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Morzinhos, perdão pelo sumiço, a faculdade está acabando comigo🤡. O tempo livre que eu tenho, uso pra chorar😘.

: ˖𓂃 ִֶָ๋ 𖢆 ִֶָ

Quando Meredith se deitou ao lado de Addison, o peito da mulher ainda se movia frenético e repetidamente. Em contrapartida, suas pálpebras estavam serenamente repousadas, feito uma pluma que, após um vôo leve, pousava tranquilamente sobre a leira.

Num encanto particular, Meredith admirava a ruiva. A pele bronzeada de quem toma sol frequentemente, os músculos rígidos de quem se empenha na academia e o perfume natural da pele macia, que emanava uma doçura agradável. As diversas tatuagens desenhadas em sua pele, pareciam ter adquirido muito mais cor sob o revérbero da única luz que adentrava pela janela: a luz do luar. Sua pele mais parecia uma tela, cheia das mais diversificadas obras de artes; cores; e os dedos de Meredith trilharam todas elas.

Quando os seus olhos se abriram novamente, sua primeira ação foi buscar pelo verde reluzente dos olhos de Grey, e sorriu cálido quando o encontrou. Precisava enxergá-lo para ter a certeza de não estar sonhando, pois ainda estava anestesiada, como se estivesse sob efeito de psicodélicos. Mas não, era apenas a sensação dormente de ter experienciado um dos orgasmos mais longos e intensos de sua vida, da melhor forma possível e com a melhor pessoa que poderia lhe proporcioná-lo.

Aquela garota estava mesmo ali, deitada nua ao seu lado, com um olhar genuinamente realizado. E, por incrível que pareça, Addison não sentiu um resquício sequer de culpa lhe preencher, aquele antigo sentimento corrosivo de estar burlando todo um sistema, cometendo um crime, esvaiu-se de si completamente. A sensação de ter alguém tão especial e de quem tanto gostava, prevaleceu. Então não, não se sentia culpada.

Logo, de supetão, Meredith a beijou, segurando-a firmemente pela nuca e entremeando a perna entre as suas, friccionando a coxa em seu íntimo. Não obstante, o gosto agridoce do gozo de Addison se concentrava na língua da garota, mesclando-se entre a língua de ambas.

— Hum... — murmurou a ruiva, ao se separar de Grey.

— Seu gosto é mesmo incrível, você não acha? — Meredith perguntou, secando os lábios da mulher com os polegares.

— Acho... — respondeu, e depois caiu na risada, escondendo os olhos com as mãos.

— O que foi? — Também sorrindo, porém por confusão, a loira questionou.

— Ainda não acredito que isso é real... Que nós... Fizemos isso.

Meredith sorriu em compreensão, sobretudo pelo modo engraçado com que Addison balbuciou.

— Mas é real, meu amor… — falou baixo, sua voz ressoando rouca e arrastada, enquanto a ponta dos dedos acariciavam o dorso das mãos de Addison, salpicadas com algumas sardas.

— Espera... — A voz de Addison se arrastou surpresa, e as mãos livraram o rosto para um então sorriso largo envaidecer-se-lhe a face. — “Meu amor”?

As bochechas de Meredith enrubesceram: — É, bom... Desculpe a minha impulsividade. — Sorriu amarelo, sentindo-se ridicularizada por si mesma.

— Pois eu digo que adorei esse seu ato de impulsividade — afirmou, apertando as bochechas avermelhadas da garota, tornando-as ainda mais. — Como você consegue ser safada, mas tão fofa ao mesmo tempo?

A garota riu fraco: — É segredo...

— Uh, você tem segredos demais — reclamou, unindo os lábios em um bico gracioso que desmanchou Meredith por inteiro, ao passo que ela não se conteve e teve de dar um beijo nele.

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