Apaixonada por você (Young love) PAUSADA

26.

    Estávamos nos divertindo, mesmo que em algumas vezes eu acabava por perder feio e em outras ganhando com ampla vantagem contra a Jenn, não poderia ser uma noite mais perfeita do que está sendo. Eu poderia conseguir um ursinho ou algum brinde legal e dar para ela. Porém, não teve jeito, ambos somos péssimos no tiro ao alvo, um dos jogos que mais tem brindes e os mais legais também. Nem quando tento ser romântico consigo. E o que eu não precisava no momento era de pessoas da nossa escola enchendo o nosso saco e atrapalhando o quase encontro entre Jenna e eu.

    Saber que Barry estava fazendo piada com a nossa cara e que talvez isso pudesse deixar a garota loira ao meu lado desconfortável foi o bastante para que eu esclarecesse toda a situação. Não pelo fato dele merecer alguma satisfação, mas para que Jenna não ficasse sem graça com qualquer hipótese. Por mais que eu não quisesse que fosse apenas uma brincadeira deles, mas sim a verdade, que eu e ela estivéssemos realmente em um encontro.

    Mas parece que não deu muito certo a defensiva que tentei para o bem dela, minha amiga me tirou as pressas de perto dos caras da escola e pensei ser por causa do que disseram para nós enquanto nos provocavam e não pelo que eu e eles estávamos discutindo, sobre eu explicar que não somos um casal.

    Apenas a ideia de ver minha amiga mais solta e confiante já me deixa feliz. Jenn merece o mundo, merece viver tudo que tem direito e aproveitar com intensidade cada momento de sua vida. Isso é tudo que desejo para ela, estando eu ao seu lado ou não. E nada melhor em deixa-la feliz do que incentivando a fazer o que ama.

    O Roller disco é movimentado, mas não tanto quanto o fliperama gigante e abarrotado de pessoas com as mais diversas idades. As músicas que tocam variam entre anos 60's, 70's, 80's e as atuais. Se alguém me pedisse para descrever o Roller diria que é um lugar com músicas legais, a pista de dança na verdade é a pista de patinação onde as pessoas dançam sobre as rodas coloridas dos patins e as luzes quase me deixam mais cego do que já sou. Além disso, tem uma área para lanches. Mas o lanche é o de menos, já que ao lado do Roller Disco Music fica a melhor lanchonete de São Francisco, a Dory's. 

    É, o nome da lanchonete é o mesmo que o nome da dona do local, quer dizer, quase. De qualquer forma é bem criativo, não é mesmo? Espero que você entenda a ironia. A Dory é um amor, mas o nome dela não é esse, mesmo assim todos a chamam pelo apelido que já virou quase seu nome verdadeiro. Na realidade Donna não gosta muito do próprio nome, ela diz que se pertencesse a alguma personagem famosa ou coisa parecida que aí sim, talvez, ela passasse a gostar tanto como gosta do apelido.

—É sério que você quer que eu dance com você? Mal consigo ficar em pé direito nessa coisa! —Falo com sofrência na voz. Eu curto andar de patins, mas dançar já é demais para mim. Sou péssimo em dançar, ainda mais em uma pista de patinação. —Acho que você tem assistido muitas fitas das olimpíadas artísticas.

—Josh, você sabe que eu amo aquelas fitas e os passos são tão perfeitos. Queria poder fazer parte. —Jenna resmunga.

    Eu sei que assim como a natação, balé ou qualquer outro esporte é necessário treinos e porte físico, mas não é uma regra. Talvez por conta do seu peso Jenn deixe de fazer algumas manobras, mas não todas. Há passos arriscados e o equilíbrio nas competições precisa ser certeiro, mas independente do seu peso é possível patinar e competir.

    O problema é que a melhor escola e que faz muito sucesso na cidade são rigorosos na seleção de alunos levando em consideração a aparência, isso se torna alvo reclamação da parte de Jenna, já da minha parte é só revolta mesmo, muita. Se o nosso físico e quem somos atrapalhasse tanto eu não poderia nadar por conta da minha miopia, e olha só, toda semana estou treinando com alguns dos melhores do estado junto comigo.