sétimo

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Quando Erin pediu para conduzir o carro, ele não reclamou, na verdade, agradeceu internamente por aquilo

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Quando Erin pediu para conduzir o carro, ele não reclamou, na verdade, agradeceu internamente por aquilo.

Negan ajeitou seu corpo sobre o banco do passageiro, tentando encontrar uma posição agradável o suficiente para fazê-lo adormecer sem acordar com as costas fodida.

Era estranho pensar sobre aquilo, pois em todos os anos do mundo apocalíptico, ele nunca tinha visto nada como aquilo antes.

A horda que tinha os arrematado era grande demais, de certa forma, organizada. Sabia que podia ser o cansaço falando alto, a paranoia ou a fome que fazia seu estômago doer, mas uma coisa era certa: se aqueles caminhantes estavam migrando para outro lugar, significava que algo grandioso estava por vir.

Toda a história dos mortos-vivos era uma tremenda incógnita, na qual tudo que se sabia vinha do imaginário humano, que fez tantas franquias famosas, que causou tantos jogos, seriados e tantas outras coisas.

Mas se fosse analisar, todos eles tinham uma coisa em comum: não conseguiam explicar os mortos.

Negan acreditou que, assim como os animais migram quando uma estação nova chega ou quando falta comida, os errantes podem acabar fazendo o mesmo.

Eles eram puro instinto animal, selvagem demais, então quem podia garantir que não seria o caso? Pois durante o inverno intenso, o homem não se lembrava de ter encontrado muitos deles pela estrada ou no perímetro seguro do Santuário.

Acabou acordando com o som de Erin a lhe chamar.

O mais velho respirou fundo abrindo seus olhos devagar, o corpo ainda sonolento e molenga de preguiça. Esticou as pernas e os braços do jeito que deu e, quando olhou para frente, encontrou o amontoado de fumaça saindo do capô.

— Puta que pariu — disse quase saltando pelo susto.

Se desvencilhou do cinto de segurança e saiu do veículo às pressas, puxando o pedaço de metal com toda força.

Erin ficou ali o fitando fixamente. Negan mexeu aqui e ali, soltou um calão e respirou profundamente, o semblante mudando para algo extremamente insatisfeito.

— Agora fodeu — disse batendo a lataria com violência — Lembra onde estamos?

— Uns sete quilômetros da cidade — ela começou puxando o mapa e o abrindo, usando o capô de apoio — Estamos aqui e a cidade aqui.

— Dá pra caminhar — começou ao passo que abria as portas do carro em busca de suas coisas. Aproveitou também, para pegar um galão vazio no porta-malas e o preencher com a gasolina — Usamos seu trailer.

— Tudo bem — disse o ajudando.

A verdade era que não tinha muito o que levar. Apenas as armas dentro da mochila, os remédios e o galão de gasolina.

Por precaução, a dupla decidiu ir caminhando pela floresta, mas sem se distanciar muito da estrada.

Pelo seus cálculos, eles teriam menos de duas horas de luz solar e, de um jeito ou de outro, teriam que parar algum momento para descansar.

KILLING STRANGERS [NEGAN]Onde histórias criam vida. Descubra agora