Lost Boy

Capítulo 30

~Luke POV ~

Meus olhos estavam fechados, meus pensamentos mais longes do que eu mesmo poderia imaginar, a imagem persistente do Enrique tentando transar com a minha Seunome não queria sair de minha mente, se isso tudo não bastasse tinha o fato dele ter batido nela, minha vontade nesse momento é de mata-lo, mas eu sei que isso somente complicaria as coisas e eu iria para a cadeia a deixando a mercê de todo o mal. Suas lagrimas caindo descontrolavelmente enquanto me abraçava, seus olhos tinham o medo explicito. Por mais que tenha dito a ela para voltar para casa que com toda certeza os pais dela não vão gostar nadinha, não consegui a convencer e ate posso entender o lado dela, pois nesse momento o que mais quer é ficar um pouco longe de tudo que possa fazê-la lembrar do idiota.

Lembro-me de termos subido ao meu quarto, ela ainda estava apenas de peças intimas e quando notou isso cobriu seu corpo com o edredom, sorri vendo ela daquele jeitinho toda sem graça em minha frente. Uma coisa que desde o momento em que a conheci soube que com ela as coisas seriam diferentes, vou respeita-la e quando chegar a hora vou ama-la com todas as minhas forças, mostrarei em simples toques e caricias o que minhas palavras não são capazes de descrever, o que eu sinto por ela vai muito além de desejo sexual, não sou um completo patife sei amar e respeitar acima de tudo quem eu amo e mostrarei a minha perfeitinha isso.

Dormir ao seu lado com toda a certeza foi a melhor sensação de toda a minha vida. Sentir seu cheiro tão perto, poder toca-la no meio da noite sem ser em sonhos, sentir seu toque delicado sobre a minha pele, saber que nesse momento é comigo que ela quer ficar, que sou eu quem a salvou outra vez e que vai protege-la sempre, não tem preço. Saber que se ama alguém em tantos pequenos detalhes, em coisas que certamente ninguém notaria, mas eu noto como os olhos dela se iluminam quando canto para ela, quando me beija a maneira que me toca, a forma doce que fala meu nome, o tom brincalhão que eu sempre amo quando ela usa, seu jeitinho de menina mimada quando as coisas não estão do jeito que quer, que me deixa louco; não existe explicação concreta do porque eu a amo tanto, só sei que viver sem essa garota está fora de cogitação.

Abro meus olhos lentamente os fazendo se acostumar com a claridade do ambiente, quando finalmente os abro a observo ainda ao meu lado. Sem sombra de duvidas parece um anjo dormindo, passo meus dedos delicadamente sobre a pele macia de seu rosto, ela se meche, mas não se acorda, sorrio sem ao menos saber por que. Poderia passar o resto da minha vida acordando ao seu lado que não iria cansar em nenhum momento, sendo tão linda e perfeita é difícil imaginar que já sofreu tanto e que somente agora está tentando ser feliz aos poucos. Um sorriso se forma em seus lábios e lentamente os seus olhos se abrem, com toda a certeza meu sorriso está maior que meu rosto, mas não me importo se o motivo dele for ela, a minha e eterna perfeitinha.

- Bom dia meu amor! - suas palavras saíram de maneira doce e quase imperceptíveis, seu sorriso continuava em seu rosto, sem qualquer reação antes pensada meus lábios tocaram os seus, meu coração parece ter acordado de vez, pois batia cada vez mais forte, suas mãos tocaram meu pescoço arrepiando minha pele em fração de segundos, não há como ter duvidas do que eu sinto por ela, não há como dizer que não a amo, se em todos os beijos e com um simples toques ou eu te amos meu corpo todo fica sem forças e meu mundo inteiro passa a ter somente ela como prioridade. Nossos lábios se afastaram lentamente e nossos olhares voltaram a se encontrar.

- Bom dia minha perfeitinha! - seus olhos brilharam de uma forma sem igual, única, seu sorriso se abriu outra vez e sem conter as palavras saíram de minha boca como se tivessem vida própria - Eu te amo muito, não consigo mais me imaginar sem você.

- E nem eu sem você meu amor, te amo mais que tudo... - nossas bocas mais uma vez se encontravam juntas, nossos toques um pouco mais intensos, ouço passos vindo em direção do quarto, mas não ligo simplesmente mais nada me importa tanto quanto ela. suas unhas arranhavam sem quer meu pescoço me deixando excitado, uma de minhas mãos estava em sua cintura a acariciando de maneira um pouco mais calma, senti sua pele se arrepiando e sorri entre o beijo. A porta se abre e uma voz um pouco familiar demais toma conta do quarto.

- Atrapalho algo? - meu pai fala e rapidamente nossos lábios se separam, enquanto tento controlar minha respiração a olho e vejo que suas bochechas estão levemente coradas, Andrew sorri de maneira um pouco maliciosa o que faz com que eu revire os olhos.

- Não pai não atrapalha nada! - falo menos ofegante e ele me olha como se a resposta não fosse a que ele esperava, mas não dei bola e ele voltou a falar.

- Vim te acordar e dizer que perderam a primeira aula. - merda tinha me esquecido completamente que tinha aula hoje - e Seunome seu irmão lhe trouxe uma roupa limpa... - ele coloca a mochila dela em cima do pufe que tem perto da porta e se virou indo em bora fechando a porta, sorrio ao ver ela sorrindo também.

- Seu pai desconfia que fizemos algo mais do que somente dormir, certo? - seu tom brincalhão e descontraído surge como musica aos meus ouvidos.

- Sim, certo! - assinto e uma gargalhada sai da pessoa ao meu lado não me contive e ri também. Afinal não é muito difícil imaginar que tenha rolado algo mais entre nós considerando que a Seuapelido está usando a minha camiseta e eu estou somente de boxer, sem contar o fato que acordamos completamente atrasados para a escola - acho que chega de rir - falei tentando me controlar respirando fundo - Vamos nos arrumar e ir para a escola, meu pai nos acompanha e inventa algo para não perdermos as próximas aulas! - ela assente se levantando da cama e indo ao banheiro, mas para na porta e volta a me olhar.

- Espero que a desculpa dele não seja o que ele acha que aconteceu aqui! - ri e ela entra no banheiro fechando a porta, olhei para o teto tentando acreditar que realmente estamos tão próximos assim e que por mais que aquilo ocorreu está tentando ao máximo esquecer e deixar que com bom humor tudo volte ao normal.

Saímos de casa entrando no carro de meu pai, seguimos em silencio até a escola, constantemente o senhor Andrew nos olhava com um sorriso pervertido o que me deixava meio desconfortável, Seunome olhava a rua com uma atenção sem igual parecia vidrada em algo que prendia completamente seus pensamentos, sua mão estava entrelaçada na minha. Finalmente o carro parou e descemos para conversar com o diretor que diz ter que falar sobre o nosso bilhetinho da vez passada e minha fuga da escola. Graças a Deus fomos liberados para irmos a aula.

Os corredores pareciam silenciosos demais, nosso silencio estava tornando tudo ainda mais assustador. A porta de nossa sala se aproximou e em uma reação rápida Seunome para e respira fundo, chego ate ela olhando diretamente em seus olhos sem me importar com o lugar, meus braços envolvem seu corpo em um abraço de proteção.

- Não a deixarei sozinha, prometo! Nunca vou abandonar-te, te amo demais você sabe disso e serei capaz de tudo para te proteger! - ela sorriu e saiu de meus braços me dando um selinho demorado.

- Eu te amo Luke Hemmings! - voltamos a caminhar e entramos na sala pedindo licença, a professora Mende nos olha assim como a sala inteira.

- Acho que se esqueceram que tinham aula hoje, mas não se preocupam irão se lembrar disso ajudando seus amigos a arrumar o ginásio para o baile de primavera. - ela fala convicta e a olhamos sem acreditar, mas não falamos nada apenas nos sentamos em nossos lugares deixando que a aula rolasse.

O intervalo havia finalmente chegado e estava esperando que os meninos começassem com as piadinhas e foi exatamente isso que ocorreu não dei bola e apenas ria das palhacisses deles. Notei depois de um tempo observando tudo que o Enrique não havia vindo para a aula o que me fez sentir melhor sabendo que a Seuapelido está segura.