Capítulo 33

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Assim que o grupo saiu do palácio da Rainha de Silverwyvern, as majestosas carruagens reais aguardavam-nos. Eram forradas a ouro puro, com algumas trepadeiras a subirem-lhes pelas laterais. À frente, magníficos cavalos pretos aguardavam ansiosamente, para poderem partir em direção ao seu destino.

Cautelosamente, o grupo aproximou-se da carruagem e, assim que pararam, a enorme por abriu-se, revelando uma rainha sorridente, acompanhada pelos seus consortes, Theo e Layla.

- Então, vão demorar muito tempo? – questionou a monarca, ajeitando o seu vestido – Olhem que o rei de Elementalya não tem a vida toda, para esperar por vocês.

- Como sabia que íamos para Elementalya? – perguntou Philipa desconfiada.

- O Theo contou-me que tinham descoberto o paradeiro da Fonte de Afrodite, portanto, deduzi que iriam informar o rei de que poderiam salvá-lo – admitiu a rainha com um sorriso vitorioso na face.

- Que interesse tem nesta nossa missão, vossa majestade? – questionou Sophia, um pouco receosa.

- Meus queridos, o meu interesse é o mesmo que o vosso – declarou a monarca, olhando para o horizonte, onde a Lua brilhava mais majestosa do que nunca – Eu pretendo salvar Elementalya, salvando o seu governante.

- Continuo a duvidar das suas intenções, mas, desde que nos dê boleia, fico feliz com isso – informou Philipa, adentrando na carruagem.

O restante grupo entreolhou-se por alguns segundos e repetiram a moça, repartindo-se pelas duas carruagens existentes. Assim que todos ficaram a posto, a rainha deu ordem aos seus vassalos para avançarem e eles assim o fizeram.

Durante cerca de cinco minutos, as carruagens percorreram os enormes bosques de Silverwyvern, até à costa, mais concretamente até ao porto de Silverwyvern.

Já no porto, o grupo apanhou um barco para Elementalya, afinal, a única forma de lá chegarem era através do imenso mar que separava o reino dos elementos do reino das ninfas.

As águas permaneciam calmas, nessa noite, como se estivessem a auxiliar o grupo na sua aventura de salvarem o rei dos elementos. Normalmente, as águas que separavam Silverwyvern de Elementalya era águas bravas e poderosas, capazes de eliminar qualquer navio que ousasse ultrapassá-las. Mas, por qualquer razão desconhecida, nessa noite, elas permaneciam calmas e serenas, dormindo profundamente sobre o seu próprio leito.

O grupo conseguiu alcançar o porto de Elementalya em pouco tempo. Assim que saíram do barco, foram guiados para outras duas carruagens que os aguardavam, no reino dos elementos. Ao contrário das carruagens oferecidas pela rainha, aquelas eram forradas a prata pura, decoradas com imensos detalhes em vermelho flamejante, dando vida a pequenas fileiras de chamas. O símbolo de Elementalya.

Entrando nas carruagens, o grupo demorou pouco tempo, para alcançar o palácio, mas, nesse pouco tempo, conseguiram perceber a situação em que o reino se encontrava. A maior parte dos campos tinha secado, devido à pouca fertilidade da terra, agora, semimorta. Os poucos campos que tinham sobrado possuíam pouca produção, mas a produção produzida por eles era repartida em dois montes: um destinado aos agricultores e outro destinado ao palácio do rei. O grupo não percebia como, tendo em conta toda a miséria que se alastrava pelo reino, eles continuavam a fornecer o palácio do soberano.

No entanto, foi quando chegaram ao palácio que perceberam o que se passava. O povo amontoava-se nas enormes escadarias de pedra, com pequenas quantidades de trigo, para oferecerem ao rei. Eles não pareciam zangados, muito pelo contrário, pareciam dispostos a abdicarem de tudo, para darem esse tudo ao seu soberano.

As carruagens entraram pelo portão localizado a leste e pararam mesmo em frente às enormes portas de prata que davam acesso ao interior do palácio. O grupo saiu das carruagens e seguiu a rainha para o interior do castelo, admirando tudo aquilo que estava à sua volta.

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