontrou na biblioteca. — Eu sentia meu corpo gelado só de lembrar seus olhos em mim. — Ela é uma ômega gentil.

— Se eu fosse você não confiava muito nessa fama de gentil. — Comenta Jisoo.

— Depois diz que nós colocamos medo nela. Falando assim Jennie vai pensar que minha irmã é uma assassina ou que tem duas caras. — Reclama Jimin. — Chae só é gentil com pessoas que ela gosta, ou que tenha uma áurea boa.

— Com a Jennie provavelmente é as duas coisas. — Diz Joy.

— O-O que?! — Chaeyoung não poderia gostar de mim, não mesmo. Não dá forma romântica, só na amizade.

— Meu deus, Jen! Você está vermelha. — Jimin solta uma risada e não me seguro de soltar um suspiro. — Calma garota, minha irmã gostou de você então é isso que importa.

— Acho melhor você ir, Jennie. Tem um cara te olhando do lado de fora do carro. — Diz Minnie. Olho para frente da escola vendo Joseph acenando, eu já tinha o feito esperar demais. — Amanhã te mostramos a escola, ok?

— Certo, Minnie. Vejo vocês amanhã!

Me despeço deles e vou em sua direção feliz, eu entrei pela porta do colégio hoje pensando que tudo seria um desastre, mas ao invés disso eu ganhei novos amigos, e duas pessoas que rodam minha mente a todo momento. 

O Casal Perfeito  |  Chaelisjen / ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora