"Só sei uma coisa sobre a vida, algumas coisas acontecem por acaso... algumas coisas acontecem por que as fazemos acontecer."
Preso em uma uma realidade em que não é mais órfão, o desejo de ser herói e seu amor por Mary o impele a recriar sua vida c...
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— Hope, saia já desse banheiro!
Aquela foi a primeira coisa que ouvir assim que desliguei o chuveiro, era difícil não reconhecer a voz da minha irmã mais velha, Nora, enquanto esmurrava a porta do banheiro, eu sabia exatamente por que ela estava daquele jeito, ou estava com muita vontade de ir ao banheiro ou tinha descoberto a minha pequena travessura e estava pronta para dar uma bronca ou pior para contar a nossa mãe, eu aposto na primeira opção.
Saio do banheiro usando um roupão dando de cara com a minha irmã, Nora cruza os braços me olhando e Sorrio minimamente passando por ela secando meu cabelo, e ela vai surtar em cinco... quatro... três... dois...
— Você perdeu o juízo, Hope?! Aonde estava com a cabeça em viajar para o passado?! — Viro-me ficando de frente para ela que me olhava seriamente. — Já pensou no que aconteceria se o papai visse você? Ou pior que a mamãe descobrisse?
— Bart já voltou no passado várias vezes e nunca vi você surtamdo desse jeito com ele, Isobel. — Uso seu segundo nome para afetar ela. — Eu só fui deixar uma pizza para mamãe, não falei nada demais.
— E se o pai tivesse visto você? E se ele descobrisse que você é do futuro?
— Então eu convidaria ele para tomar um café e colocar o papo em dia.
— Hope Caitlin Wells Allen! Isso não é brincadeira! – Solto uma risada com o seu grito e começo a andar em direção ao meu quarto. — Coisas horríveis podem acontecer se você mexer com o tempo.
— Que besteira Nora, Harry Potter não existe de verdade.
— Isso não é ficção, Hope, é a realidade misturado com o fato de todas as merdas que o pai fez quando voltou no tempo, porque foi isso que criou a crise das terras. — Paro de andar quando escuto aquela menção. — Foi isso que nos tirou ele para sempre.
— Não precisa me lembrar que ele não está aqui...
— Parece que preciso sim, você era pequena demais então não lembra como a mãe ficou quando ele se foi, a alegria se apagou dos olhos dela, aos poucos ela foi morrendo por dentro. — Nora fica na minha frente segurando meus ombros. — A única coisa que a fazia viver todo santo dia era a gente e se ela nos perder... Hope, se a gente sumir por causa que alteramos a linha do tempo vai matar a nossa mãe, ela não vai aguentar saber que perdeu um dos filhos para mesma coisa que levou seu marido.
— Não vou alterar a linha do tempo...
— Tem certeza? Mesmo com o seu desejo de ver o papai?
Afasto dela rapidamente sentindo meus olhos se encher de lágrimas, ela não entendia, claro que não, tinha vivido vários anos com nosso pai enquanto eu não tive nada, tudo que quero é ver ele uma última vez, será que é tão difícil entender isso?
— Não pode ser egoísta ao ponto de fazer as viagens por puro desejo. — Fico de cabeça baixa apertando as mãos em punho. — Não pode pensar só em você, Hope.
— E alguém alguma vez pensou em mim? Em como eu fiquei por ter crescido sem pai? — Levanto minha cabeça encarando ela por trás das lágrimas. — Eu não tive nada! Nada para lembrar dele! Mas você sim! Você sempre tem tudo, Nora.
— Isso não é verdade...
— A filha perfeita! A perícia forense perfeita! A heroina perfeita! — Aponto o dedo pro rosto dela gritando. — As memórias perfeita com nosso pai e eu não tive nada!
Por alguma razão raios começam a sair das palmas das minhas mãos enquanto uso elas para da empurrões nos imbros de Nora, minha irmã olha para mim assustada tentando desviar dos golpes.
— Sim, eu sou Egoísta! Sou egoísta por que tudo que eu quero é o meu pai de volta!
Tudo ao nosso redor ficou uma mistura de laranja com azul, parecia que eu controlava toda a energia do mundo e ela estava me mandando escolher que caminho seguir, Nora segurou meu cotovelo com força como uma forma de se proteger e me proteger ao mesmo tempo enquanto tentava sair daquela situação correndo, mas a energia a impedia enquanto eu não tomasse a decisão de para onde ir. Respiro fundo olhando fundo nos olhos da minha irmã e tomo a minha decisão, mas queria voltar para casa, queria voltar para ele.
Numa explosão tudo sumiu.
Meus sentimentos e a minha casa, parecia que eu estava em alta velocidade dando ré, era uma sensação estranha, mais ao mesmo tempo acolhedora, Nora ainda se segurava no meu braço olhando ao redor completamente em pânico foi quando percebi que estávamos de pe no meio da rua, olho ao redor tentando me localizar e vejo que estava em Central City, meu olhar capita uma figura morena atravessando a rua em direção a uma loja de noiva e mesmo de longe eu sabia aonde estávamos, estávamos em casa.
— Hope, o que foi que você fez?! — Olho para Nora com um sorriso mínimo.
— Nos trouxe para casa. — Aquilo foi tudo que falei antes de tudo ficar escuro e eu apagar completamente.
Aviso: Gente, o capítulo é pequeno, mas ele é perfeito! Eu estou voltando, mas aos poucos, peço que tenham paciência comigo, sair do bloqueio e ainda trabalhar é muitodifícil. Bom, espero que gostem. Beijos.
