Nate abriu os olhos lentamente, sendo ofuscado por uma luz intensa. Esfregou os olhos algumas vezes, numa tentativa de se adaptar à luz, e, finalmente, abriu-os. À sua volta era tudo azul-claro, a cor do céu, e estava rodeado por diversos vapores brancos, que davam forma às nuvens.
- Regressei ao céu? - perguntou o moço a si mesmo, olhando em volta.
De repente, tudo começou a ficar escuro e, de um momento para o outro, o azul mudou para vermelho e as nuvens deram lugar às chamas ardentes que constituíam parte do Inferno.
- Mas que raio?! - protestou o Anjo, levantando-se bruscamente.
Ao longe ouvia-se uma risada. Era uma risada estridente, mas conhecida. A voz foi ficando cada vez mais alta, até chegar bem perto dos ouvidos de Nate e perfurá-los como uma espada.
- Tinhas saudades de casa? - perguntou-lhe a voz atrás dele, fazendo-o virar-se bruscamente.
À sua frente estava ele mesmo, por mais estranho que pareça. As faces eram iguais, o corpo era igual, a voz era igual... até o modo de falar era igual!
- Quem diabos és tu? - perguntou o moço transtornado e confuso.
- Ora, não se nota? - notava-se o sarcasmo na voz daquela figura misteriosa - Eu sou tu e tu és eu. Para fazer mais sentido, eu sou um pedaço de ti.
- O que fazes aqui? Melhor ainda, o que faço eu aqui?
- Tu é que te aventuraste por este Corredor, amigo, não fui eu! Tu sabes bem o que fazes aqui. Já eu...
- Tu o quê?
- Já eu estou aqui para me divertir e apoderar-me daquilo que deveria ser meu há muito tempo. Esse teu corpinho.
- Tens o mesmo corpo que eu. Para que raio queres o meu?
- É verdade que temos o mesmo corpo, mas este aqui não me permite andar por lá por fora. Já o teu permite.
- Só por cima do meu cadáver é que ficas com este corpo! - exclamou Nate, preparando-se para a batalha.
- Também serve - disse a voz, soltando uma gargalhada.
Os dois ficaram frente a frente. Ambos preparados para lutar. Nate deu o primeiro passo. Ergueu o braço e atirou uma bola de fogo celestial contra aquela figura, que se desviou perfeitamente do ataque. O Anjo ficou frustrado.
- Para me derrotares, terás de fazer melhor, anjinho - disse a figura com o sarcasmo que a caracterizava - Já eu não preciso de muito para te derrotar.
Dito isso, a figura ergueu o braço e criou a sua própria espada de fogo celestial.
- Vamos ver como te sais agora - disse ela com um sorriso nos lábios.
Era visível o pânico na cara de Nate. A figura sabia os seus truques mais secretos e estava agora a usá-los contra ele mesmo. Poderia este ser o fim do Guardião do Sol?
A figura avançou sobre Nate, atacando-o sem parar. Na sua face, brotava uma expressão determinada e confiante, como se ela soubesse perfeitamente que iria ganhar aquela batalha. Num ápice, Nate atirou várias bolas de fogo celestial contra aquela figura, numa tentativa de a manter ocupada.
- És muito esperto, para alguém que só faz burrada - comentou a figura, após ser derrubada por uma das bolas de fogo.
- Eu sei - respondeu Nate confiante.
- Quer dizer, para um Anjo, és capaz de ter mais pecados que os demónios de lá de baixo.
- Demónios como tu?
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A Fairytale Dream
FantasyPhythox é um mundo onde todas as lendas e mitos são reais. Sophia e Philipa são duas irmãs que, embora não conheçam as suas origens, vivem em completa harmonia com Phythox. Porém, tudo muda, quando a chegada de Mara as faz descobrir que estão prest...