Desde o início dos tempos, quando Phythox foi criado, só havia duas formas de os humanos chegarem ao planeta sobrenatural.
1 - Algumas crianças eram guardadas pelas fadas madrinhas, que lhes concediam os mais variados desejos, sempre sem dar nas vistas, é claro. Uns desses desejos poderia ser visitarem Phythox, mas era raro que isso acontecesse, visto que as crianças, apesar de criativas, nunca iriam imaginar a existência de um planeta dedicado às suas lendas e misto preferidos.
2 - Esta viagem também poderia ser realizada através de objetos mágicos, como o buraco da Alice, o barco do Capitão Gancho, o guarda-roupa de Nárnia, ... Ao longo dos séculos sempre apareceram os mais variados objetos na Terra, criados propriamente para esse fim. No entanto, poucos foram aqueles que encontraram os objetos, visto que eles ou eram guardados pelos Guardiões ou eram demasiado comuns.
Contudo, havia um porém. Como Phythox era um lugar sagrado, criado especificamente para proteger os seres sobrenaturais, não era qualquer humano que lá poderia entrar. Para ser mais precisa, apenas as crianças poderiam entrar. Deus criara uma barreira para proteger o planeta dos caçadores, por isso assim que entravam para o mundo dos adultos, deixavam de ter acesso a Phythox. Pelo menos, através dos meios comuns...
No entanto, sempre que chegavam a Phythox, os humanos paravam na zona leste, onde ficava a Floresta Encantada. A terra dos contos de fada. O sítio mais seguro de Phythox. Era raro um humano aparecer numa outra zona do planeta, especialmente na zona oeste, onde se concentravam os reinos mais poderosos e perigosos de Phythox: Yellowsand, o reino das fadas; Witchell, o reino das bruxas; Reddragon, o reino dos dragões e Silverwyvern, o reino das ninfas. Era nestes reinos que se concentrava a maior quantidade de magia de todo o planeta e, eram estes os reinos que mais debilitavam os humanos, a longo prazo. Por isso, eles quase nunca eram visitados por eles.
Perante esta situação, as moças decidiram analisar o sangue da humana, para se certificarem que ela era humana e que estava tudo bem com ela.
- Com te chamas? - perguntou Sophia, enquanto espetava uma pequena agulha na pele da moça de cabelos negros.
- Mara - respondeu a moça, após se contorcer de dor.
- Não te preocupes - consolou-a Sophia, tirando-lhe um pouco de sangue e retirando a agulha da pele de Mara - Daqui a pouco não sentes nada - afirmou ela, colocando-lhe um pequeno penso no local afetado.
- Eu sou alérgica! - exclamou Mara, afastando-se de Sophia.
- És alérgica a pensos rápidos? - perguntou Karina confusa.
- Sim - respondeu Mara envergonhada.
- Quem é que é alérgica a pensos rápidos? - protestou Philipa agitando as mãos no ar - Como é que paras uma pequena hemorragia? Como é que proteges uma ferida? Quem é que é alérgica a pensos rápidos?
- Pois, o médico disse a mesma coisa - disse Mara colocando um pequeno papel no local afetado.
- Como é que vieste aqui parar? - perguntou Philipa, enquanto analisava a moça de cabelos negros, de cima a baixo.
- Eu... A minha... A Mia... Eu não sei - balbuciou Mara confusa.
- Não sabes? - perguntou Karina.
- Não - respondeu Mara, olhando para Philipa - Podes parar com isso? É estranho.
- Estranha és tu! - protestou Philipa - Com esse corpinho frágil, essa pele clara e cabelos negros. És filha da Branca de Neve?
- Da Branca de Neve? - perguntou Mara - A Branca de Neve princesa?
- Não, a plebeia - disse Philipa sarcástica.
- Há uma Branca de Neve plebeia? - perguntou Mara, ainda mais confusa - Nunca li essa.
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A Fairytale Dream
FantasyPhythox é um mundo onde todas as lendas e mitos são reais. Sophia e Philipa são duas irmãs que, embora não conheçam as suas origens, vivem em completa harmonia com Phythox. Porém, tudo muda, quando a chegada de Mara as faz descobrir que estão prest...