Impermanência𓂃 ִֶָ

26𓂃 ִֶָ

Ai que saudade eu tava, senhor! 😭
Capítulo imenso de quase 4 mil palavras pra vocês, por isso demorei.
Mas ó, não me matem hein?! Em minha defesa, digo: se for pra voltar, que seja no plot.

Beijos!!!!

: ˖𓂃 ִֶָ๋ 𖢆 ִֶָ

Era iniciozinho de alvorada, aparentemente cedo demais para se pensar em realizar qualquer atividade, mas não para a diretora do L.A College. Bailey fez questão de acordar todos os alunos antes das seis da manhã berrando à um alto-falante, que causou mais espanto do que a curiosidade que ela de fato pretendia despertar. Rostos confusos, que também carregavam feições sonolentas, expressaram-se gradativamente para fora de suas respectivas barracas, querendo mais do que qualquer outra coisa, descobrir o motivo plausível que explicasse toda a algazarra de Bailey. E ela foi sucinta ao explicar que os alunos participariam de uma trilha no parque florestal, na companhia dos professores. “Para que desbravassem a beleza daquela cidade paradisíaca”, ela garantiu. E provocou muitos olhares de reprovação, inclusive dos próprios professores. Todos haviam se esbaldado na festa da fogueira, na noite anterior, e a ressaca que esmorecia-lhes o corpo não dava um pingo de ânimo para ninguém desbravar nada.

No entanto, como é clara a noção de que “manda quem pode, e obedecem os juizados'', todos acataram a ordem de Bailey, mesmo querendo voltar para seus sacos-de-dormir nada confortáveis, mas que ganhava de lavada à ter que andar no meio do mato durante o dia todo.

Seguiram para o parque florestal logo depois do café da manhã. Já às sete da manhã. O sol, expressava-se num simples rastro luminoso, oscilando suas cores quentes no horizonte, diferentemente da ventania frígida, que contrastava com aquele deslumbrante cenário cálido. Podia-se dizer que começava um lindo dia, embora não houvesse uma pessoa sequer que estivesse entusiasmada com aquilo. Muito menos Meredith Grey. Para ela, era cedo demais para qualquer corpo estar despertado, e em atividade então, lhe era o cúmulo do absurdo. Mas não era apenas o quesito impotência matinal que a martirizava. Além de tudo, no momento em que Bailey separou os grupos, colocando cada um deles sob domínio de um professor, Meredith foi inacreditavelmente designada a ficar no grupo de Addison.

Meredith quase teve um colapso ao descobrir aquilo, então tentou dar todas as desculpas do mundo para Bailey, na tentativa de se livrar do passeio e passar o resto do dia sozinha em sua barraca. Disse que estava se sentindo mal, que estava com cólica, que não podia andar por muito tempo debaixo do sol porque podia desmaiar… Mas nenhuma colou. Nenhuma foi convincente o suficiente para desfazer a essência de dúvida já inerente em Bailey. E, como muito bem esperado, Meredith não teve escolha e foi obrigada a ir.

Sim. O universo sempre foi tão bonzinho coela…

Pensava em que momento da vida teria a tal paz plena, aquela sobre a qual todos discursam, com gosto, valor e os lábios fartos de alegria? Seria: nunca?

Honestamente, pelo que lhe parecia, nunca!

Após terminarem de subir a íngreme colina, revestida por árvores, folhagens e cobertura vegetal, chegaram ao topo, de onde a vista parecia ainda mais extasiante e também distante do chão. Foi quando Addison parou, induzindo os alunos a fazerem o mesmo. Meredith, tão inteiramente focada nas ações da professora, revirou os olhos quando a viu pender a cabeça lentamente para o lado, numa clara tentativa de lutar contra a força do vento que bagunçava-lhe as ondas ruivas. Que tolice! Ou ela quis parecer sensual, ou queria chamar atenção. Meredith ficou com a segunda opção. Mas esqueceu apenas de avisá-la que Owen não estava ali para admirar seu teatrinho.