KILLING STRANGERS [NEGAN]

sexto

O pior de tudo era que eles não faziam a menor ideia de onde estavam.

Bastou alguns minutos de estrada para que Negan parasse o carro para pensar. Era uma região muito ampla, onde apenas grandes troncos de árvore ficavam ao redor e, lá no fundo, conseguia ver o posto avançado onde estavam, mas ainda assim, não dava pra ter a mínima noção de localização.

E não era como se tivessem gasolina de sobra para gastar.

— Vamos seguir ao norte — ele começou coçando a cabeça, Erin mantinha um mapa em mãos, no qual tinha se tornado uma grande inutilidade — Fique de olho nas placas.

A tatuada o encarou por alguns segundos, concordando num gesto.

Foram mais alguns minutos de estrada vazia, linha reta e alguns errantes ao redor, que ao verem a movimentação, erguiam seus braços na tentativa falha de "pegar".

A dupla estava atenta a todos os cantos, até que finalmente, uma placa se fez presente.

Mais uma vez o carro foi estacionado, Erin abriu o mapa e apontou seu indicador para localização.

— Certo — ele disse — O Santuário está aqui — apontou para o mapa — e a cidade aqui. Tenho gasolina o suficiente para ir para casa.

— Finalmente vou me livrar de você — ela começou, mas dessa vez, Negan a fitou fixamente, os olhos cor de oceano tão fixos sobre si.

Depois de tudo que tinha passado, ele havia decidido a convidar para ir ao Santuário, onde poderia encontrar algo para ser útil já que ela não gostava de comunidades pacíficas, mas quando citou a possibilidade, Erin agiu da forma que ele achou que agiria: com raiva.

— Já disse que não sou boa com comunidades — ela havia lhe dito.

— Essa é diferente.

— Isso é o que todos dizem, até ela não ser mais segura — replicou logo em seguida, prendendo os cabelos longos num coque.

— Certo. Então, pela ajuda que me deu, eu te dou uma carona até a sua cabana, já que ela fica no caminho. Vamos para o trailer pegar suas coisas e depois partimos.

E agora que sabiam onde estavam, o plano podia prosseguir.

Seria no total, uma viagem de um dia para ele finalmente chegar em casa e, grande parte de si, estava ansioso por isso.

Negan gostava de comandar, de manter todo mundo na linha e, cacete, como ele sentia falta da petulância de Grimes.

Podia até mesmo imaginar a cara do cretino quando ele e os salvadores chegassem nos portões de Alexandria, o medo que iria se instalar em cada um daqueles malditos.

Apenas o pensamento o fez umedecer os lábios em êxtase.

Então, Negan parou o carro na beira da estrada.