As Boas Vindas E Despedidas Do Amor.

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Sempre ouvi falar que todos nós temos a nossa alma gêmea, que antes mesmo de nascermos nossos caminhos são ligados a uma pessoa e que não importa quanto tempo passe e nem para onde os nossos caminhos nos levem, de algum modo, a vida nos calocara ao lado dessa pessoa a qual estamos destinados a pertencer.
Me apeguei com força a essa história durante todos esses anos em que estive longe dela com a esperança de algum dia reencontra-la.
A aquela garota que mesmo eu sendo apenas uma criança que não fazia idéia do que era o amor me mostrou o que era esse sentimento.
Em apenas quatro semanas ela fez o que ninguém fora capaz de fazer, ela fez aquele sentimento de vazio desaparecer totalmente, ao lado dela eu me senti em casa, como se ao lado dela fosse o meu verdadeiro lar e mesmo depois de todos esses anos sem ter nenhuma notícia dela eu ainda espero por ela desejando com todas as minhas forças de que ela esteja mantendo a promessa que fez para mim, de que iria me
esperar.

Romeu Alcântara, 8 Anos Atrás.

Eu peguei na mão dela e praticamente a arrastei até o alojamento das meninas, quando enfim paramos em frente a porta do alojamento eu olhei para a sua mão que estava um pouco vermelha por causa do peso da mala que ela havia carregado até a aqui e que por causa da minha animação eu acabei esquecendo de me oferecer para trazer, mesmo depois de tanto tempo ter s e passado, eu lembro que me senti um completo idiota.
- Me desculpe, eu deveria ter me oferecido para trazer sua mala. - Falei, sem graça.
- Tudo bem, você estava muito animado para se lembrar. - Ela respondeu sorrindo.
- Está tão na cara assim? - Eu perguntei.
- Sim. - Ela disse e nós começamos a rir, depois ela continuou. - Vou entrar para guardar as minhas coisas.
- Tudo bem, eu vou esperar aqui, garotos não podem entrar no alojamento das garotos. - Eu disse e ela apenas fez que sim com a cabeça e entrou.
Fiquei esperando de pé por um tempo, mais como ela estava demorando eu optei por me sentar no batente. Já tinha se passado muitos minutos e eu estava começando a ficar chateado, mais eu estava decidido a não sair daqui, por ela eu esperaria até o dia todo. Eu estava distraído olhando para o nada ainda com a cara emburrada quando ouvi a voz dela.
- Desculpe a demora, acabei achando um presente do meu pai dentro da minha mala. - Ela disse fechando a porta enquando eu me levantava e me virava de frente para ela, esquecendo totalmente de que estava chateado e sorrindo para ela.
- Tudo bem. Esse foi o presente? - Eu disse apontando para o caderno e caixa de lápis que ela estava segurando.
- Sim, eu adoro desenhar, vou ser uma artista quando crescer. - Ela disse, toda orgulhosa.
- Eu gosto de arte, na casa aonde eu moro tem muitos quadros, um dia eu vou ter uma loja, quem sabe eu não vendo alguns dos seus desenhos lá. - Mesmo tendo acabado de conhece-la, eu gostei de imaginar nós dois juntos no futuro. Foi quando um colar em seu pescoço chamou a minha atenção, então eu perguntei. - O que é isso no seu pescoço?
- Meu colar, tenho ele desde que eu nasci, eu nunca tiro. - Ela respondeu me mostrando o seu colar com a letra L como pingente.
- Eu também tenho um. - Eu disse e coloquei a mão dentro da minha camisa, tirando o meu colar e mostrando a ela, era parecido com o dela mais invés de um L, tinha como pingente uma letra R. - Que a minha mãe de meu.
- A minha mãe também. - Ela se aproximou de mim para ver melhor o meu colar. - Nossa! Ele é bem parecido com o meu, só muda a letra, que no meu caso e um L. - Ela disse e como ela estava bem perto de mim, eu olhei para o dela e realmente os dois eram muito parecidos. -É verdade, vai ver as nossas mães compraram no mesmo lugar. - Eu disse.
- Talvez. Aonde você mora? - Ela perguntou.
- No Rio de Janeiro com a minha mãe, e você?
- Aqui mesmo em São Paulo com o meu pai e a minha mãe. - Ela respondeu.
- Legal, eu não conheci o meu pai, minha mãe disse que ele morreu antes de eu nascer. Deve ser legal morar com os dois.
- Não muito, a minha mãe não gosta muito de mim. - Ela disse e eu fiquei surpreso, como alguém poderia não gostar dela.
- Porque? - Perguntei.
- Eu não sei. - Foi tudo o que ela disse e como parecia triste, eu decidi mudar de assunto. -Bom, vem, vamos nos divertir. - Disse e peguei a sua mão.
- O que nós vamos fazer? - Ela estava animada novamente.
- Bom, eu queria levar você até um lugar... - Eu queria pedir uma coisa a ela, mais estava com vergonha. - Mais...
- O que foi? - Ela perguntou.
- É que como você disse que gosta de desenhar eu queria saber... hã... Será que você poderia me desenhar? - Por favor, diga sim.
- É claro que sim. -Ela respondeu é eu nãoao sei qual de nós ficou mais feliz. - Mais eu nunca desenhei pessoas antes. - Eu não me importava, na verdade, fiquei feliz por ser a primeira pessoa que ela desenharia.
- Ótimo, vamos, eu conheço um lugar ótimo. - Eu disse e com isso a levei pela mão para o meu lugar secreto.

Até Onde Você Iria Por Amor. Concluída. Onde histórias criam vida. Descubra agora