Capítulo 36

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Nessa mesma madrugada, Karina, Henry e Melissa iniciaram a sua jornada em direção a Yellowsand. O trio deveria encontrar-se com a Rainha das Fadas, no seu castelo, e mostrar o seu interesse em recuperar o pó de fada. Porém, esse pó de fada era um ingrediente raro. Eles precisariam de derrotar a besta de Yellowsand, caso quisesse obter esse ingrediente.

Dado que apenas Karina tinha um pégaso, o trio pediu Lily a Philipa, para se poderem deslocar a Yellowsand. Embora relutante, a moça acabou por aceitar e Melissa montou Lily, enquanto Karina e Henry montaram John.

Passados alguns minutos, o grupo chegou rapidamente a Yellowsand, dirigindo-se para o topo do castelo da Rainha, dado que o seu único acesso residia no voo.

Assim que eles lá chegaram, foram recebidos por duas guardas que quiseram saber o motivo da chegado dos mesmos. Assim que convenceram as guardas de que estavam ali, apenas para obter o pó de fada, de maneira legítima, as mesmas chamaram um mordomo que se prontificou a guardar os pégasos, enquanto eles adentravam no castelo. O trio aceitou e, mal chegaram ao chão, o mordomo levou-lhes os pégasos.

Perante os enormes portões de cristal, o trio decidiu que deveriam entrar o mais rapidamente possível, para que não desperdiçassem tempo. Os portões foram abertos e revelaram uma magnífica paisagem digna de contos de fadas.

Havia um enorme caminho de pedra que guiava até à entrada do castelo e, à volta dessa mesmo caminho, erguia-se um maravilhoso e grandioso jardim, repleto das mais diversas plantas. Havia roseiras, rododendros, dafnes, hortênsias, fúcsias, hebes, azevinhos, entre muitas outras diversidades de arbustos. Ao fundo de cada jardim, erguiam-se imponentes árvores, seguidas aos muros do castelo, que serviam como uma dupla proteção do mesmo.

O trio seguiu pelo longo caminho de pedras e subiu a escadaria que dava acesso ao castelo. Diferente daquilo que tinham visto, o castelo das fadas era feito totalmente de cristal, mas bastante resistente a qualquer ataque. As paredes brilhavam com a luz do Sol, que se levantava no horizonte, e o chão espelhava a imagem daqueles que por ele passavam. O teto, por sua vez, estava repleto de diversas pedras preciosas, desde os diamantes, aos rubis, esmeraldas, safiras, ametistas, lápis-lazúlis, pérolas, entre outras.

O trio ficou maravilhado com a beleza do castelo, mas, rapidamente, foi abordado por um empregado que os guiou até duas enormes portas de vidro fosco, que davam acesso à sala do trono.

Assim que as portas se abriram, revelaram uma sala bastante luxuosa. Embora o chão e as paredes fossem semelhantes ao restante palácio, a sala estava exclusivamente decorada com diamantes de todas as cores, que aumentavam o brilho da mesma. O trono da rainha era feito de madeira de carvalho branco, sobre a qual se estendiam duas almofadas de veludo preto. Na ponta de cada asa da cadeira estava localizado um rubi.

Passados alguns segundos, entrou na sala uma mulher alta, de cabelos rosa e pele lilás, recheada de sardas na face. A mulher usava um comprido vestido branco com um decota em forma da parte superior de um coração. As mangas do vestido eram justas, junto aos braços, mas alargavam bastante, assim que chegavam aos pulsos, alcançando a coxa da mulher. Na cintura, a mulher usava um espartilho dourado, sob o qual caía o tecido branco que cobria as pernas, até ao fundo. Quando a mulher se sentou no trono, foi visível uma abertura na perna direita, revelando a sua pele cor de rosa, na totalidade.

- Então, a que devo a honra desta visita? – questionou a mulher, com um sorriso no rosto.

Os três fizeram uma ligeira reverência à rainha e prosseguiram.

- Vossa majestade, nós esperávamos que nos pudesse dar a oportunidade de combatermos pelo pó das suas fadas – anunciou Henry calmamente.

- Querem o pó? – perguntou a rainha curiosa – Eu posso dar-vos o pó, mas devem saber que apenas o receberão se derrotarem a besta.

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