Prologue.

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Medo. Talvez aquela não era a palavra certa para descrever o que assolava o corpo e pensamentos dela naquele exato momento, onde cada célula existente fervia junto aos acelerados batimentos cardíacos, impulsionados pela liberação da adrenalina. Talvez terror era uma palavra que chegava perto para descrever o sentimento que mais a assombrava.

A brisa fria a fazia tremer dos pés à cabeça mesmo estando trajada de um suéter cinza de lã, uma calça jeans levemente surrada e a bota de camurça para cobrir os pés falhos. Os olhos azuis aterrorizados se mantinham abertos o tempo todo, as pálpebras mal desciam, haja vista que se encontrava diante de uma situação inimaginável. Ela jamais pensaria que tudo isso tomaria essa proporção. Que tudo terminaria assim.

— Abaixa isso. — ordenou, a voz tentou sair firme mas passou longe de sair uma voz controlada e onipotente. Na verdade, era a voz de alguém que estava vendo a vida passar diante de seus olhos. Mais uma vez.

Não houve um movimento sequer, um ruído, uma respiração pesada ou uma engolida em seco. Apenas o silêncio brevemente ensurdecedor cortado pelo raio alarmante, cruzando o céu escuro e nublado quase de uma ponta a outra, como se fosse uma bela representação das raízes de uma árvore em tons de branco cintilante refletidos nas pupilas dilatadas que se retraíram no exato momento em que a luz quase cegante do raio chegou em seu campo de visão. E como esperado posteriormente, o trovão alto ecoou como uma sirene que anuncia um bombardeio, que poderia ser ouvida a quilômetros de distância, trazendo mais à tona a sensação de um estranho frio que percorria toda a extensão da sua espinha.

— Abaixa isso, eu só vou dizer uma vez. — a voz masculina mandou, e só então ela percebeu que ele estava ali. Aquilo não fazia parte de seus planos e vê-lo com os olhos vidrados na cena a apavorou de maneira que ela sentia o coração esmurrar seu peito de forma descontrolada.

Ele não deveria estar aqui, ela pensou.

A outra mulher exibiu um sorriso. Não era um sorriso satisfeito ou um sorriso de alguém que conseguiu o que queria. Era um sorriso triste, os olhos sem cor exibiam uma melancolia que ninguém jamais cogitou a possibilidade de ver isso algum dia, ainda mais vindo dela. Ela soltou o ar preso nos pulmões pela boca ligeiramente, até podendo ver como o gás carbônico que ela expelia se tornava fumaça assim que entrava em contato com o ambiente. Quase como se ela tivesse tragado um cigarro, coisa que ela havia feito uns bons minutos atrás.

— Oh, Alex... tudo poderia ter sido diferente, você sabe disso. Eu sei que você sabe. — indagou, a voz soava quase tão manipuladora quanto os encantos de uma feiticeira, daqueles que entram na mente e que são capazes de deixar a pessoa completamente alucinada e à mercê de atos totalmente involuntários.

Por mais que ele tentasse se manter de pé, seu corpo inteiro tremia, atingido por um mix de sentimentos tão avassaladores que o deixavam mais confuso do que ele já estava. Mas ainda assim, ele não tirava os olhos daquela que dizia que não importava o que acontecesse, ela sempre estaria ali por ele em todas as situações.

— Poderíamos ter ficado juntos se você quisesse. — ele teve sua atenção tirada por alguns instantes com aquela frase, tentando encontrar algum sentido naquilo, sentindo a cabeça latejar novamente com o turbilhão de pensamentos que o faziam se sentir como se estivesse dentro de uma sala escura e abafada, e a cada tic-tac do relógio, as paredes iriam se mover para tentar o esmagar.

Ele captou o exato momento em que a mulher curvou seu corpo na direção da outra, o rosto completamente inexpressivo era como um loop temporal enquanto mantinha o objeto firme na mão esquerda, tão firme, tão certeiro e tão perigosamente iminente que era certo o fato de que apenas um piscar de olhos seria suficiente para mudar tudo.

Como se soubesse que aquela seria uma provável última vez, ele olhou novamente para ela. Os olhos castanhos se encontraram com os olhos azuis num contato instantâneo. Havia tantas coisas que ela gostaria de dizer a ele. Que ela gostaria de viver com ele. E as palavras que eles nunca poderão dizer estariam escondidas por detrás das íris desguarnecidas de ambos.

Antes que a primeira gota gélida daquela chuva de novembro caísse sobre a ponta de seu nariz, ela escutou um único e seco disparo.

E logo um outro raio cortou os céus.

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Hello, hello! Como prometido, o prólogo quentinho e recém-editado para vocês, meu toba não passa uma agulha para saber o que vocês acharam nesse primeiro momento jsdhjkhskljdhsndfdkf 

E calma que logo vocês vão entender, mas se quiserem, podem fazer suas teorias da conspiração, só não vale acertar o plot da fanfic ou eu vou morre klajdkslajdsdkjd enfim, não sei quando irei postar o primeiro capítulo, mas como já tenho bons capítulos prontos, talvez não demore muito. 

Espero vocês por lá, viu? E comentem bastante aqui porque eu tô mais ansiosa que pinto no lixo com esse começo u.u

Um beijão da tia Manu e até o próximo <3

Our Worst Nightmare | Alex Turner (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora