Capítulo 12

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O grupo saíra do Corredor pela porta que se localizava no fundo. Quando chegaram ao exterior notaram que tudo continuava igual.

O Sol brilhava no exterior com toda a sua força, os animais continuavam a explorar a natureza e os segundos não tinham passado. Nem um.

- Que raio! – exclamou Philipa – Estivemos lá dentro fechados pela eternidade e, aqui fora, continua tudo igual?

- Já deverias saber. Quando entramos no Corredor da Morte, o mundo aqui fora para, até alguém morrer lá dentro – informou Sophia, recolhendo o seu arco e as suas flechas.

- Pelo menos, não perdemos tempo – comentou Karina, guardando a Pedra na bolsa que tinha na cintura.

- Muito bem, vamos voltar – sugeriu Matt – A Floresta Encantada não fica muito longe e é lá que se localiza o nosso próximo objetivo. Além disso, é lá que estão os pégasos.

O grupo concordou com a sugestão de Matt e seguiram caminho em direção à Floresta. Passaram por entre as enormes árvores e, quando finalmente encontraram um pequeno caminho de terra batida, seguiram-no.

O caminho dava acesso à praça principal da Floresta. E a praça, por sua vez, dava acesso a todos os cantos daquela Floresta, a todos os castelos que pertenciam aos contos de fada.

Quando chegaram à praça principal, o grupo seguiu caminho em direção ao castelo da Bela, onde iriam guardar a Pedra e trocar as roupas rasgadas. Chegaram ao enorme castelo passados alguns minutos e foram recebidos por um enorme sorriso, por parte da Bela.

- Meus queridos, ainda bem que estão de volta! – exclamou ela, alegre e, ao mesmo tempo, aliviada – Temia que algo vos tivesse acontecido.

- O tempo não passou enquanto lá estivemos, mãe, por isso, tu não podias ter ficado muito preocupada – disse Henry, soltando uma gargalhada, e beijando a mãe na testa.

- Eu sei, querido, mas sabes como eu sou – defendeu-se Bela – Assim que o tempo voltou a contar eu vim imediatamente para aqui, para esperar por vós. Os pégasos estavam tranquilos, por isso, deveria estar tudo bem, mas o meu coração não parecia compreender isso.

- Mães serão sempre mães – comentou Nate, cumprimentando Bela com um abraço apertado e um beijo na bochecha.

- Nate! – cumprimentou Bela alegremente – Não sabia que estavas de volta! Nem que estavas com eles.

- Sabe como é, quantos mais, melhor – disse Sophia sorrindo. Nate sorriu de volta para a moça, fazendo-a ficar ligeiramente corada e desviar o olhar – De qualquer das formas, temos de continuar com a nossa "pequena" aventura.

- O que aconteceu com a tua boca, minha querida? – perguntou Bela, aproximando-se de Sophia para lhe analisar a cicatriz.

- Oh, isto? Não é nada, não se preocupe – garantiu Sophia com um sorriso nos lábios – Podemos dizer que eu, finalmente, entrei em harmonia comigo mesma. De qualquer das formas, não há tempo para nos preocuparmos. Ainda temos muito que fazer.

- Tens razão. Em breve, vocês fazem anos e, pelo que eu sei, quando fizerem anos, o vosso corpo irá começar a sofrer – recordou Bela com um semblante triste.

- É, pelos vistos, os humanos não aguentam nem um pouquinho de Mistlyn – comentou Philipa – Sem ofensa, Mara.

- Não ofendeste, eu acho – disse Mara, um pouco confusa.

- Então, acho melhor despacharem-se – informou a Bela – Venham comigo. Vou levar-vos aos guarda-roupas reais para vocês mudarem de roupa.

- Onde podemos guardar a pedra? – perguntou Karina, erguendo a pedra que trazia consigo.

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