Interesse

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Felizmente era Shinobu, carregando as três bolsas, uma nas costas, outra na frente e a outra na cabeça.

- Peguei o material de vocês, porque diferentes de certas pessoas, eu sou fiel e não abandono minhas amigas. - A Kochō falou jogando as mochilas no chão.

- Olha quem fala, a menina que abandonou sua própria prima, NO MORRO! - S/n falou alto se agachando e pegando sua bolsinha azul turquesa.

- Já faz tempo, ninguém lembra mais. - Shinobu falou dando de ombros, enquanto Mitsuri acabava rindo já segurando sua mochila.

- Eu lembro! - Persistiu a "maluquinha".

- Lembra nada, mudando de assunto, vocês foram para o morro de novo? - Questionou a Kochō e Mitsuri balançou a cabeça afirmando. - Perderam as cabeças? Já disse antes e repito, se alguém se apaixonar por vocês, eles sequestram vocês no alto do morro e não soltam mais, minha mãe tinha uma amiga, que sumiu dessa forma, até hoje ninguém a encontrou, só se sabe que ela andava com um marginal. - Shinobu tagarelou fazendo as meninas se assustaram.

- Pensando bem, eles eram estranhos. - Mitsuri pôs a mão no queixo pensativa.

- Eles quem e por quê? - A Kochō mais nova perguntou curiosa.

- Sei lá, apareceram de forma inusitada, eram bonitos, deram caronas para a gente e também acho que aquele moreno dos olhos diferentes, com a lateral da cabeça raspada.. Sei lá, do nada ele bagunçou meus cabelos. - A Kanroji resumiu seus pensamentos relembrando da cena em que Obanai afaga seus cabelos e a mesma se afasta.

- Marginais. - A Kochō concluiu. - Deve ter se apaixonado por você, Mitsuri.

- Sem contar, que tenho certeza que mentiram seus nomes. - S/n disse coçando a cabeça. - Mas a Mitsuri disse que não lembrava, dai paguei de doida. - A mesma disse sentido vergonha.

- Ah! - A rosada exclamou levantando seu dedo indicador. - Eles haviam dito que eram Saci e Itaki, acho que estou lembrando.

- Quase isso, foi Sasuke e Itachi. - Declarou S/n, então Mitsuri arregalou os olhos.

- Sim, sim. Foi isso mesmo, caramba. Fomos muito burras. - A rosada falou, enquanto a maluquinha enrugou sua testa triste.

- EU AVISEI. - Gritou a Kochō mais nova.- Nada de subir o morro, é muita tretaaa!

- Tudo bem, Shinobu. - S/n declarou. - Você tem razão, vai que aquele Douma e Obanai nos sequestre, Deus me livre. - Concluiu juntando as mãos como se estivesse suplicando aos céus.

- Mais uma coisa, vocês subiram nas motos deles? - A arroxeada perguntou

- Pareceram gente boa. - S/n murmurou um pouco intrigada com isso tudo.

- SUBIRAM? - A Kochō falou alto levando a mão para sua boca. - Ah meu pai, não venham me dizer que disseram aonde moravam.

- Não, isso não, somos burras, mas não nesse nível. - Retrucou Mitsuri.

S/n pensou por uns instantes ficando tensa.

- Mitsuri. - Sua melhor amiga a chamou. - Eles sabem onde estudamos. - Declarou S/n.

- Eita. - Shinobu disse pondo a mão na nuca. - Tento ajudar, mas vocês não se ajudam. - A arroxeada falou começando a andar.

- Tá indo para onde? - A Kanroji perguntou indo atrás e S/n acompanhou.

- Pra casa? - Respondeu a Kochō mais nova como se fosse óbvio.

- Ah é, vamos para casa então. - Mitsuri falou sorrindo.

(...)

Logo o sol se pôs e nasceu novamente, o professor da sala de S/n, passava assunto novo e a mesma parecia está entediada, foi quando Mitsuri a cutucou.

- Uzui está olhando para você. - A Kanroji sussurrou e a Kochō mais velha ficou tímida e suas bochechas tomaram cores, ela gostava muito de Uzui, um homem alto com cabelos brancos e um olhar penetrante.

S/n se abanou e olhou pelos cantos dos olhos, sim, ele estava a olhando, só que não, ele estava observando a janela que ficava logo atrás da "maluquinha", como Douma a chama.

Mas a mesma não percebeu e ficou sorrindo para o vento, Uzui vendo a garota sorrir, se envergonhou, fechou a cara e olhou para frente.

- Quando ele fica tímido é tão fofo. - Murmurou S/n sentindo seu coração acelerar.

- Ele gosta muito de você, percebo isso. - Mitsuri tagarelava.

Shinobu anotava tudo que o professor dizia, até mesmo se espirrasse.

- Tenho certeza, pode se confessar, conheço o amor, é recíproco. - A rosada falou dando esperanças a sua amiga, que parecia muito tensa.

S/n olhou pelos cantinhos dos olhos e viu o branquelo com as mãos apoiadas sobre o queixo prestando atenção na aula.

- Não sei... O que você acha, Shinobu? - S/n questionou cutucando a prima.

- Hã? O quê!? - A arroxeada disse um pouco distraída.

- SHINOBU, QUANTAS VEZES VOU PEDIR PARA VOCÊ NÃO CONVERSAR NA AULA, POR FAVOR SAIA. - O professor gritou, Shinobu abaixou a cabeça e saiu arrastando seus pés, que injustiça.

- Isso foi injusto. - Mitsuri sussurrou.

- Licença professor, Shinobu não estava conversand- O professor interrompe a maluquinha.

- Tem razão, era o trio da alegria, Mitsuri e S/n, saíam, AGORA. - Gritou o professor pistola, suas queridas alunas obedeceram.

As meninas saíram juntas e se encontraram com Shinobu chorando no banheiro.

- Shinobu? - S/n a chamou, ela ergueu a cabeça, então era notável ver o rímel borrado da Kochō.

- Só queria terminar de fazer minhas anotações. - Ela soluçou enxugando as lágrimas.

Mitsuri entrou em pânico e a abraçou.

- Não pensa nisso. - A Kanroji tentou consolar. - Pense no Tanjiro, é o garoto que você gosta, né, Maria Mucilon? - A rosada disse brincando, era verdade, a Kochō gostava de um garoto do nono ano, que havia repetido duas vezes seguidas.

Uma delas foi porque entrou tarde na escola e a outra reprovou por falta.

A arroxeada sorriu ainda chorando.

- Vou ser rica o suficiente para nos sustentar, Tanjiro Kamado que me espere. - Shinobu falou convicta e suas amigas assentiram positivamente.

Passaram alguns dias, um, dois, três...

No quarto dia, Douma sentiu algo ruim no peito, uma pontada de curiosidade.

Como será que estava a coitadinha, vulgo a maluquinha? Será que estava sendo ingênua e facilmente manipulável? E por que não subia mais o morro?

Douma se perguntava enquanto calculava o preço da quantidade de drogas que havia na sua casa.

Também se questionou se deveria dar um pulinho na sua escola.

- Merda! - Exclamou o mesmo vendo que cortou seu dedo com a caixa de papelão, se enfezou e focou cem porcento em seu trabalho.

Quando terminou pensou seriamente em ir na escola de S/n e Mitsuri, fazer um susto nela junto de Obanai.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora