Capítulo 8

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Philipa e Sophia aproximaram-se do restante grupo, que estava sentado numas pequenas pedras que ali se encontravam.

- Vocês estão bem? - perguntou Sophia preocupada com uns amigos.

- Estamos - respondeu Henry, colocando um pouco de água oxigenada num arranhão - Foram só uns pequenos arranhões. Quem sofreu mais danos foi o Nate.

- Ah, sim - disse Sophia, tentando evitar contacto visual com o Anjo do Sol.

- Fico aliviado que ninguém tenha morrido - admitiu Matt - Mas ainda temos um longo caminho pela frente.

- O Matt tem razão - concordou Karina - Este ainda só é o primeiro desafio do Corredor.

- Dá para perceber que isto não vai ser fácil - disse Mara, soltando um suspiro - Eles não podiam ter guardado a bendita pedra noutro sítio?

- Podiam - admitiu Sophia, sentando-se numa pedra - Mas seria fácil demais e os demónios não iriam obter nenhuma alma.

- Ouvi dizer que as almas humanas são muito valiosas, lá em baixo - comentou Philipa.

- Mas eles já não tinham muito humanos lá? - perguntou Nate.

- Sei lá, nunca fui lá abaixo - disse Philipa dando de ombros - Só disse o que eu ouvi dizer. Além disso, tu é que lá estiveste.

- Estive lá, mas não estive no sítio das almas - informou Nate, enquanto analisava as penas que tinham ficado danificadas - Só estive no palácio real. As almas costumam ficar na praça.

- Há um palácio? - perguntou Mara aflita.

- Sim, eles têm realeza - respondeu Nate - Mas acho que a princesa desapareceu.

- A princesa? - perguntou Philipa.

- Aham - respondeu Nate, acenando positivamente com a cabeça - Parece que foi raptada ou algo do género.

- Acham que eles dão recompensa? - perguntou Philipa com um sorriso travesso nos lábios.

- Não é hora para discutirmos isso! - exclamou Sophia - Temos de descobrir como sair daqui! Caso não saibam...

Antes de completar a frase, Sophia foi novamente atacada por um ataque de tosse. Karina apressou-se a tirar o chá da mochila e entregou-o a Sophia, que bebeu um gole, fazendo a tosse diminuir.

- Creio que o que a Sophia estava a tentar dizer é que não temos muito tempo - completou Henry.

- A dança não funcionou - constatou Mara - Então, como é que vamos saber o que fazer?

- Quando vocês os dois estavam a dançar, dava para ouvir uma melodia - informou Matt, tentando relembrar-se do ritmo da melodia - Era lenta, mas aumentava de ritmo à medida que vocês se aproximavam do rodopio.

- É isso! - exclamou Sophia.

- É isso, o quê? - perguntou Philipa sem entender nada.

- Lembram-se do que a Lilith nos disse antes de entrarmos? - perguntou a mais baixa.

- Que nem tudo era o que parecia ser? - respondeu Karina, num tom de questão.

- Exato! - exclamou Sophia, contente pela resposta da amiga - O que parecia era que tínhamos de fazer a Dança da Morte, devido ao nome deste desafio, mas, na verdade, temos é de tocar a melodia!

- Há uma melodia? - perguntou Henry.

- Há. Quando a dança foi inventada, tiveram que inventar uma melodia, também - respondeu Sophia levantando-se alegre.

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