Fitei o teto por algumas horas aquela discussão com minha mãe não foi boa, odiava a forma como ela me tratava, a forma que ela desconfiava sempre de mim, nunca soube por que ela me odiava tanto, sempre que ela me olhava seus olhos se transformavam em pura raiva além de ficarem sombrios. Quando criança tinha medo dela e muito, apesar de sempre ser uma boa menina tanto em casa quanto na escola, mas ela sempre achava um jeito de eu ser a culpada de tudo, me lembrei da vez que ela me bateu tanto que fiquei toda roxa tudo porque minha querida irmã havia pego a maquiagem dela, nunca mais quis saber delas duas a partir desse dia, meu pai e meu irmão tentaram me defender mas não adiantou. Ainda estava olhando para o nada e meus pensamentos estavam muito mais distantes, minha infância passava pela minha mente, sorri boba ao lembrar como era feliz quando meu pai e meu irmão moravam aqui conosco, e a saudade deles surgiu, queria tanto que tudo voltasse ao normal, me sentia sozinha desde que eles foram embora, partir desse dia minha vida passou a ser insuportável, as brigas eram constantes, minha mãe me odiava mais e mais a cada dia, e por mais que tentasse não conseguiria sorrir como antes.
Houve um dia na escola que minha amiga, ou melhor, minha melhor amiga de todas me chamou para ir a um lugar, estranhei um pouco o convite, mas decidi ir, me arrumei normal como sempre com uma camiseta, uma calça jeans e um All Star de sempre, ela foi me buscar em casa minha mãe nem bola deu, chegamos a uma rua completamente deserta e de repente se transformou em uma pista de corrida. Confesso que no começo queria a matar por estar me levando para aquele lugar, mas depois fui vendo a cada manobra e a adrenalina foi aumentando, ate que decidi não sei da aonde que iria competir também peguei o carro de qualquer um emprestado e fui meu coração estava a mil quase pirei ao ver que havia ganhado meu primeiro racha. Partir desse dia não parei mais amava aquela sensação louca, saber que era livre e que naquele momento era só eu e meu carro em uma estada. Sei que não é certo fazer rachas, mas foi à forma que encontrei para ser eu mesma de novo, a sensação doida de velocidade fazia toda essa tristeza desaparecer, eu sempre me lembrava de meu pai ele amava a velocidade e foi ele quem me ensinou a dirigir.
Era tão bom saber que estávamos ligados a alguma coisa que ambos gostávamos, as palavras de minha "mãe" vieram em minha mente outra vez, morar com meu pai na Austrália seria ótimo, queria sumir desse mundo que vivo aqui, confesso que só sentirei saudade de Helena única amiga que consegui fazer nessa porra de país. Está bem confesso Nova York tem seus encantos, mas para mim era só mais uma cidade qualquer, onde eu vivo desde quando nasci e que sofro como nunca sofri antes, nunca vou conseguir me esquecer de tudo o que aquela mulher me fez passar, eu a odeio por mais que seja a minha mãe, se ela prefere a Nicole o problema é dela estou indo morar junto de meu pai pelo menos ele me ama de verdade. Sabe nos dois nos falamos varias vezes na semana, sempre nos mantemos contato e meu irmão também, ele é um fofo logico agora ele está grande, lindo e com certeza deve ter milhares de meninas correndo atrás dele... Um sorriso que não sei da onde surgiu saiu por meus lábios, peguei o telefone e digitei o numero da casa de papai, com três toques alguém atende.
- Boa noite casa dos Hood, o que deseja?
- Oi, boa noite gostaria de falar com o senhor David, por gentileza?
- Sim, claro quem gostaria de falar com ele?
- A Seunome Hood, filha dele...
- A sim, desculpa só um momento. - esperei ansiosa, estava com medo de como meu pai agiria com a noticia de que minha mãe havia praticamente me expulsado de casa, escuto alguém pegando o telefone e logo me respondendo.
- Oi filha tudo bom com você?
- Oi pai é não muito, e te liguei porque tenho um assunto muito serio pra falar com você. - nem esperei para dar a noticia, queria saber se ele me aceitaria, eu estava soando frio e meu coração a cada vez mais acelerado, eu queria sair do lugar onde mais sofria não aguentava mais.
- Nossa não me assusta o que houve de tão grave?
- É o seguinte, você sabe que faço rachas e hoje mais uma vez fui presa, a mamãe foi me buscar e ate estranhei por ela não ter armado o barraco na porta da delegacia, mas quando chegamos em casa ela me desaforou um monte, brigamos feio e ela mandou eu morar com você porque não me quer mais aqui, como não sou igual a minha irmã ela não me aceita. Pai eu não tenho para aonde ir se você não me aceitar ai, aqui em casa não posso mais continuar.
- Nossa agora percebo o quanto fiz bem em me separar dela. Filha você pode vir para cá desde que fique longe de confusão e principalmente rachas, entendeu? - soltei um suspiro de alivio, mas acho que não conseguiria viver sem rachas, mas tentaria tudo para me livrar desse inferno.
- Sim papai lindo do meu coração, prometo me comportar e quando posso ir?
- Amanha mesmo se puder, comprarei a passagem e você vira ok? Sabe que sempre quis que você morasse comigo.
- Sei sim pai, então está bem amanha estou indo para ai. Obrigada pai te amo muito...
- Também te amo muito filha, mas agora tenho que ir vamos jantar fora, se cuida.
- Está bem você também se cuida.
Desliguei o telefone com um sorriso em meus lábios, finalmente teria a minha felicidade, não teria que suportar cara de minha mãe todos os dias e nem ouvir os gemidos altos de minha santa irmã se fudendo. Levantei-me do sofá e fui em direção à escada onde escuto os tão insuportáveis gemidos, mas dessa vez queria era uma prova de tantas vezes que fui chamada de puta por todos da família, paguei meu celular e fui na câmera, andei sem fazer barulho por entre o imenso corredor até o quarto de Nicole, abri a porta lentamente em uma frestinha e lá estava ela rebolando em cima do pênis do Heitur o menino mais popular e galinha da escola, ela se contorcia no colo dele, o arranhava nas costas e ele por sua vez apertava sua bunda e chupava o seu seio direito, era nojento, mas eu tinha que filmar isso fazer copias em um CD e mandar para todos que enxiam a boca para falar mal de mim. Depois de uns minutos eles chegaram até seu clímax e gozaram pronto o vídeo estava feito. Fui até meu quarto abri o notebook e liguei-o, passei o vídeo para vários CDs e coloquei em um envelope com o endereço de meus queridos familiares, guardei em minha bolsa e fui até meu guarda-roupa arrumar minhas coisas, só levaria as peças de roupa que mais gostava o resto eu doaria a quem precisa e compraria mais lá na Austrália. Depois de uma hora estava tudo pronto, meu notebook ainda ligado resolvi digitar uma carta a minha amiga e enviar pelo e-mail. Depois de tudo pronto coloquei meu pijama e deitei na cama dormindo muito rápido.
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Lost Boy
FanfictionEu andei por ruas e lugares a procura de alguém que pudesse tirar você da minha cabeça, seu sorriso perfeito, seu jeitinho de menina mimada, mas tão irresistível, o sabor de teus beijos, o toque de suas mãos. Você me faz viver e agora sem você esto...