Ponto de ignição

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Só sei uma coisa sobre a vida, algumas coisas acontecem por acaso... algumas coisas acontecem por que as fazemos acontecer. Eu estava nervoso ali sentado no Jitters com uma xícara de café na mão esperando ela aparecer, não tinha motivo para ficar nervoso, mas quando ela entrou na cafeteria mexendo no celular e usando um rabo de cavalo fez o meu coração bater mais acelerado, eu parecia um bobo adolescente apenas de vê-la, imagina se eu for falar com ela, respiro fundo quando me aproximo dela no momento em que o noticiário fala sobre um novo meta humano chamado Rival, mas eu não precisava me preocupar com isso, havia um novo flash na cidade.

Volto ao Jitters a encontrando sentada olhando algum artigo no notebook enquanto tomava café, suspiro arrumando minha roupa e pegando a sua carteira como um pretexto para conversar com ela, vamos lá Barry, você falava com ela todo dia antes, dormia com ela na mesma cama, não deve ser tão difícil fazer tudo isso de novo.

- Licença. Oi, isso é seu? - Ela virou na minha direção com aqueles olhos castanhos. - Acho que deixou cair, estava ali. Não sei o que houve...

- Puxa. Eu nem tinha percebido, muito obrigada. - Mary sorri quando entrego a carteira para ela.

- Tudo bem.

- Espera, eu já te vi antes?

- Na verdade, fizemos o primário juntos. - Sorrio ficando na frente dela. - Não lembra de mim, primário 23?

- Meu deus, eu me lembro.

- É.

- Garry, não é? - Certo, isso magoou um pouco.

- Barry.

- Barry, me desculpe.

- Barry Allen, tudo bem. - Sorrio um pouco a observando, estava linda.

- É, nós tínhamos o senhor...

- Senhor Hinkley, de matemática.

- Sim. - Ela sorriu lembrando daquele momento de infância.

- Ele batia no quadro com os...

- Punhos, levantando uma nuvem de giz. - Mary solta uma risada me deixando feliz. - Como o chiqueirinho do Peanuts.

- Isso mesmo. - Rio com ela feliz por ter conseguido falar com ela.

- É, como vai?

- Estou muito bem, sou perito da policia de Central City.

- Legal, bem... obrigada de novo, você é o meu herói do dia.

- Que bom que pude ajudar. - Sorrio de lado me afastando, ah vamos lá Barry, você consegue. - Gostaria de tomar um café?

Ela olha para mim confusa com a xícara de café no caminho para a sua boca para tomar um gole, ela sorri sem entender me deixando sem reação, muito bem seu lesado.

- Sei que já está tomando um, mas em outro momento, comigo. Nem tem que ser café poder ser outra coisa, vinha ou cerveja... - Mary ergue a sobrancelha confusa. - Não que eu queira embebedá-la. Chá gelado, gosta de chá gelado? Quer tomar um comigo?

- Eu quero.

- Serio?

- Eu quero tomar um chá gelado com você. - Ela sorri me deixando mais calmo.

- Certo.

- Barry Allen, você é uma graça, sabia? - Sorrio ficando vermelho. - Mas deveria tentar falar um pouco mais devagar.

- Velocidade, sempre foi um problema para mim. - Sorrio para ela antes de sair do Jitters feliz.

Tudo estava diferente, o capitão não era mais o David Singh e eu não precisava sair correndo pela cidade para deter meta humanos e nenhum vilão tentariam matar as pessoas que eu amo, mas nem tudo estava igual que eu lembrava, eu não era mais um conhecido dos West e Mary não se tornou minha amiga durante a infancia, é, estava tudo muito diferente, mas de alguma forma era uma diferença boa. Pedir ao capitão para sair mais cedo para jantar com um amigo, mas de amigo essa pessoa não tinha nada, para evitar que o Flash reverso encontrasse outra forma de matar a minha mãe, eu o capturei e o estou mantendo preso para que não possa trazer aquele futuro, eu sei que é uma coisa errada de se fazer, mas alguém tinha que fazer alguma coisa.

Flashpoint - The Flash 3 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora