Capítulo 13

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Os duendes das maldições eram pequenas criaturas verdes e barulhentas, que foram corrompidas pela magia das bruxas. Assim, de cada vez que elas lançavam um feitiço e ele era interrompido, os duendes apareciam para destruir aqueles que queriam interromper a "obra de arte" das suas mestras.

Era isso que estava a acontecer. Naquele preciso momento, com aquelas pessoas. O grupo estava disposto a desfazer aquela maldição, mas tinham que evitar que os duendes se aproximassem demais, caso contrário, morreriam todos. Aquelas criaturas eram maléficas e eram conhecidas por não terem piedade. E, acreditem ou não, elas não eram misericordiosas com ninguém.

- Porque é que, de cada vez que vamos fazer algo, acabamos sempre entre a vida e a morte? – perguntou Henry, erguendo a sua espada.

- Porque nós atraímos a morte – respondeu Philipa, recarregando as suas armas com munições de prata – Desde que somos pequenos. Acho que ela gosta de nós.

- Não é suposto a morte gostar de alguém – reclamou Sophia, com o arco nas mãos, observando a trajetória dos duendes – Eles não param quietos! Andam aqui a saltar, de um lado para o outro, sem parar!

- Pode ser que se cansem – comentou Nate, que estava numa posição defensiva – Acho melhor continuarem com o feitiço, se não, nunca mais saímos daqui e, acredito, que estamos com o tempo contado.

- Tens razão – concordou Matt, acenando com a cabeça – Vamos a isto, Karina!

Karina aproximou-se, novamente, do Lago e continuou o feitiço. Ela não precisava de limpar aquele lago por completo, mas sim de limpar uma parte dele. Ela iria conseguir, afinal, ela andava na Secundária de Silverwyvern por alguma razão. Era hora de colocar os conceitos das aulas teóricas em prática.

Assim que Karina reiniciou o feitiço, as suas tatuagens voltaram a brilhar e a trajetória dos duendes mudou de aleatória para o ataque a pontos específicos, nomeadamente a Karina e o Matt.

- É que nem penses! – exclamou Philipa, apontando as armas e disparando contra as criaturas. Quando as balas se alojavam neles, os duendes soltavam um gemido de dor e caíam imóveis no chão – Por isso, é que eu uso prata. Funciona sempre!

- Pois, mas não é hora para festejares – avisou Sophia, lançando várias flechas na direção dos duendes, que caíam feridos no chão – Ainda há imensos deles!

- A rainha – diziam os duendes em coro – Ataquem a rainha! – exclamaram eles, indo na direção de Sophia, que disparava as flechas numa velocidade descomunal – Se matarmos a rainha, eles ficam sem saber o que fazer.

Os duendes mudaram o seu alvo de Karina para Sophia. Segundo eles, a morena deveria ser a rainha do grupo e, se a deitassem abaixo, os seus "súbditos" iriam com ela.

- Eles acham que tu és a nossa rainha! – exclamou Philipa, tentando conter as gargalhadas, enquanto tentava defender a irmã.

- Dava jeito uma ajudinha, não acham? – resmungou Sophia, tentando desviar-se dos duendes, que continuavam a saltar em volta dela.

Henry e Mara avançaram em direção aos duendes, no momento em que estes foram atacados por uma bola de fogo celestial. Enquanto eles lutavam corpo a corpo com os duendes, Nate sobrevoou a área e pegou em Sophia, para levá-la para um sítio mais pacífico.

- Acho que me podes considerar o teu general, minha rainha – brincou Nate, quando pousou Sophia no chão.

- Muito engraçado – disse Sophia, revirando os olhos.

- Está na hora de mostrar aqueles monstrinhos quem manda! Minha rainha – despediu-se Nate, com uma vénia, deixando para trás uma Sophia a reclamar.

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