Apaixonada por você (Young love) PAUSADA

25.

    À minha frente meu amigo está parado na porta de casa com as mãos enfiadas em cada lado dos bolsos da corta-vento colorida. Mia teve uma crise de enxaqueca e por mais que eu tenha insistido em ir visitá-la enquanto tomava o medicamento no hospital, minha amiga insistiu para que fossemos somente eu e Josh ao passeio.

—Vamos?

—Vamos. —Ele responde.

    O caminho até o Two Players é um pouco demorado, ele fica praticamente do outro lado da cidade, então vamos conversando sobre as faculdades em que iremos nos candidatar. O pai do meu melhor amigo as vezes pega bastante no pé, porém Nick não ligou e decidiu cursar o que gosta. O irmão do meu amigo é um cara legal, mas acabo mesmo por me divertir é com as broncas que a mãe dos dois dá quando vou até a casa deles e Josh demora em fazer algo que ela manda.

    Se os pais do meu amigo fossem iguais aos meus talvez ele não passasse tanta raiva. Eu sei, nossos familiares querem o nosso bem, mas nem sempre as vontades deles irá ser as mesma que as nossas e nos deixar felizes. Paramos em frente ao prédio em neon e colorido, a barulheira se ouve de fora, gritos de alegria, risadas e os sons das máquinas também. Eu amo esse lugar, só não tanto quanto patinar. Sinto saudade de deslizar pelo asfalto, a última vez foi um pouco desastrosa, e ainda por cima estava na pista de gelo que a cidade monta todo ano em época de natal.

—Você está preparada para perder? —Josh me encara com uma das sobrancelhas arqueadas e sorriso zombeteiro.

—Eu é quem digo. —Devolvo a careta.

—Se a Mia estivesse aqui iria cobrar um CupCake a cada cinco segundos. —Ele ri e meu estômago faz cócegas.

—Verdade. —Dou risada.

    Com nossas fichas na mão a primeira parada é o hóquei de mesa. Eu amo esse jogo e sempre dou uma surra no meu amigo ganhando várias rodadas seguidas, em contrapartida os resultados do basquete são péssimos e assumo que perco em quase todas as mini cestas.

—Se eu fosse bom assim na escola todas as garotas iriam gostar. —Josh ri e imita a pose dos garotos com ar de superior.

—Com certeza, mas para isso teria que perder metade do cérebro. Esqueceu que você se garante nos estudos mais do que eles? —Relembro sua fala no intervalo de algumas semanas atrás, quando perguntei para ele sobre as faculdades e os garotos esportistas. Josh balança a cabeça rindo mais ainda.

—Tem razão, prefiro meu cérebro. —Ele responde com falta de ar de tanto rir e apoia as mãos na barriga.

—E eu prefiro te ver ganhando as estaduais, gênio! —Pego a bola de basquete fingindo acertar na cabeça dele.

—Não começa, Jenn... —Ele resmunga e atrás da figura alta que é meu amigo vejo algumas pessoas indesejáveis. Barry e seus amigos passando pela grande entrada do prédio de dois andares conversando animados. Era só o que faltava!

—Não mesmo. Aff... Disfarça e olha para trás. —Josh fica confuso e se vira devagar analisando o ambiente. Ao achar o meu alvo de reclamação revira os olhos irritado.

—Que droga!

—Quer ir pro andar de cima? Talvez eles não vejam a gente no meio dessa galera toda.

—É, pode ser.

    Passamos por algumas máquinas de pebolim e jogamos um pouco, ganhei por poucas rodadas, afinal, é o meu jogo favorito. Em seguida fomos para o segundo andar, o Two Players parece um shopping, é um dos únicos lugar realmente legal para os jovens nessa cidade.

—Não acredito que esses imbecis estão aqui justo hoje. —Falo um pouco mais nervosa do que gostaria.

—Nem eu. Se quiser podemos ir embora, passar na Dory's comer um lanche com uma coca, hmmm. —Josh sugere sorrindo, ele é tão fofo que tenho vontade de apertar as suas bochechas igual uma tia que vem visitar a família nas festas de fim de ano. —Jenn?