And you lived there so long, it's kinda strange now you're gone.

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Ponto de vista — Eileen Copeland.

Tão cedo, todos estávamos reunidos em uma sala de espera adjacente, próxima a recepção. Minha família, os pais de Alex, o delegado Murphy e seu parceiro investigador, até mesmo o Dr. Nolan estava ali prestando qualquer tipo de apoio que fosse útil.

Eu não conseguia parar de tremer mesmo tendo tomado um calmante depois que o delegado disse que isso foi uma tentativa de assassinato. Tantas coisas passam na minha cabeça, mas o que mais perpetua agora é o medo e a sensação de estar em perigo o tempo inteiro, ainda que eu esteja no hospital.

— Qual será o próximo passo agora, delegado? — meu pai perguntou apreensivo, minha mãe segurava sua mão e parecia apertá-la com força. Os dois estavam extremamente preocupados, e com razão.

— Estamos investigando todos os precedentes, o que foi usado, se foi algo premeditado ou não. O Sr. Turner tinha algum inimigo ou alguém que não gostava dele a ponto de fazer isso? — respondeu com calma, talvez para passar segurança aos meus pais, logo se dirigindo a Penny e David, que também estavam atordoados demais para conseguir responder.

— Ele não. Mas eu sim. — respondi alto o suficiente, até porque entre todos ali eu era a única que estava em pé enquanto estava de frente para a janela que dava vista para o estacionamento e parte da avenida que se transformava em um viaduto logo adiante. A noite já havia caído e a cidade já estava iluminada com as luzes das casas e postes das ruas.

— Filha, se sente um pouco, você está de pé há tempo demais. — minha mãe pediu caridosa e eu me virei, não para me sentar, mas para começar a explicar o que houve.

— Não acho que seja uma paranoia minha, mas vou tentar explicar mais ou menos os meus motivos para achar que tudo isso tem a ver com a ex-noiva de Alex. — comecei, vendo as autoridades franzirem o cenho em confusão, mas não me impediram de continuar.

Então, da forma mais sucinta e detalhada que consegui elaborar, contei toda a história envolvendo eu, Alex e Louise. Desde o começo, sendo bem sincera. Também triangulei com o fato de Daniel ter sido assassinado e achar que Louise tem algo a ver com isso. Penny e David me ajudaram ao alegarem que Louise realmente era doida, meus pais também sustentaram a ideia depois daquele episódio onde recebi a ameaça.

— Eileen, essa acusação é muito séria, você tem certeza absoluta de que essa Louise está envolvida? — Logan me perguntou. Sua pergunta não foi com ar duvidoso ou algo do tipo, realmente sei que é o trabalho dele investigar mas não poderia fazer isso por conta de um achismo, sem uma prova concreta.

— Delegado, pode chamar do que quiser. Espírito investigativo, sexto sentido ou paranoia. — dei de ombros levemente, desviando o olhar rapidamente para as anotações que seu colega fazia ao seu lado. — Mas eu sei que essa mulher tem alguma coisa a ver com isso. Não é coincidência.

— Não duvido de você, Eileen. Mas se ela tiver um álibi, não há muito o que possamos fazer enquanto não tivermos uma prova. — explicou e eu assenti com a cabeça.

Subitamente, lembrei-me de que Alex tinha algo para me contar antes do acidente. Ele estava tão perturbado que sequer conseguiu me contar. Pode ter algo a ver com isso. Ou não.

— Tem mais uma coisa. — levantei o dedo indicador, me lembrando exatamente do que havia acontecido naquele dia. — Alex tinha algo pra me contar mas não conseguiu por causa do acidente. Ele parecia muito perturbado, eu tenho certeza de que aconteceu algo antes disso.

— Perturbado em que sentido? — Penny perguntou agora preocupada.

— Ele não conseguia ficar calmo, agia como se estivesse sendo perseguido e nem conseguiu me dizer sobre o que era. — gesticulei, lembrando-me de como Alex estava se comportando naquele momento. — Ele devia ter descoberto algo, e eu não vou me surpreender se for algo relacionado a isso.

Our Worst Nightmare | Alex Turner (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora