Capítulo 26

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Assim que chegaram à casa de Leonard, Nate levou Axel para um quarto. Era um quarto escuro, iluminado apenas pelas pequenas constelações que decoravam o teto do mesmo. Havia também uma pequena lâmpada no teto, que, quando ligada, fazia lembrar a Lua cheia. Tinha uma enorme estante de livros na parede e uma cama com lençóis de veludo por baixo de uma janela. À frente da cama, havia um pequeno banco, com algumas almofadas peludas sobre o mesmo. As paredes eram de gesso azulado e o chão era feito de madeira, tingida de um verde mais escuro. Parecia um local campestre, próprio para uma noite de verão.

Nate achou por bem deitar lá o irmão. Aquele quarto fazia-o lembrar do ambiente natural, onde Axel gostava de estar. Noites escuras, na erva verde, sob a Lua e o céu estrelado de Phythox. Aquilo, com certeza, lhe faria bem.

Após deixar o irmão em repouso, Nate regressou à sala de estar, onde o restante grupo o aguardava curioso. Todos estavam sentados nos enormes sofás de cabedal branco, que fazia um círculo em torno de uma mesa de vidro cuja base era feita de metal. Em frente, havia uma televisão que se localizava sobre uma lareira, ainda em cinzas. As paredes eram beijes, decoradas com quadros que retratavam a fauna e a flora de Witchell. O chão era de mármore preto, sobre o qual estava um enorme tapete de veludo vermelho.

- Como está ele? – perguntou Sophia, levantando-se um pouco mais tranquila, embora ainda se culpasse.

- Está a descansar – respondeu Nate com um sorriso ternurento nos lábios – Acredito que, daqui a algumas horas, ele já estará recuperado.

- Espero que sim – disse Philipa – Precisamos da ajuda desse idiota.

- Será? Ou será que tu estás preocupada por ele estar aleijado? – perguntou Matt com um sorriso brincalhão nos lábios.

- Tu queres morrer, hoje? – questionou Philipa com a sobrancelha direita ligeiramente erguida – É que eu terei muito prazer em cumprir esse teu desejo.

- Tudo bem, podes esconder os teus verdadeiros sentimentos, mas ambos sabemos que, lá no fundo, tu estás bastante preocupada – declarou Matt, ainda brincalhão.

- Eu vou mesmo assassinar este feiticeiro! – resmungou Philipa, em alta voz.

- Malta! – advertiu Henry, olhando para ambos – Já chega de baixas por hoje.

- O Henry tem razão – concordou Karina – Ainda temos bastantes coisas para fazer, portanto, vamos tentar poupar as energias. Por falar em energias, acho melhor vocês as duas beberem um pouco de chá – acrescentou Karina, pegando na garrafa do chá e entregando-a a Sophia.

Sophia pegou na garrafa com cuidado e verteu um pouco de chá para a tampa, bebendo-o logo em seguida. Assim que terminou, entregou a garrafa para a irmã, que repetiu a ação. Depois de lavar a tampa e fechar a garrafa, Sophia entregou-a para Karina, com um sorriso de agradecimento nos lábios.

- Agora que estamos todos recuperados, acho melhor começarmos a realizar o feitiço – sugeriu Leonard, pousando todos os ingredientes no cimo da mesa de vidro.

O grupo encarou os ingredientes. Os olhos das aranhas gigantes, o veneno de sapos marinhos, o sangue do Alfa, os dedos de zombies e a Erva da Força. Cinco ingredientes simples, mas que deram imensas complicações, ao longo dos últimos dias. Faltavam menos de quatro dias, para as gémeas completarem os dezoito e, mesmo assim, parecia que o grupo estava nesta aventura há anos.

- É bom que isto funcione – murmurou Philipa – Porque eu não andei a arriscar a minha vida, para nada.

- Não te preocupes, vai funcionar – garantiu Nora, pousando a mão sobre o ombro de Philipa.

- Como é que podes estar tão certa? – perguntou Philipa, encarando Nora com as sobrancelhas erguidas.

- Não estou – admitiu Nora, dando de ombros – Só sei que temos a melhor das equipas, nesta sala, e que somos capazes de fazer qualquer coisa dar certo.

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