décimo quarto

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Podia sentir a textura aveludada da pele tocando a sua lentamente, numa gentileza desenfreada pela calmaria que os cercava

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Podia sentir a textura aveludada da pele tocando a sua lentamente, numa gentileza desenfreada pela calmaria que os cercava.

A ponta dos dedos iam bailando pelo seu peito em direção ao umbigo, a água morna oscilava um tanto, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar em uma sensação fodida de gostosa.

Prendeu a respiração ao sentir os lábios se tocando, as mãos atrevidas trabalhando em um ritmo quase frenético, a distância entre os corpos era nula.

Mesmo de olhos fechados, pôde captar o instante em que ela se virou, apoiando-se sobre o azulejo da parede, que o mais brando arfar surgiu quando se uniram no movimento bruto, que Negan apoiara o queixo sobre o ombro da menor, sentindo um incêndio lambendo cada partícula de seu corpo quase em um ápice.

Moveu-se ainda mais, os lábios entreabertos e a testa encontrando apoio sobre a parede gelada, os olhos se apertando e a amenidade do prazer cobrando seu preço.

Toda vez que encontrava aquela face tão bela, com uma maldita constelação tão bem desenhada na forma de sardas, ele se perdia um pouco mais.

Mas que merda, poderia até mesmo sentir o calor da respiração ofegante pousando sobre suas bochechas, a forma extremamente ávida com que ela o fitava enquanto fodiam, o imediatismo gritando de dentro para fora.

Franziu as sobrancelhas no deleite, nos dedos nervosos que se mantiveram ainda mais frenéticos, no mais tênue aperto sobre o pau para intensificar e, quando um gemido cresceu sobre seus lábios tão abertos, a desgraça veio em formato de batidas.

— Tá demorando demais! — o carcereiro gritou do outro lado, ainda batendo na porta de madeira reformada, pronto para invadir a privacidade do outro.

Inferno — praguejou baixinho, totalmente descontente, pois pela terceira vez na semana, não conseguiu gozar — Já vou sair!

Respirou fundo desligando o chuveiro, recolhendo a toalha úmida para se secar às pressas, graças ao frio cortante que aquela época do ano mantinha.

Por alguns segundos, o ex-líder dos salvadores encarou seu reflexo sobre o pequeno espelho, percebendo que ainda mantinha as falhas de um cabelo cortado na navalha à força, a barba tinha se tornado grande o suficiente para tapar mais da metade do pescoço.

— Parece que teremos que diminuir sua quantidade de banhos — o carcereiro cuspiu as palavras, fazendo o agora, grisalho, o fitar fixamente — você é só um parasita que está consumindo tudo que lutamos muito para ter.

— Reclame com seu líder, ele que fez questão de me manter tão limpo e vivo — refutou recebendo as algemas sobre os pulsos.

— Se considere sortudo, pois, se não fosse por Rick, teríamos sua cabeça em uma estaca.

— Me diga, meu bem, o que exatamente lhe impede de fazê-lo? — sabia que estava pronto para causar uma puta explosão, mas depois de praticamente seis anos presos em uma cela minúscula, tendo uma bola de tênis e livros repetidos como companhia, Negan já não se importava mais.

KILLING STRANGERS [NEGAN]Onde histórias criam vida. Descubra agora