O Dom dos Mares era uma magia ancestral muito poderosa, que podia apenas ser proferida pelas sereias da linhagem real. Fora uma magia criada pelo Anjo Guardião dos Oceanos, e doada à realiza submarina, para que todos os habitantes, quer de Phythox, quer da Terra, pudessem visitar o fundo do mar, sem complicações.
O Dom dava aos seus portadores uma cauda de sereia, juntamente com a habilidade de respirar debaixo de água. Durava apenas três horas e transportava os poderes dos seus portadores, também para debaixo de água. Aqueles que possuíam poderes incompatíveis com a água ficavam sem os seus poderes, enquanto todos os outros podiam utilizá-los à vontade.
Sendo filha da princesa Ariel, agora coroada rainha, Daisy possuía na sua linhagem o Dom dos Mares. Através de um simples toque no peito das pessoas, Daisy transformava-as em sereias e levava-as pelo mar adentro.
Daisy aproximou-se de cada um do grupo e tocou-lhes no peito. Após o gesto, eles dirigiram-se para o mar e, assim que tocaram na água, apareceram-lhes caudas de sereia. Mara olhava para a sua cauda azul-marinho fascinada. Nunca na sua vida imaginara que se podia tornar numa sereia.
- É fixe, não é? – perguntou Karina, abanando a sua cauda verde-esmeralda.
- É incrível! – exclamou Mara.
Daisy aproximou-se de Philipa que olhava para aquilo com um sorriso nos lábios. Não de alegria, mas de troça.
- Eles viraram peixes – constatou a moça, soltando uma gargalhada.
- E tu vais virar também – comentou Daisy, encostando a mão no peito de Philipa. A moça olhou-a com desdém, suspirou e avançou em direção ao oceano.
- É melhor tirares os óculos! – gritou Sophia do areal – Para não os molhares!
- Eu não consigo ver sem eles! – bufou Philipa.
- O Dom dos Mares permite-te veres melhor – anunciou Daisy – Por isso é que serve para toda a gente.
Philipa bufou mais uma vez, dirigiu-se ao areal, aonde tinha pousado as suas coisas e pousou também os óculos. Junto com os óculos estava a sua arma, um pouco impotente debaixo de água, e o arco e as flechas de Sophia. Assim que pousou os óculos, Philipa reparou que via melhor. Via como se estivesse com eles na cara. Mas, o mais estranho era que, se a moça os voltasse a colocar, ficava tudo na mesma.
Philipa dirigiu-se para o oceano e, assim que tocou na água, uma enorme cauda roxa, com pequenas lantejoulas vermelhas, ao longo da mesma, apareceu-lhe nas pernas e a moça caiu de rabo no chão.
- Odeio as sereias! – protestou Philipa, resmungando de dor.
- Eu ainda sou uma sereia – comentou Nora, que tinha a sua cauda de volta - Quer dizer, que me odeias?
- Talvez – respondeu Philipa, dando de ombros.
- Não sei como podes odiar estas coisas! – comentou Axel, abanando a sua cauda azul-escura, com alguns detalhes em tons mais escuros – É como se as minhas asas fossem teletransportadas para as minhas pernas.
- Que bom, Axel. – disse Philipa sarcástica – O problema é que ninguém te perguntou.
- Sim, sim, também te amo! – gritou o moço, enquanto Philipa se afastava, recebendo um dedo médio como resposta.
- É triste, quando o amor não é recíproco – comentou Nora, fingindo tristeza, enquanto segurava uma gargalhada.
No areal, faltava apenas Sophia, que ainda possuía um par de pernas. Daisy aproximou-se da moça e olhou-a com confusão.
- O que te aconteceu? – perguntou a princesa, apontando para a cicatriz no canto direito da boca de Sophia.
- É uma longa história – respondeu Sophia com um sorriso – Mas posso dizer que m tornou mais forte.
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A Fairytale Dream
FantasyPhythox é um mundo onde todas as lendas e mitos são reais. Sophia e Philipa são duas irmãs que, embora não conheçam as suas origens, vivem em completa harmonia com Phythox. Porém, tudo muda, quando a chegada de Mara as faz descobrir que estão prest...