Ponto de vista — Alex Turner.
— Você é tão sombrio, amor. Eu gosto disso.
Eu não precisei respondê-la com palavras depois disso. Meu corpo o fez em seu lugar, a agarrando pela nuca, a puxando para um beijo que ela sequer recusou em corresponder imediatamente, largando a bolsa e sobretudo ali mesmo, como se já não se importasse com mais nada.
Novamente aquele calor incontrolável tomou conta de mim conforme suas mãos serpenteiam meu corpo até caírem em minha cintura, novamente subindo um pouco mais para arrancar o blazer desabotoado de meu corpo e o jogar no chão. Num impulso, senti seu corpo empurrar o meu, me fazendo caminhar para trás até sentir a borda da mesa bater na parte posterior de minhas coxas.
É uma coisa engraçada que eu não consigo explicar, eu só consigo sentir uma sensação de outro mundo sempre que a beijo. Especialmente desse jeito. Como se desencadeasse uma explosão aqui dentro que atingia cada célula adormecida do meu corpo, me dando energia e uma sensação inebriante de prazer que me deixava viciado, querendo mais e mais dela.
— Querida, me conte algo que eu ainda não sei. — digo ao quebrar o beijo, sentindo a carne de suas coxas na palma das mãos quando as aperto num ato involuntário. Eu não podia me controlar já que eu estava pegando fogo e a culpa era dela.
— Tipo? — perguntou ao morder o lábio inferior e afrouxando um pouco o nó da minha gravata, me deixando hipnotizado. Porra, tudo o que ela fazia me deixava completamente idiota por ela.
— Tipo o que você faz para os seus beijos me encherem de eletricidade. — respondi, me aproximando para lhe dar mais e mais beijos na região do pescoço, procurando não deixar marcas muito vermelhas nela, mas do jeito que eu estava não podia prometer nada, ainda mais com ela arfando próximo ao meu ouvido enquanto agarrava meus ombros com ambas as mãos.
Sem perder tempo, a puxei pela cintura, a girando e trocando nossas posições, empurrando seu corpo para cima, chegando a empurrar meu notebook e o fazendo cair, assim como meu bloco de notas e meu porta canetas, todos foram contra o chão acarpetado. Foda-se se tenha quebrado, eu sou rico e posso comprar outro, a coisa que eu mais quero agora está aqui na minha frente com uma saia de cetim e acima de tudo sem calcinha, o que facilita muito o meu trabalho, pois o que eu mais quero é colocar a minha cara ali.
Sério, o fato de estar prestes a transar com ela em cima da mesa da minha sala quando tenho uma reunião em cerca de dez minutos não me importuna nem um pouco. Contanto que fosse com ela, poderia ser em qualquer lugar. Puxei sua saia para cima, agarrando seu quadril e a fazendo ficar perfeitamente encaixada ali, me fazendo pensar por um momento que essa mesa estava na altura certa para aquilo.
Alex, pela primeira vez na sua vida você foi inteligente sem querer ao escolher essa mesa no catálogo. Duas palavras: para béns.
Mas eu decidi que não iria começar desse jeito, pois logo a puxei de cima da mesa, a deixando confusa por uns momentos. Antes que ela pudesse retrucar, massageei aquela região tão abundante antes de dar um tapa que provavelmente ecoou até fora da minha sala. Não que eu me importe com isso, pois logo desferi outro tapa, dessa vez do outro lado, a fazendo virar a cabeça para olhar para mim de um jeito que eu honestamente não resisto. Eu realmente não posso evitar, minha mão treme toda vez para dar nem que seja um tapinha da leve ali.
Já dizia o Keanu Reeves brasileiro: um tapa na gostosa. Yes baby, thank you.
Minha mão livre empurrou o seu corpo para baixo para que ela ficasse parcialmente deitada na mesa e ainda de costas para mim e bem empinada na minha direção enquanto minha outra mão tentava não tão desesperadamente — confia — abaixar braguilha da calça e me livrar daquele aperto já que eu desejava aquilo a ponto de sentir um incômodo enorme com aquela calça. Ela parecia impaciente, como se quisesse aquilo mais do que eu e isso até que me divertiu um pouco.
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Our Worst Nightmare | Alex Turner (CONCLUÍDA)
RomanceBons tempos se passaram e a vida era boa para Alex Turner e Eileen Copeland. Alex continuava sendo bem sucedido com a Empire Corporation e Eileen agora era uma renomada jornalista no Daily Network, um dos melhores telejornais da Inglaterra. Entret...