vigésimo quarto

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High Harbour era mesmo do caralho

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High Harbour era mesmo do caralho.

Enfiada na parte mais densa da floresta, onde as estradas eram de terra e a cada dez minutos, uma placa com um "não entre, mortos invadiram", "Não há mais nada aqui, Deus nos ajude".

Era uma sacada boa pra cacete, afinal poucas pessoas iriam se enfiar na casa do cacete com tantas placas ruins ao redor, e certamente se tentassem o fazer iriam se foder no fim.

Gostava da forma com que o carro ia balançando pela estrada ruim, outro bom ponto que a comunidade tinha planejado bem, alguns trechos, tinham que adentrar parte da mata por conta de um galho derrubado, mas que de certo os rastros seriam vistos por alguém esperto.

Depois de vinte e oito minutos de estrada de terra, Negan pôde vislumbrar a grande placa do acampamento de verão, duas guaritas reforçadas com dois vigias em casa, artilharia pesada e cara de poucos amigos. Era apenas um arco grandioso que fora fechado por uma peça de trem de carga, tão pesada que o homem teve a certeza que precisaria de pelo menos umas três pessoas para puxar.

— Você finalmente conhecerá nossa casa — a tatuada disse olhando para a janela, sorrindo por finalmente ser capaz de encarar o portão vermelho, as torres flanqueadas, o cheiro agradável de natureza que emanava de dentro.

Smith franziu o cenho quando o carro estacionou em frente a uma grande barreira colorida que parecia não ter fim, pois até onde seus olhos podiam enxergar, elas se mantinham presentes.

— Você tem uma brincadeira e tanto por aqui, Campbell.

— Você ficaria impressionado com o restante.

E realmente ficou. Quando desceu do veículo, enfim, encontrou um dos portões se abrindo, onde quatro pessoas fortemente armadas saíram. Negan tentou espiar o que tinha dentro dos portões, mas na posição em que estava, era possível ver apenas a grama verde.

— Fico feliz em ver vocês — uma mulher de cabelos longos e loiros começou — O que houve com o restante?

Erin, por sua vez, tardou alguns segundos para sair do carro, tendo ajuda para se pôr de pé.

Começaram a explicar tudo que tinha acontecido, desde o momento em que deixaram a comunidade até quando foram atacados, falaram sobre Negan ter salvo a morena, de ser um amigo antigo que estava disposto a ficar, caso o aceitassem.

E os putos ficaram ali conversando normalmente como se sua colega não estivesse com a porra de uma febre lhe assombrando. O homem olhou ao redor encontrando uma Erin que mal se aguentava de pé, totalmente apoiada sobre o carro, o suor escorrendo pela face e os cabelos levemente úmidos.

— Não queria interromper o chá de cozinha de vocês, mas Erin precisa de ajuda médica.

Foi apenas nesse momento que os malditos perceberam sua presença. Puta merda, se ele fosse a porra de um vilão? Estariam todos mortos?

KILLING STRANGERS [NEGAN]Onde histórias criam vida. Descubra agora