Capítulo 29

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~ Seunome POV ~

O maldito despertador toca fazendo com que eu leve um baita susto, meus olhos quase não conseguem se abrir por conta de todo o sono que se acumulou durante o final de semana. Por falar nele foram os melhores dias da minha vida, queria que nunca tivessem que acabar, poder estar ao lado de quem eu amo não tem preço.

- MANINHA ANDA LOGO SE LEVANTA! - Calum grita certamente está na cozinha junto com a Mali.

Loucura imaginar que ele foi todo fofo ao pedir a Helena em casamento, nunca imaginei que ele seria o primeiro a se casar. Para falar a verdade muita coisa está me surpreendendo e fico feliz por ele estar feliz de verdade, não cheguei a imaginar que o amor deles pudesse ser tão forte para tomar essa decisão tão seria, mas eu já havia percebido a maneira como se olham, como se conhecem e se dão bem, sei o quanto um faz falta ao outro, o quanto ficam irritantes se algum deles está bravo, os conheço perfeitamente para saber que se tomaram esse grande passo é porque realmente não tem mais motivos para ficarem um longe do outro.

E o que dizer da Mali aquela doidinha. Ela me perguntou se eu ainda não estava realmente preparada para ter minha primeira vez, mas sinceramente por mais que eu ame o Luke acho que não é hora, não que não tenha certeza de meu amor, mas porque se eu fizer agora com toda a certeza vou me arrepender depois. Lembro-me do dia do bilhete em que eu e ele fomos para a diretoria o que ele disse sobre esperar meu tempo, acho que não seria capaz de forçar a nada o conheço muito bem para saber que ele vai me respeitar.

Como alguém pode te fazer tanta falta sendo que o vi ontem a noite, sorri e levantei-me da cama na maior preguiça, por algum motivo não estava muito afim de sair de casa hoje, não pelo sono, mas ter um mal pressentimento. Tento afastar esses pensamentos e vou ao banheiro, assim que termino minhas higienes matinais saio do quarto indo em direção a cozinha, mas por ironia não tem absolutamente ninguém lá e só então me toco que eles já foram para a escola sem me esperar. Bufo irritada e sem tempo para tomar um café decente saio de casa apenas com uma maçã em minhas mãos.

A brisa fria da manhã fazia meu corpo se arrepiar, a rua não estava movimentada o que já era de se imaginar, mas de repente sinto algo atingir minha cabeça e minha visão se escurecer por completo, sinto uma forte dor tanto na região da pancada como também pela minha queda no chão, os sons vão ficando distantes e em fração de segundos a única coisa que posso ver é uma imensa escuridão se tomar por completo e como se tivessem me deixado sem nenhum som a minha volta.

~Luke POV~

A aula estava correndo normalmente, mas meus pensamentos estavam completamente distantes, não tinha visto a Seuapelido em nenhum lugar, essa aula teria com ela e o mais estranho é que não apareceu, como não é de faltar estou começando a me preocupar. Tenho que falar com o Calum, mas as horas parecem mais eternidades para passar. Estou com um aperto no coração desde hoje de manhã quando não a vi entrar pelos portões da escola e agora essa agonia somente aumenta cada vez mais, onde ela está?

O sinal finalmente soou ao longe me fazendo sair do mundo paralelo que me encontro e corre-se para sair da sala e ir de encontro a Calum e o resto dos meninos que estavam sentados no mesmo local de sempre junto com as meninas, mas nada da minha perfeitinha. Meu desespero era nítido, sentia minha boca secar e minhas mãos estavam tremulas.

- Vocês viram a Seuapelido? - perguntei sem ter a menor educação possível de primeiro os cumprimentar assim que me aproximei deles, estava angustiado demais para falar qualquer outra coisa.

- Não a vimos... - Ashton se apressa a falar, sinto meu mundo girar e a preocupação aumentar ainda mais.

- Porque não liga para ela? - Natalia fala como se fosse obvio e de certa forma era.

- Você tem razão... - peguei meu celular e disquei o numero dela, estava chamando, mas se passaram um, dois, três toques ate chegar à caixa postal. Ela não atendia, liguei varias vezes e nada. Agora não era somente eu que estava desesperado, mas todos estavam - Onde ela está meu Deus? - foi mais uma pergunta a mim mesmo do que para eles, sem perceber em meu rosto as lagrimas caiam, Calum me abraçou e por mais preocupado que ele está ainda consegue se manter mais forte que eu.

- Fui perguntar ao porteiro e ele também não a viu! - Helena fala já com os olhos marejados, de repente sinto meu celular vibrar e rezo mentalmente para que seja ela, mas infelizmente não é.

" Luke sei que provavelmente me arrependerei disso, mas vá o mais rápido possível a casa do Enrique se quer encontrar a Seunome!

xx secret "

- O que? - Michael fala lendo a mensagem em voz alta, não consigo raciocinar direito apenas pego meu celular de suas mãos e sigo para o portão da escola sem me importar com mais nada. Não sei se é verdade, mas vindo do Enrique qualquer coisa é possível. Como vim de carro, entro no mesmo e saio o mais rápido possível em direção a casa dele.

~Seunome POV~

Meus olhos se abriram devagar tentando se acostumar com a claridade, sinto uma forte dor ainda em minha cabeça, levo minha mão até o local o massageando esperando que assim a dor diminua, mas é em vão. Por fim consigo abrir meus olhos reparando que estou em um quarto deitada na cama, não parecia ser o meu e nem o de Luke. Observo cada detalhe até que minha visão chega a meu corpo, estou somente de peças intimas minhas roupas estão jogadas pelo quarto, escuto uma risadinha e assim que olho quem é sinto meu coração bater ainda mais forte.

- O que você quer de mim? - pergunto com a voz totalmente amedrontada, o infeliz sorri ainda mais.

- Você inteirinha para mim... - ele se aproxima da cama e mesmo com meus esforços segura em meus braços olhando fixamente em meus olhos.

- Enrique me larga por favor! - sinto as lagrimas escorrerem por meu rosto, ignorando o meu pedido ele começa a beijar meu pescoço de maneira agressiva quase me machucando, minha lagrimas se tornam mais intensas. Reúno todas as minhas forças para me soltar dele o que é completamente em vão já que ele é muito mas forte que eu - Por favor para! - peço mais uma vez ainda me debatendo, mas ele ignora agora me beija.

Seus lábios tentam forçar um beijo do qual eu não me rendo, mordo o seu lábio inferior com força ele para e me olha novamente, um tapa extremamente forte atinge meu rosto, logo um soco é dado em meu estomago. Sinto meu mundo girar e outro tapa é dado em meu rosto.

- Isso é para aprender a não ser tão idiota basta ser boazinha que não a machucarei... - seu sorriso malicioso continua em seus lábios, minhas lagrimas caem sem controle algum, meu corpo inteiro treme de medo. Enrique segura meu cabelo e o puxa forte, suas mãos imundas passam por todo o meu corpo e chegam em minha intimidade.

- SOCORROOOOOOOOOOOO! - outro tapa atinge meu rosto e na mesma hora a porta se abre com força.

Luke passa por ela como um furacão e em fração de segundos o retira de cima de mim e da um soco em seu rosto o fazendo sangrar. Encolho-me na cama assistindo a briga dos dois, Enrique se levanta do chão que por conta da força do soco de Luke ele foi parar lá, mas antes que meu chatinho fosse atingido por um soco ele começa a bater sem dó no garoto a sua frente, fecho meus olhos a cada chute e soco que é dado, sua fúria toma conta e tenho medo do que pode acontecer , mas depois de um tempo Luke pra de bater em Enrique que parece estar desacordado, o loiro vem ate mim e me abraça sem dizer nenhuma palavra não precisava a única coisa que queria era sair daquele maldito lugar.

- Eu te amo! - Luke diz em voz baixa, mas o suficiente para que eu possa ouvir.

- Eu também te amo! - os olhos de Luke encontram os meus, o azul intenso de seu olhar me passa segurança, em seguida seus lábios tocam os meus e sua língua pede passagem explorando calmamente cada canto de minha boca, sem pressa como se nunca tivéssemos nos beijado antes. Tive por um momento medo de perde-lo, de nunca mais o sentir, de vê-lo... o beijo foi partido com alguns selinhos demorados, sem precisar dizer uma só palavra ele me entregou sua jaqueta a colocando em mim, por fim saímos da casa abraçados ainda sentia minhas lagrimas caírem, mas agora com menos intensidade. Entramos em seu carro e o olhei.

- Quer ir para casa? - neguei com a cabeça, o que mais queria agora era ficar em um lugar somente eu e ele - Então vamos para a minha... - Luke selou nossos lábios outra vez e depois ligou o carro que logo estava na estrada andando em direção a sua casa.

Lost BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora