13𓂃 ִֶָ

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Genterr, o capítulo ficou enorme, relevem pfvr 🤡

: ˖𓂃 ִֶָ๋ 𖢆 ִֶָ

Os pés descalços de Meredith tocaram o piso gélido de seu quarto, e, no mesmo instante, uma onda de choque térmico eriçou-lhe todo o corpo. Coçou os olhos e bocejou à mesma medida, depois tentou espreguiçar-se, mas os músculos estavam praticamente atrofiados.

Enquanto se arrastava sobre as pernas vacilantes até a sala, o som estridente da campainha sobressaia-lhe os sentidos, ricocheteando pelas paredes e invadindo os seus ouvidos com uma dor aguda, intensificando a dor de cabeça que sentia desde a noite anterior. Alcançou na mesinha de centro o molho de chaves, para depois engatar uma delas na fechadura. Pronta para xingar quem quer que fosse atrás da porta, abriu-a em um movimento único.

— Bom dia, Mer! — A voz esganiçada de Arizona ressoou antes mesmo da mente pré-despertada de Meredith conscientizar que era ela. Ao lado, estava April.

— Porra... — proferiu com a voz rouca, enrijecendo a face em uma expressão nada agradável. — Cara... São oito horas da manhã! Qual o problema de vocês duas?! — perguntou com uma gritante indignação, cruzando os braços na altura dos seios.

— Quanto mau humor, credo — a outra loira falou.

— Tenho todo o direito. Vocês me acordaram, droga!

Arizona riu em deboche, já April, dispersou o olhar para outro lugar, fazendo de conta que nem estava metida naquela situação.

— E você, sonsa? — Meredith chamou a atenção da ruiva. — Não tinha que estar na igreja a uma hora dessas?

— A paz do senhor... — desejou, e a loira ao seu lado livrou uma gargalhada alta. — Dormiu bem, Mer?

— Estaria dormindo até agora se vocês duas não tivessem vindo me encher a porra do saco. Eu mereço... — Pôs-se a caminhar para o sofá, onde se jogou desleixadamente.

As duas garotas entraram na casa e a porta foi fechada.

— Ah... Nem está tão cedo assim, Meredith. Deixa de ser chata. — Arizona constatou, levantando as pernas de Meredith e sentando-se no sofá, para depois colocar as pernas dela sobre as suas coxas.

— Não interessa, hoje é sábado, e sábado são dias sagrados.

— Verdade, sábados são sagrados. É uma fundamentação bíblica — afirmou a ruiva, que estava sentada no tapete felpudo.

— Começou a palestra da santa de Chernobyl. — A loira revirou os olhos, desafiando April.

— Você é muito indelicada, Arizona — Kepner afirmou.

— Oh... Assim você me ofende.

Meredith, presenciando aquela mini discussão infantil, prensou as pálpebras com pesar.

— Será que vocês podem calar a boca, porra? — ordenou entredentes, com toda a impaciência que lhe enrijecia os músculos emergindo pelos poros.

Robbins e Kepner olharam preocupadas para ela.

— O que deu em você hoje, hein? — Arizona perguntou, realmente interessada em saber.

Meredith sempre fora uma pessoa paciente, e aquele seu novo estado, que se opunha ao costumeiro, alarmava suas amigas.

— Nada — respondeu indiferente, olhando para o lustre que se estendia do teto da sala.

— Ah, Mer, pode dizer para nós. Percebemos que você esteve estranha demais nessa semana. — a ruiva falou, e Arizona balançou a cabeça em concordância.

Impermanência𓂃 ִֶָOnde histórias criam vida. Descubra agora