Capítulo 23

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O grupo preparou as suas armas, enquanto aguardava pela intervenção de Nate. O anjo deveria criar um feixe de luz, forte o suficiente, para pôr alguns dos zombies a dormir.

Nate abriu as asas e dirigiu-se para o céu estrelado. De cima, a vista era incrível, embora aterradora. Dava para ver perfeitamente a posição perfeita de cada campa que lá estava. Das mais altas, para as mais baixas, numa perfeita harmonia de tamanhos e formas.

O moço respirou fundo. Faltavam cerca de quatro dias, antes de as gémeas começarem a sentir, de facto, as consequências de viver em Phythox, sem poderes. Nate juntou as mãos e formou uma bola de fogo, grande o suficiente para deitar abaixo um quarto dos zombies. Os zombies voltaram para as suas campas e o moço caiu do céu, deixando o grupo combater o restante terço sozinhos.

- Ele está morto? – perguntou Henry preocupado.

Axel aproximou-se do corpo do irmão e colocou dois dedos sobre a artéria carótida do mesmo. O coração ainda pulsava, embora Nate estivesse inconsciente.

- Ele está vivo. – garantiu Axel – Portanto, acho melhor lutarmos com eles, para garantirmos que o esforço do Nate não foi em vão.

Todos concordaram e partiram em direção à batalha contra aqueles zombies. Ainda faltavam algumas horas para o amanhecer, portanto teriam que lutar durante algum tempo.

Philipa pegou nas suas armas e começou a disparar contra os zombies. As balas perfuravam o corpo dos mesmos, afetando-os por um momento, contudo, no momento seguinte, eles voltavam a erguer-se. Era esse o problema de lutar contra gente morta. Eles não podiam morrer de novo. Porém, poderiam ser atrasados, durante um tempo.

Philipa continuou a lutar contra os zombies, garantindo que nenhum chegasse perto o suficiente para a arranhar. A moça disparava para várias direções. Acertando em ombros, braços, pernas, abdómens e peitos. Parecia que nada afetava os zombies, embora houvessem certos sítios em que eles sentiam mais dor.

- Deem preferência ao peito! – exclamou Philipa, disparando contra o peito de outro zombie – Eles não têm, coração, mas acho que ainda sente que tivessem um.

O grupo seguiu a dica de Philipa e mirou no peito dos zombies.

Daisy pegou na sua espada e correu em direção a uma grande multidão de zombies. Começou a perfurar os peitos de abdómens de cada um, esquivando-se elegantemente de todas as garras que a tentavam alcançar. Era como as aulas de balé. Os movimentos tinham que ser precisos e executados de maneira perfeita, para que tudo corresse bem. Neste caso, para que ela não morresse.

Nora seguiu o exemplo da prima e começou a perfurar o peito daqueles zombies que escapavam a Daisy. Embora a moça não tenha tido aulas de balé, quando era mais nova, ela sabia bem como se esquivar de cada golpe. Ela treinara com o pai, o general do reino submarino de Tritão. Ele ensinara a filha a movimentar-se contra o inimigo e a garantir que não era acertada pela arma do mesmo. Embora Nora não fosse perfeita na técnica, ela sabia exatamente o que fazer e como fazer.

Daisy confiava as suas costas a Nora e Nora confiava em Daisy para certar em cada zombie, com um golpe que seria mortal para um simples ser humano.

Karina chamava as suas lianas e envolvia os zombies nas mesmas, pendurando-os em ramos dos salgueiros que rodeavam o Cemitério das Almas. Porém, assim que a moça largava as lianas, elas morriam, tornando-se em simples cinzas e libertando os zombies que estavam presos nelas. Pelos vistos, a arranhadela de um zombie não era apenas mortal para os seres sobrenaturais. Era mortal para todos os seres vivos existentes no universo.

Henry também se juntara às moças. Ela começou por abater um pequeno grupo de zombies que ia em direção a Nate e, depois de lhes atrair a atenção, guiou-os para um local mais amplo e afastado do corpo inconsciente do amigo. Auxiliando-se da sua força e velocidade naturais, Henry abatia um considerável número de zombies. Contudo, eles voltavam a erguer-se e o moço tinha que repetir o movimento, uma e outra vez, para impedir que eles fossem atrás dos outros.

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