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ρον ιisa


Desde que me entendo por gente fui atraída por garotas. Ainda na Tailândia, tive momentos marcantes de "descobrimento", do tipo, amar ficar no banheiro com as meninas da turma de vôlei por motivos óbvios - na época nem tanto.

Ficava hipnotizada toda vez que sentava na pia e via a troca de roupa das lideres de torcida, ou até quando ficava apenas a conversar com elas, fora todos os amassos que naquele banheiro aprendi a dar.

Aos treze anos tive minha primeira experiência sexual com uma das meninas da turma de vôlei no ensino fundamental, Esther Supreeleela. E cara, puro desespero

Posso dizer que foi um tanto constrangedor, isso pelo o motivo mais claro possível: Sou uma mulher intersexual. Intersexo, algo que passei tempos e tempos pra entender, porquê fala sério! como explicar que sou uma mulher com genitália masculina para meus colegas de escola do ensino fundamental? Ou pior, do ensino médio. Certo, pensamento antigo.

Hoje não é tão assustador assim, até porque sempre foi o que atraia a curiosidade das meninas da época, eu só ganhava no final.

— Ei, mulheeer!!!!!

— Raissa, já estou cansada. vamos logo! - Kiara a seguia.

— Pescoço de galinha?? - chegou em mim nitidamente bêbada.- Tu tava por onde, mulher? Tava atrás de tu, cão

Kiara andava atrás da raissa, que parecia tão longe desse mundo pelo seu olhar zombeteiro e baixo

— Não interessa onde eu estava, raissa. Você tem que parar de beber agora.- A seguro quando ela praticamente se jogou em cima de mim.

— Me ajuda a leva-la pro dormitório? - pede kiara, nitidamente cansada de segui-la.

— Claro - Coloquei seu braço esquerdo em meu ombro.- Vamos, raissa.

Kiara pega o braço direito de raissa e o coloca também em seu ombro.

— Tu tava onde? - virou seu rosto pra mim, com seus olhos pesados ela me encarou enquanto caminhávamos para o dormitório.- Cadê a kim?

— Está pelo salão dançando

— Você viu ela, lis? - kiara também me olha.

Estávamos todas com uma porcentagem boa de álcool no sangue, mas podia dizer que raissa se encontrava em um estado pré-coma alcoólico

— Vi sim.- respondo a portuguesa que ainda me olhava

Quando chegamos no dormitório que compartilhamos, kiara e eu colocamos a latina em cima da cama encostada na parede. Raissa em dois minutos já havia capotado, seu cabelo estava todo bagunçado, sua pouca maquiagem foi pro espaço depois de tanto suar, e mesmo assim a desgraçada continuava bonita. Joguei o edredom em cima de si e olhei pra kiara após isso.

— Você vai ficar?

— Não, vou voltar pro salão.- suspirei aliviada com a resposta.- Por que? - Mas minha reação não passou despercebida pela europeia que me encarava

— Por nada, Kika

— Está mentindo. - pontua certa em suas palavras.- Vai trazer alguém pra cá? - não respondi, só continuei lhe encarando.- A polina?

— Não, definitivamente.

— Não vai dizer quem é?

— Não.- sorri.

— Ok. - checou mais uma vez raissa, que estava espalhada na cama.- Ainda bem que não sou quem vai estar aqui quando você botar em ação o que eu sei que quer fazer.- Me olhou.- Só não faça atrocidades em minha cama

Efeito Ardente - Jenlisa (g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora