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Os braços pálidos e finos de Meredith, erguiam-se sobre sua cabeça, onde Addison deixava carícias suaves. Subiu as mãos até encontrar as dela, arrastando os dedos cumpridos por entre os seus, entrelaçando-os. Mais uma vez, avançou nos lábios entreabertos da garota, sugando-os com sofreguidão, para depois esfregar a língua neles, antes de evidentemente beijá-la.

O peito de Meredith movimentava-se para cima e para baixo desenfreadamente, em uma rapidez inigualável, que de nada adiantava, pois seu pulmão queimava em ânsia ao oxigênio. Addison a enlouquecia, de tal maneira que não lhe dava muitas brechas, e implorar pelo toque dela parecia ser o mais viável desde que a ruiva lhe despiu e decidiu que o melhor seria provocá-la para testar a eficácia de sua sanidade. Zero.

Meredith livrou sua boca da de Addison, embora mantivesse-as perto o suficiente, para que sentissem a calidez do hálito uma da outra.

— Preciso de você, Addie... — Sussurrou, ofegante e intensa contra os lábios vermelhos e molhados da ruiva. Enroscou as pernas em torno de suas costas, buscando por um mínimo contato a mais que fosse; esfregando os calcanhares na sua lombar.

Addison penetrou um olhar lascivo nos olhos verdes e desejosos de Meredith. Em sequência, mordeu seu próprio lábio com força, apertando os dedos contra os dedos finos da garota. Sem preocupar-se em responder, enfiou o rosto na curva de seu pescoço e o beijou suavemente, para depois sugar a pele com os lábios.

— Por favor, preciso de você... — lamuriou a loira, novamente, enquanto recebia com prazer a boca ávida de Addison em sua pele.

A ruiva, por sua vez, sentia-se vangloriada. Sabia que Meredith a queria, mais do que qualquer outra coisa, caso contrário os  nervos do seu pescoço não enrijeceriam com o toque de sua boca, nem os incontáveis gemidos ressoariam dela, sonorizados em ondas trêmulas bem do exterior de sua traquéia. Addison a tinha, e, também, todo o controle.

A mulher ergueu a vista. O rosto de sua garota estava tão vermelho, pulsante, e, dos poros de sua testa, gotas de suor começavam a emergir. Linda, Addison pensou, tocando a pele suave dela com as pontas dos dedos, delicadamente, como se qualquer movimento brusco pudesse machucá-la.

Meredith, já com sua mão livre, moveu-a rapidamente para o meio de suas  próprias pernas, friccionando os dedos contra o nervo entumescido. Seus olhos rolaram num alívio que não era literalmente proficiente, mas pelo menos dissipava um pouco das ondas dolorosas que lhe acometiam, que eram, na verdade, desejo intenso de ser tocada.

— Você... Porra! — Addison moveu o olhar para baixo, surpreendida ao notar que Meredith se masturbava. Os dedos finos e branquinhos dela moviam-se com rapidez, esfregando-se contra o clitóris inchado e naturalmente lubrificado.

A boca de Addison salivou.

— Puta merda! — Addison gemeu trêmulo, ao sentir sua própria genitália, coberta apenas pela calcinha fina azul turquesa, lubrificar-se. De alguma forma, ver Meredith se tocar e ouvir o som instigante de seus dedos contra a boceta molhada, mesclando-se aos seus gemidos, a estimulava num nível surreal. Poderia gozar apenas vendo aquela cena.

Mas não podia apenas ver, precisava atuar de alguma forma, caso contrário enlouqueceria.

Com os olhos muito bem conectados aos de Meredith, desceu a mão para sua genitália, cobrindo a mão dela com a sua. Meredith sorriu à sacana, mordendo o lábio inferior sem pudor, enquanto agarrava os cachos ruivos com a outra mão. De início, a mão de Addison conduzia os movimentos da mão de Meredith. Seus dedos sobre os dedos dela, como se a mostrasse exatamente como deveria fazer. Lento, porém com uma força notável. Até que se afastou e Meredith continuou a se masturbar sozinha.

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