Will the teasing of the fire be followed by the thud?

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Ponto de vista — Eileen Copeland.

Não levei muito tempo para chegar até o apartamento dos meus pais. Eles estavam meio ''acuados'' com o que aconteceu ainda, portanto estão fazendo Hayden ficar um tempinho com eles por lá, e isso me deixa mais tranquila por saber que ele não vai ficar sozinho no apartamento dele por agora.

Por mais que eu estivesse me concentrando em dirigir com prudência, minha cabeça estava completamente atordoada, uma cadeia de pensamentos acumulados como uma teia de aranha muito mal elaborada que me fez levar umas duas buzinadas no trânsito por não perceber o semáforo aberto durante o trajeto.

Hayden foi quem abriu a porta para mim após eu falar brevemente com ele pelo interfone, um pouco depois do porteiro liberar a minha entrada no prédio.

— Ei, maninha... tudo bem? — Hayden me abraçou assim que me viu na frente dele. Deitei a cabeça em seu ombro por uns momentos, aproveitando a sensação do seu abraço. Desde o ocorrido, sempre que vejo Hayden é um momento sublime, pois sempre passa na minha cabeça que isso não estaria acontecendo se não tivéssemos chegado a tempo.

— Tudo, e você? Está bem? — perguntei acariciando a pele de seu braço após nos separarmos. Ele confirmou com a cabeça em meio a um sorriso fraco. — A mamãe e o papai estão dormindo? — perguntei, mas ele não precisou me responder quando vi a figura de minha mãe surgindo logo atrás dele.

— Leen, querida! Mas que surpresa, está tão tarde, meu amor... o que faz aqui? — minha mãe me abraçou, agora me puxando para entrar aos poucos dentro do apartamento.

— Eu só queria saber se estava tudo bem com vocês... — respondi, tirando meu casaco aos poucos enquanto Hayden me ajudava ao o colocar sobre o bengaleiro.

— Está sim, meu bem. — minha mãe sorriu e olhou para trás de mim. — Onde está Alex? Não veio?

— Não, ele ficou em casa... estava cansado. — respondi da forma mais natural possível, mas quando se tem a pessoa que nasceu do mesmo útero que você e a pessoa que literalmente tem o útero que pariu você, é meio difícil esconder que havia algo de errado.

— Você e o Visconde de Sabugosa brigaram de novo? — Hayden perguntou como se fosse um ser adivinho antes de intercalar o olhar com minha mãe. Ou eu que não sei disfarçar.

— Não, está tudo bem. Foi um dia cheio. — falei despreocupada e me sentei no sofá vazio e confortável, com Hayden se sentando ao meu lado em seguida.

— Você está com fome, querida? Fiz um caldo de ervilhas com bacon, ainda está quente. — minha mãe disse, sua voz estava um pouco distante pois agora ela estava na cozinha. Acredito que nem vai dar tempo de dizer que não estou com fome pois já escuto o barulho de pratos e talheres oriundo de lá, significando que a essa altura ela já estava servindo um pouco para mim.

Deixei ela vir com um prato e uma colher em minha direção, deixando sobre a mesinha de centro para esfriar um pouco. Ultimamente eu ando tão estressada que não estou sentindo tanta vontade de comer, mas como eu poderia dizer não para aquele prato que parecia apetitoso?

— Está tarde, espero te ver aqui amanhã quando eu acordar. — minha mãe ponderou caminhando em direção à janela para fechar as cortinas.

— Mãe...

— Nada disso, mocinha. Nem pense em sair por aí neste horário. — ela me interrompeu delicadamente como se eu fosse uma adolescente que iria sair a pé, ignorando o fato de que eu estava de carro. — Exceto se Alexander vier te buscar.

— Bem capaz. O Conde Drácula já deve estar no caixão uma hora dessas. — Hayden pigarreou e eu lhe dei uma leve cotovelada, no fundo sabendo que era bem capaz de Alex estar dormindo mesmo. Não acredito muito na ideia de que na verdade ele está bebendo no sofá enquanto escuta uma música do Amado Batista no volume máximo.

Our Worst Nightmare | Alex Turner (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora