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Era na mescla entre as vibrações guturais e os trovões, a claridade excessiva de um raio tão próximo, que seus passos tão pesados impediam qualquer um de dormir

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Era na mescla entre as vibrações guturais e os trovões, a claridade excessiva de um raio tão próximo, que seus passos tão pesados impediam qualquer um de dormir.

Erin respirou fundo e continuou trabalhando, depois de tantos anos sem saber o que era um lápis e um papel, sua caligrafia tinha se tornado uma coisa confusa, desordenada e ilegível.

Sparkles surgiu com seu ronronar, aninhando-se a sua dona, implorando por um carinho.

Em alguns momentos, ela se levantava e puxava a cortina para encarar o mundo escuro, não saberia dizer como aquela horda tinha se aglomerado tão próximo de si, mas sabia que um barulho que fosse, poderia foder com tudo.

Mal podia se recordar da última vez que teve um contato mundano, que encontrou alguém que respirava e falava de fato, que não fosse vozes da sua cabeça.

Grande parte de si, gostaria de chutá-lo para fora, de esmagar sua cabeça com o tranco da arma ou qualquer outro objeto que fosse, mas naquele momento em que encontrou o homem sentado em sua cozinha, soube que ele não era ameaça alguma para si. Pelo menos, não naquele momento.

De fato não haviam balas dentro do quarto, pois Erin Campbell tinha usado a última delas, dois dias antes, na tentativa falha de matar um cervo.

Mais uma vez, encarou a janela atentamente, os olhos cor de oceano tão atentos a cada movimentação e para sua desgraça, seu olhar se encontrou com um deles, que estava se arrastando pela lateral do trailer.

Ficou estática como uma pedra, talvez aquela criatura horrenda não tivesse a enxergado, mas fora inútil.

Imediatamente, o caminhante começou a bater na lataria do veículo, chamando atenção de tantos outros.

Em um piscar de olhos, todo o som gutural fora crescendo, as mãos fétidas bateram na lataria com a força sobre humana, o medo se instalou.

— Era só o que me faltava, Sparkles.

Respirou fundo e recolheu as duas lanças que havia feito para sua proteção, saiu do quarto e encarou aquele corpo encolhido no chão, o semblante sereno de quem não tinha que se preocupar com nada.

Erin parou de frente ao homem e lhe deu dois chutes na costela.

Negan acordou no susto, recolhendo Lucille às pressas, tão pronto para um golpe e, quando viu a mulher à sua frente, fez uma careta.

— Levanta, se vai ficar como hóspede na minha casa, vai ter que ajudar na limpeza.

O homem do taco de baseball bocejou ao passo que a melodia inumana se tornava cada vez mais alta, que toda a movimentação vinda de fora ia se intensificando.

Estava em uma puta desvantagem se fosse analisar o fato de estar vestindo apenas um short feminino que apertava suas bolas.

Mas Erin nem quis saber. Abriu o compartimento do teto do trailer e usou a cadeira como apoio para subir, a chuva estava menos densa, mas ainda fazia um bom estrago.

KILLING STRANGERS [NEGAN]Onde histórias criam vida. Descubra agora