Efeito Ardente - Jenlisa (g!p)

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Pov lisa

— AS COISAS NÃO IAM TÃO BEM ENTRE NÓS, MAS NADA JUSTIFICA UMA TRAIÇÃO. ERREI, ADMITO QUE FOI MINHA CULPA, JÁ SABE MINHA OPINIÃO. 

O relógio já marcava uma da tarde de um domingo quente pra Rússia. Passamos sete dias longe uma da outra, isso por causa do feriado da constituição russa. Sofya havia viajado com seus familiares, Kiara passou três dias de viagem com os parentes de Yelena, como uma amiga, óbvio. Jennie também havia viajado pra Cazã com Paola e Lucca para uma pesquisa pro hospital. Já Raissa e eu ficamos sozinhas no dormitório, sem destino.

Estávamos agora a caminho da casa da Jennie que chegou pela manhã. Soso estava deitada colo de Kiara no banco de trás, eu estava no passageiro vendo a encenação de Raissa ao cantar uma música. 

— CANTA, CANTA MESMO, MINHA RAINHA!!! — Ela batia no próprio peito, fazendo caras e bocas. 

— Vai devagar, sua puta. Quer morrer? — chamei sua atenção. 

— Silêncio, cu seco. Minha rainha está cantando.

— Kika — virei pra trás pedindo com o olhar para que ela fizesse algo. 

— Racca, diminua essa velocidade. Soso está sem cinto.— Kiara manda com uma voz firme no banco de trás.

— Como estão chatas — Racca obedece, mas reclamando como sempre. 

Sofya estava dormindo no colo da Kiara, parecia casada, porque apenas chegou de viagem e fomos buscá-la pra passar o domingo na casa da jennie. Quando chegamos, Kiara chama soso, que levanta coçando os olhos. Toquei a campainha e esperamos, mas ninguém apareceu. Esperei mais um pouco e voltei a tocar

— Vê se a chave está na grama — diz Kiara, segurando soso que estava lhe abraçando pela cintura toda dengosa. 

Raissa desce os degraus da varada da casa e vai até a lateral, onde perto da escada tinha grama solta, e era alí que Jennie escondia uma cópia da chave da porta de entrada. 

— Está — assopra a chave para tirar a areia, sobe a escada e me entrega. 

Abro a porta devagar, adentrando cuidadosamente. Sofya parecia com preguiça até de andar, vendo isso, Kiara a pega no colo, tomando rumo para o andar de cima. Raissa e eu nos olhamos, ela solta um sorriso e vem até mim, toda mansa. 

— Nem vem. 

— Tô com sono também, me leva?

— Se saia, raissa.— me afastei, indo em direção a escada. 

— Por que tu não me trata igual a Kika trata a soso? — escuto ela atrás de mim. 

— Porque é a soso, ela não perturba igual você. 

— Então você não me ama?

— Não.

— Nem um pouco?

— Não.

— Nem um tiquinho?

— Nem isso.

— Tem certeza? 

— Sim

— Absoluta?

— Sim.

— Absolutamente?

— Vai pro inferno, Raissa. — entro no quarto da Jennie. 

Kiara havia colocado Sofya na cama e estava em pé perto da janela, onde tinha um flash da luz do sol. Jennie estava no chão, de bruços, toda aberta, recebendo os raios solares em sua pele coberta por um short e uma blusa de mangas.