Move over toward the danger that you seek.

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Alguns dias depois.

Ponto de vista — Eileen Copeland.

Bons dias passaram depois daquele breve estopim. Eu fiz o que Alex pediu em relação a parar de ser tão obcecada pelo caso de Daniel e deixei para lá totalmente. Admito que me sinto bem melhor, não totalmente porque um lado meu queria continuar até finalmente descobrir o que houve, mas meu outro lado queria continuar como está, pois na verdade, tudo pareceu melhorar. Quer dizer, não aconteceu mais nada de ''estranho'' depois que lavei minhas mãos sobre isso.

Os pais de Alex estão em Londres temporariamente, o que o fez ficar mais tranquilo pois ele gostava da ideia de ter seus pais por perto. Já os meus pais ainda estão em Chicago, talvez fiquem por mais uns dias e enquanto isso estou conseguindo tomar as rédeas, cuidando de Molly e puxando a orelha de Hayden para não deixar os trabalhos da faculdade pendentes. Não queria que ele fosse vagabundo assim como eu fui quando estudava e deixava tudo para os quarenta e cinco do segundo tempo.

Hoje, em especial, era um dia atípico, um dia daqueles que todo mundo consegue um tempinho livre para uma pequena reunião na hora do almoço. Entretanto, a praça de alimentação da Empire não foi o point escolhido da vez, mas sim um restaurante que ficava quase na sub esquina, havia sido inaugurado recentemente e desde então Matthew estava enchendo o meu saco para que nós dois fossemos estrear por lá e do jeito que ele é, muito provavelmente vai querer dar prejuízo para o dono.

— Até que enfim você chegou, não quero mais passar vergonha sozinha, Matt já pediu as entradas que são cortesia da casa umas três vezes, o garçom tá até evitando passar por aqui. — Jude aclamou assim que me viu conforme eu me aproximava deles, eu nem precisei os procurar por muito tempo para saber onde estavam. Estavam na maior mesa do restaurante, feita para comportar uma família inteira.

— Cala a boca, Judith. Você reclama de mim, mas comeu uma porção inteira de batata frita sozinha ainda agora, bandida. — Matt rebateu antes de encher a boca com um bom gole de Pepsi.

— Vocês dois não crescem, hein. Olhem o exemplo que estão dando para as crianças. — retruquei abraçando Judith e dando um beijo na testa de Noah, que estava em seu colo. Ele estava enorme, eu mal aguentava mais carregar ele, mas ainda fiz um esforço para o pegar no colo. — Noah, daqui a pouco vou ter que começar a fazer academia para conseguir te carregar, viu. — fingi cansaço ao lhe carregar enquanto ele gargalhou. Ele era uma graça.

— Você ainda me aguenta, tia Leen? — Amelia perguntou do outro lado, quando eu deixei Noah com Judith e fui em sua direção. Levantei as sobrancelhas, dando a entender que na verdade eu não sabia, Amelia estava bem crescida, e pensar que eu ainda a peguei tanto no colo...

— Se você cair eu só vou pegar minha filha e vou embora. — Matt declamou e eu aproveitei que eu estava abraçando Amelia para lhe mostrar meu dedo do meio de forma discreta. — Olha, não era ela que tava falando que a gente tava dando péssimo exemplo pras crianças, Jude? — debochou abaixando meu dedo do meio e Judith riu, tirando a mão do rosto de Noah já que ela estava tampando sua visão.

— Mas vocês são pais deles, eu não tenho nada a ver com isso. — levantei as sobrancelhas, abraçando Matt de forma desajeitada porque o preguiçoso não quis se levantar da cadeira. — Mas que bom que conseguimos tirar um tempinho para ficarmos juntos, eu senti falta disso. As meninas não puderam vir? — perguntei me referindo à Breana e Lori.

— Lori foi para uma entrevista de emprego, aquela que eu comentei com vocês na semana passada para design de interiores. — Judith disse, dava para ver o brilho nos seus olhos ao falar sobre, tamanho era o orgulho que sentia da sua esposa. — Agora que o Noah tá crescendo e indo para o jardim de infância, ela quer voltar a trabalhar e fazer o que gosta.

Our Worst Nightmare | Alex Turner (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora