S/n estava no quarto, trancafiada, se sentia magoada pelas ações repentinas de Douma, ele estava tentando homicídio contra sua mãe? Que porra de droga estavam tentando dar pra sua mãe? A filha de Muzan, S/n Kochō Kibutsuji, gostaria de dar um fim nisso, de terminar com ele, cada um ir pra seu canto, mas ela estava cheia de ódio. Por que caralhos não a respondia? O que estava fazendo com a mãe dela, dando remédio errado? Assassinato? Ela percebeu que tudo estava muito além dos seus conhecimentos medianos... que tinha que dar um jeito de fugir dali e chamar a polícia.
Pois bem, depois de tanto pensar, criou um plano infalível.
Greve de fome, ela passou um dia rejeitando tudo que o Inosuke a entregava, Douma havia dado ordens para o Javali, o mais velho não queria olhar na cara dela, era uma garota ingrata e mal amada. S/n sobreviveu o primeiro dia a base de água, passou pela sua cabeça que deveria desistir aceitando o hambúrguer... mas... não... sua mãe estava em perigo e ela precisava fazer alguma coisa.
- Ei, ela não tá querendo comer o café da manhã. - Inosuke disse segurando uma bandeja inox com um sanduíche junto de suco de laranja, Aice estava de boa no sofá vendo o flamengo jogar.
- Ela não vai aguentar por muito tempo. - Ele disse com o tom de voz neutro. - Tente de novo.
Inosuke abriu a porta do quarto, segurou a bandeja e entrou.
- Tem certeza que não quer? Tá delicioso! - O cabeça de Javali disse balançando o copo de suco.
S/n tomou de suas mãos o copo e jogou na sua face.
- NÃO. - Ela gritou se levantando indo em direção pra porta, mas esbarrou em algo fofo, era no tórax de Douma. Ele estava encostado na porta tampando a passagem.
- É como dizem, se você quer algo bem feito, tem que fazer você mesmo. - Douma disse pegando a menina como se a própria fosse um saco de batata.
- Vai se limpar. - Mandou o mais velho, Inosuke resmungou uns palavrões e o obedeceu.
O branquelo sentiu S/n bater nas suas costas, o próprio a pôs na cama sorrindo, nada afetava esse homem.
- Realmente não quer o sanduíche? - Ele disse pegando o pão com um guardanapo, a Kibutsuji mordeu seus lábios sentindo o estômago doer. - Quer? - Ele ergueu perto da boca dela ouvindo a barriga da garota roncar. - Pena que não quis antes. - Ele disse mordendo o pão dela. S/n nem pensou direito em suas ações e puxou das mãos dele, de repente, comeu como um animal selvagem. - Muito bem, meu amor. - o mais velho levantou da cama e deu tapinhas na sua cabeça. S/n soltou grunhidos de ódio sentindo repulsa ao toque. - Senão comer, vai ficar doente. - Ele disse com a voz de deboche saindo e batendo a porta com força, ela ouviu o barulho da trinca se fechando.
Ah... ela precisava pensar em outra coisa pra fugir. Ela tocou nos seus bolsos procurando o próprio celular mais uma vez, sabendo que é inútil, que não estaria lá.
Dois dias depois...
O relógio fazia tique taque, ela sentava na cama desconfortável, acariciando o seu cabelo. Ela se levantou, deu algumas voltas pelo quarto, o tempo foi passando e Douma foi para o banho, S/n escutou o barulho da água e percebeu que alguém estava no banho. Ela caminhou passinho a passinho até chegar na porta, ela virou a maçaneta, mas não abriu como o esperado, ela sentou de forma borboleta no chão, até que teve uma ideia, ela precisava abrir a trinca a qualquer custo porque se fosse o Douma no banho, seria muito fácil de escapar da casa. Era hora de por em ação tudo que havia visto nos filmes! Ela procurou algo no chão, mas não tinha nada.
Foi quando suas mãos deslizaram pelo seu brinco. Ela tirou da orelha e ficou fitando o pequeno objeto por um tempo, será que iria funcionar?
Ela tentou enfiar na trinca e rodar, mas era inútil. Cutucou na lateral, vendo algo frouxo. Parece que a batida da porta, tinha desgastado a mesma. Deslizou seu dedo indicador procurando uma falha, totalmente concentrada. Ela viu uma espécie de fio invisível, uma brecha e oportunidade de dar o fora. Ela segurou o brinco com as pontas dos dedos e enfiou mais uma vez, na parte frouxa do trinco, rodopiou e conseguiu tirar um pequeno prego. A trinca consequentemente foi ficando mole e cedeu, a lingueta caiu pra fora e a porta abriu rangendo.
Não perdeu tempo, olhou ao redor, vendo está num corredor que iria para esquerda e direita. Era uma chance entre mil, ela escolheu a direita, apressou seus passos, a primeira janela que notasse pularia porque não sabia onde ficava a entrada e gostaria de ir o mais longe possível, dito e feito. A Kochō entrou em um cômodo, era a cozinha, e de frente a pia, tinha uma janela que dava pra sair com dificuldade por lá, ela já ofegava e delirava, da casa dele iria direto para a polícia constar B.O.
Ela passou de forma desconfortável pela janela e até se molhou um pouco... fazia um tempo que não via o sol, então todo seu corpo teve uma certa estranheza, Douma a deixava tomar banho, a alimentava e trazia roupas básicas de sua casa, foi o próprio que trouxe algumas joias para ela se abrir com ele. Douma sabia que tinha que ser mal... mas... era difícil com ela, entendem? Basicamente era o seu amor de verdade, mas caraca, S/n só pisava nele sempre que podia... ninguém é de ferro também... por isso nessas questões Douma se sentia repartido com os seus sentimentos pessoais.
S/n estava com uma regata e um shorts. Ela abaixou a cabeça, pôs as mãos nos bolsos de trás e saiu toda desconfiada, vendo a famosa vista da favela, ela sorriu um pouco de lado, enquanto o sabonete de Douma caiu no chão do banheiro, quando ele se abaixou sentiu uma leve dor na coluna, algo certo, estava errado, era um mal pressentimento. S/n saiu desse jeito todo torto porque não queria que ninguém a reconhecesse
Notas finais - Eu amo quando vocês me mimam, não me sinto tão solitária, muito obrigada por tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma
FanfictionUma cidade, duas pessoas diferentes, um traficante e uma estudante do ensino médio. Um homem vaidoso e galante. Uma garota humilde e gentil. Um assassino nato que esconde sua verdadeira essência para ficar ao lado de uma certa garotinha. Uma garo...