Capítulo 34

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Philipa, Matt e Axel dirigiram-se para a parte leste do castelo, com o intuito de apanhar um navio que os levasse até à Terra do Nunca. Deveriam tentar apanhar os lírios a todo o custo, mas precisavam de ser cautelosos e, acima de tudo, sensatos, caso quisessem enfrentar os perigos da Terra do Nunca, sem morrerem.

Os três caminharam por alguns minutos, até finalmente encontrarem a enorme porta de prata que dava acesso ao porto especial de Elementalya: os navios da realeza. Estes navios eram conhecidos por serem os mais rápidos de todo Phythox, aqueles que faziam as passagens para os principais pontos do planeta.

Os três aproximaram-se de um navio, que estava prestes a zarpar e caminharam pela enorme tábua de madeira, até chegarem ao convés.

- Muito bem, quem é o capitão desta coisa? – questionou Philipa num tom suficientemente alto para atrair a atenção dos marinheiros.

- Posso saber quem são? – questionou um homem alto de cabelos loiros.

- Posso saber quem pergunta? – soltou Philipa, encarando homem de cima a baixo.

- Capitão William Smith – apresentou-se o homem, fazendo uma pequena reverência – E vocês são?

- Alguém que está numa missão muito importante para salvar o seu rei, capitão – informou Philipa, caminhando pelo convés – Precisamos de boleia para a Terra do Nunca e ouvimos dizer que estes são os navios mais rápidos do planeta.

- De facto, são – concordou William – Mas que interesse tem a Terra do Nunca, para três pequenos aventureiros?

- Quanto mais perdemos tempo com as suas perguntas, mais o seu rei morre – declarou Philipa, aproximando-se de William e apontando-lhe um dedo – Não quer ser a causa da morte do seu soberano, pois não?

- Muito bem, marinheiros, aprece que vamos fazer uma passagem pela Terra do Nunca! – anunciou William, fazendo com que todos os marinheiros começassem a realizar as suas tarefas – Espero, honestamente, que não me estejam a tentar passar a perna. Deixar-vos na Terra do Nunca não seria nenhum problema, caso isso acontecesse.

- Não se preocupe, capitão, nós estamos aqui de boa vontade – disse Axel com um sorriso na face.

- Mas, se quiser deixar este lá, olhe que eu não me importo – sussurrou Philipa, fazendo William soltar uma gargalhada.

- Vocês são, de facto, algo de ímpar – comentou o capitão, antes de virar costas.

Passados alguns segundos, o navio zarpou e iniciou a sua jornada em direção à Terra do Nunca. Caso os três optassem por um navio comum, demorariam cerca de um dia de viagem, algo que nem nos sonhos deles poderia ser considerado, uma vez que tinham apenas dois dias para completar a missão. Porém, como os navios da realeza eram os mais rápidos de Phythox, a viagem apenas iria durar duas horas.

- Partir de madrugada foi uma boa opção – comentou Matt, observando o horizonte, no qual o Sol já parecia estar a espreitar.

- Porque dizes isso? – perguntou Axel, juntando-se ao amigo.

- Porque, caso as coisas corram mal, pelo menos, sabemos que temos tempo para as corrigir – respondeu Matt com um sorriso.

- Pois, mas os poderes desse aí são fraquinhos, durante o dia – constatou Philipa, recebendo uma careta de Axel.

- Podem ser fraquinhos, mas, pelo menos, servem para alguma coisa – disse Axel – Posso não estar no meu máximo, mas servirei de alguma coisa, caso seja necessário. Além disso, vais acabar de descobrir que eu sou muito bom com a espada, Pippa.

Philipa encarou o anjo e mostrou-lhe o dedo do meio, como resposta ao seu último cometário. Axel apenas se limitou a lançar-lhe um sorriso, o que fez com que a moça ficasse ainda mais irritada.

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