Capítulo 1

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Senti um medo estupido passar pelo meu corpo e uma adrenalina absurda tomar conta de mim, a vontade de ir mais rápido estava me deixando louca, todos gritavam meu nome e minha vontade de ser a melhor me tomou conta, todos ansiosos para a largada. De repente o barulho da sirene da policia se aproximou de nos, sem ter tempo para pensar direito, meu carro foi cercado por duas viaturas. Um policial sai da viatura e vem até o meu veiculo, bate no vidro e eu faço que nem é comigo.
- Senhorita saia do carro com as mãos para cima! - o policial falou para mim, revirei meus olhos e obedeci aquele trocha. - sabia que está encrencada né mocinha?
- Como se isso pra mim fosse novidade! - respondi sarcástica, o homem a minha frente me olhava furioso como se tivesse desobedecido a uma ordem, sorri o mais sexy possível e o meu belo decote já havia chamado a sua atenção, idiota tarado.
- Nos acompanhe até a delegacia mocinha você esta presa por desacato à autoridade e por estar fazendo corridas ilegais.
- Nossa serio!? Que legal. - soltei uma risada falsa e de deboche, não estava me importando para o que ele pensava ou não de mim. A delegacia era meu lugar mais frequentado nesses últimos dois anos, desde que passei a sair com o povo da minha escola para esses lugares. Confesso que antes de ser quem sou hoje era muito boazinha, notas excelentes e comportamento impecável, mas pra minha mãe sempre fui a ruim lá de casa, então decidi passar a ser a fora da lei como ela tanto dizia. Segui o tarado ops o policial e fui ate a viatura, já estava acostumada com isso então nem reagia mais, adentrei e seguimos caminho até a delegacia da cidade, ou a mais próxima já que aqui é cheia delas. Alguns minutos depois quando já estava lá minha mãe chega se dirige ao delegado que explica para ela o meu caso, nesse mês já era a decima vez que estava sendo presa, já estava preparada para os seus ataques como sempre, mas me surpreendi ao ver ela apenas falando com o delegado calmamente e se dirigiu até eu me dizendo um simples "vamos para casa", obvio que estranhei, mas apenas a segui, entrei no carro e deixei que meus pensamentos me guiassem até chegamos em casa, no caminho todo ela estava calma de mais e o silencio prevalência, quando chegamos finalmente em casa sai do carro com calma, mas minha mãe já se explodi-o antes de abrir a porta de casa, era esse o plano dela, esperar chegar aqui pra começar a me desacatar.
- Sua maluca o que pensa que estava fazendo? Sabia que isso é ilegal? Você poderia ter perdido a vida lá não sabia não? - fazia ar de quem nem se importando estava - não vai responder praga, vai ficar calada agora vadia? Logico pra correr numa rua com um carro a não sei quantos Km/h pode, mas pra me responder não! - respirei fundo a olhei e não me contive esse papelzinho que ela estava fazendo era cínico.
- E desde quando você se importa com o que faço ou deixo de fazer? Desde quando banca a boa mãe? Poupe-me você nunca se importou comigo e não vai ser agora que isso vai acontecer você prefere a Nicole acha que ela é o melhor exemplo do mundo, mas não é senhora Beatriz, ela é mais vadia que eu, só você que não percebe isso, ela tranza com um monte de caras numa noite, chega bêbada e ainda se passa por santinha!? Enquanto eu sou a ovelha negra da família, você não sabe mãe ou diabo a quatro o que seja minha, eu sou virgem tá! Nunca dei pra ninguém ouviu, mas é claro porque eu faço rachas sou a puta aqui desculpa se ofendi a honra da família. É claro porque não pensei nisso antes pra ser da família tem que ser comida por toda a escola - fui acertada por um tapa dessa cretina, meus olhos marejaram e um ódio mórbido surgiu.
- CALA A BOCA NÃO FALA DA SUA IRMA ASSIM - soltei uma risada cínica, ela não a defenderia tanto assim se soube o que ela faz.
- Haaa... Desculpa eu ofendi a honra da minha doce irmã.
- Sabe por que você fala dela assim? - assenti com a cabeça - porque você tem inveja dela ser mil vezes mais linda que você, e conseguir ter todos os caras aos seus pés.
- Me poupe eu com inveja daquilo?! - comecei a rir sem parar e ela me olhou confusa - você deveria ser comediante...
- Own que engraçado, você tem inveja sim dela ser perfeita e você não passar de uma bastarda, ahh claro você puxou a seu pai.
- Não toque no nome de meu pai, ele era o único que me entendia e gostava de mim na porra dessa casa. - me exaltei.
- Cala a boca puta, fala mais baixo que aqui não tem nenhum surdo ta bom?
- Sabe sou bem eu a puta, se você não fosse uma dona Beatriz...
- O que quer dizer com isso?
- Você mais que ninguém sabe que o papai se separou de você porque você o traia com a metade da vizinhança e agora vem me chamar de puta me poupe.
- Não fala assim comigo bastarda, mas sabe de uma coisa você vai ir morar com aquele imundo do seu pai, assim não olho mais pra essa porcaria de cara.
- Não sabe o grande favor que me faz... Quer que eu ligue pra ele?
- Tanto faz vadia - ela saiu da sala, mas eu estava tranquila já havia suportado as palavras dela tantas vezes e pela primeira vez ela teve uma ótima ideia, morar com meu pai seria muito bom, pelo menos lá iria ser amada de verdade.

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