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— Tchau...

— Tchau...

Sorri antes que ela podesse fechar a porta.

São por volta das três da manhã, jennie saía do meu quarto segurando um lençol de seda branco contra seu corpo seminu, ela estava suada, com os lábios vermelhos e os fios de cabelo desarrumados. Eu continuei deitada na cama, querendo mais uma vez quebrar a regra que eu e Kiara propusemos;

Jamais usar nossa cama para atos sexuais

Mas Kiara não irá descobrir que ela é usada sempre que vai dormir com sua namorada.

Isso vem acontecendo, nas escapadinhas da meia noite jennie vem para meu quarto e ficamos até três da manhã, e sempre vai embora segurando em seu corpo um lençol

Porém isso não aconteceu do nada, teve um motivo inicial, cabível eu diria. O motivo caía sobre Racca. Desde aquele dia jennie não consegue mais dormir tranquila ao lado dela, até tentou, mas foi inevitável. Simplesmente não consegue desligar, não consegue pregar os olhos com Raissa dormindo ao seu lado.

A primeira noite optamos por dormir juntas, querendo passar conforto para nossa amiga. mas já na segunda noite encontrei jennie no sofá da sala às duas da manhã tentando se livrar do frio e da insônia. Até tentou mentir dizendo que era apenas vontade de dormir no sofá, mas desde o primeiro segundo eu soube o motivo real.

Naquela noite dormimos juntas no sofá da sala, quer dizer, não necessariamente chegamos a dormir.

Hoje fazemos assim, jennie espera Raissa dormir e me avisa por mensagem. Caso Kiara durma em casa e não na yelena, ela vai pro andar debaixo e eu desço pra dormir com ela no sofá, após conferir que todos já estivessem dormindo, óbvio. Caso contrário, espero Kiara sair de casa fingindo dormir e depois aviso jennie, para que ela viesse até mim. Mesmo que isso tenha afetado ela também, jennie faz de tudo para que Raissa não perceba nada, porque não quer que ela note seu novo medo. Não quer mágoa-la, simplesmente não quer que racca se sinta mal com a situação.

Paola procurou uma psicóloga, na primeira consulta com a doutora ela informou a minha irmã que o caso é de psiquiatria, pois os problemas de saúde mental da Raissa já ameaça sua qualidade de vida e das pessoas ao redor dela. Isso depois de uma conversa de meia hora com a própria Raissa e Paola, que foi a responsável por lhe informar o outro lado da história. Raissa, desde aquele dia parece pisar em ovos toda vez que conversa com a gente, passou a tratar jennie com mais mansidão, parecendo até com medo de falar com voz alta e machuca-la.

Silene, a psiquiatra dela, nos informou que isso foi apenas um mecanismo de defesa. ainda se sente culpada pelo o que aconteceu e fica em estado de alerta a qualquer ato que possa ferir. Nós quatro procuramos não agir como se ela estivesse doente, a tratamos como sempre, procurando fazer com que Raissa entenda que não a amamos menos por causa disso. Paola e Lucca fazem a mesma coisa, buscam sempre está mais próximo para acalentar sua dor, como verdadeira família.

A psiquiatra receitou uns medicamentos para insônia, que ela toma toda vez antes de dormir. Então, meia hora antes de se deitar na cama, racca já fica lenta após o medicamento. Acordando apenas no outro dia quase sempre com dor de cabeça, afetando até o seu humor.

Depois que jennie saiu do quarto procurei me confortar na cama, querendo dormir mais um pouco [...]

Acordei com gritos dentro de casa.

Levantei espantada, olhei pro relógio e constatei que ainda era muito cedo, oito da manhã precisamente. Abri a porta e olhei pro corredor. Era Paola, ela gritava com Lucca dentro do quarto deles.

Efeito Ardente - Jenlisa (g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora