Era como se meu coração entrasse em combustão, com a adrenalina do meu corpo agi de forma rápida, vesti uma roupa e descemos juntas. No andar debaixo, já na varanda, Lucca, Lalisa e dona Chips estavam a nossa espera, elétricos e ansiosos.
Estava explodindo de ansiedade.
Praticamente corri até o carro de Lucca. Entrei no banco de trás, junto a Lalisa e Chips. Lisa sorria assim como eu, suas mãos não paravam de alisar suas coxas, a ansiedade lhe dominava, assim como a mim. Quando chegamos no hospital, desci o mais rápido possível. Na recepção vi que a família da sofya já estava alí, e pela a cena, já conseguiram vê-la. O pai da soso andava de um lado para o outro, chorando. Já a mãe dela estava sentada em uma das cadeiras, junto ao filho mais novo e o mais velho.
Eu me aproximei dela, me ajoelhando a sua frente. Seus olhos claro feito o mar encontrou os meus, sorrindo ao acariciar meu rosto.
— Oh, Menina... A minha menina.— Me coloquei no meio de suas pernas, abraçando seu corpo.— Estou com tanto medo de perder minha filha. Minha única e adorada filha
— Soso é forte, tia Yekaterina.
Foi tudo que consegui dizer pra ela. Eu não imagino a dor que ela sentia. Eu sou mãe também, mas nunca vi minha filha internada, entubada... Então não podia dizer que entendia sua dor ao ve-la de tal forma.
Sinto alguém atrás de mim.
— Menina lis — sussurra — Minha filha ama tanto vocês, meninas — Lalisa se pôs ajoelhada também — Minha loirinha sempre lembra das amigas em viagens em família. "Olha, mamãe. A cara da Jennie" "lisa ama chocolate, ia gostar desse".— lembra com emoção ao acariciar nossas bochechas.— Minha menina chorava de saudade de vocês. Peguei muitas vezes ela chorando no quarto, outras ela vinha até mim, pedindo colo, dizendo que morria de saudade das amigas, confessando que não aguentava mais esperar por você — me olha — Mas que faria porque te ama, Jennie. Minha filha te ama. Era ruim demais pra ela ver vocês longe. Minhas filha precisa saber que chegaram, precisa saber que estão de volta. Mas ela não me escuta. não me ouve, não me responde e não me olha. O que eu faço pra ela acordar? Sofya odeia perder tempo dormindo, odeia! Então por que ela continua dormindo?? — quase grita em desespero — Me digam por favor o que eu faço pra minha filha acordar
Lalisa e eu abraçamos mais forte seu corpo, sufocando a dor. Ouvia seu choro sofrido, não só o dela, mas dos irmãos de sofya que choravam tanto quanto. Ficamos alí no seu colo, sem dizer uma palavra, apenas confortando a dor do medo.
Passar pela porta de entrada da emergência, me preparar pra entrar no quarto e saber que encontraria Sofya em segundos, me deixava exatamente ansiosa, porém ao mesmo tempo triste, porque não irei encontra-la da mesma forma de antes. Eu não vou ser recebida com um abraço meigo nem com aquele beijinho na ponta do nariz.
Lalisa também participou da preparação pra entrar na UTI, lavamos nossas mãos chorando, sem nos olhar. Afinal, o que dizer em um momento como esse? uma enfermeira nos guiou até uma sala, lá, pegamos uma roupa, máscara, luvas e proteção para os pés. Eu seria a primeira a entrar, Lalisa ficaria no corredor esperando.
A enfermeira me parou quando ia entrar no quarto, sussurrando ela disse;
— Você tem trinta minutos. Não tire a máscara nem as luvas e principalmente não toque nas pernas dela pra não agravar a situação clínica.
Eu apenas concordei, suspirando atrás da máscara grossa.
Na ala de tratamento intensivo não à portas, isso porque os enfermeiros tinham que ter uma melhor visão caso tenha alguma anomalia com os pacientes. Dando para enxergar do balcão da UTI o aparelho que indica os batimentos cardíaco, saturação e etc. Então, assim que passei pela linha da porta, eu vi minha princesa sobre a cama.
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Efeito Ardente - Jenlisa (g!p)
FanfictionMoscou era o melhor destino para ela, jennie kim, que sempre sonhou em ser fotógrafa. Lá, ela cumpriria esse desejo em uma das melhores faculdades do mundo, só que o que ela não sabia era que lá sua história mudaria para sempre, com apenas dezenove...