Capítulo 17

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Witchell era conhecido pelos seus monstros. Tinham bestas de todo o tamanho, que serviam para afugentar os invasores, mas serviam, principalmente, de ingredientes para poções. Variavam imenso. Iam desde as patas nojentas de baratas gigantes até aos olhos de uma aranha gigante. Geralmente, os ingredientes localizavam-se no Reino, mas existiam poções que necessitavam de um pouco mais. Esta poção não era diferente.

O grupo precisava de percorrer as florestas de Witchell, mas também teriam que mergulhar nos oceanos que banhavam o reino, e teriam ainda que visitar Acarit, o Reino dos Lobisomens.

O grupo dirigia-se a pé, para o próximo objetivo. Não podiam levar os pégasos, era muito perigoso. Caso eles saíssem da Ulelicia, na qual estavam protegidos, poderiam ser sugados pela magia negra de Witchell. A magia que transformara as plantas e animais em algo negro e poderia fazer o mesmo aos pégasos selvagens.

O seu primeiro desafio era relativamente fácil, em comparação com os restantes: as aranhas gigantes. Estes bichos viviam em comunidade, nas teias que criavam para apanhar as suas presas. Estas aranhas eram a principal linha de defesa de Witchell, contra os predadores mais perigosos, como os lobos, os trolls,...

Após passarem por aquilo que seria um salgueiro, aparentemente, normal, Henry e Karina, que iam mais avante do que os outros, foram agarrados por dois braços de madeira, que os apertavam cada vez mais. Ao virarem-se para três, os dois deram de cara com um salgueiro lutador, muito comum em Phythox.

- Merda! – exclamou Henry, enquanto tentava libertar-se de um braço que cada vez se tornava mais apertado.

- Como é que vocês foram aí parar? – perguntou Axel, alcançando os dois amigos.

- Pedimos licença e subimos – respondeu Karina sarcástica – Achas mesmo que nós queríamos estar aqui?

- Sei lá, vocês tomam decisões estranhas, de vez em quando – comentou Axel, dando de ombros.

- Vais ficar a julgar-nos ou vais ajudar-nos? – perguntou Henry, encarando o Anjo.

- Acho que é mais sensato escolher a segunda opção – respondeu Axel com um sorriso nos lábios.

Passados alguns segundos, o resto do grupo chegou, deparando-se com a situação. Philipa riu-se da situação dos amigos, enquanto Matt e Nate a repreendiam e Sophia tentava descobrir uma maneira de os ajudar, sendo auxiliada por Mara.

- Estas coisas são à prova de fogo – comentou Sophia, enquanto batia no tronco oco do salgueiro – Seria burrice nossa atear-lhe fogo. Além de ser pouco ambientalista.

- Então, como é que se derrota um destes? – perguntou Mara, apontando para o salgueiro.

- Nunca tive que lutar com um antes, mas sei que eles têm um ponto fraco – informou Sophia com um sorriso nos lábios – No entanto, fá-los ficar um pouco rabugentos.

- Rabugentos ou não, tirem-nos daqui! – pediu Karina, debatendo-se para não ser esmagada por um braço de madeira.

- Nate, Axel – chamou Sophia, atraindo a atenção dos Anjos – Quais são as penas mais macias?

- Das asas? – perguntou Matt, um pouco confuso. Sophia acenou positivamente.

- Devem ser as do Axel – admitiu Nate, apontando para o irmão.

Sophia aproximou-se de Axel. O Anjo era um pouco maior do que a moça, o que a fez erguer o queixo para encará-lo.

- Abre as asas – ordenou ela. Axel olhou para os restantes, que deram de ombros, e abriu as suas enormes asas azuis-escuras. Sophia analisou-as com cuidado e arrancou duas penas, fazendo o moço contorcer-se de dor – Desculpa.

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