A nossa protagonista envergonhada se curvou perante a autoridade presente.
- Eu... não... é... - Não conseguia formular uma frase decente sentindo o seu estômago revirar.
Até que um ronco gigante foi ouvido e ela teve uma leve tonalidade de rosa nas suas bochechas.
- Tem sorte que tenho um fraco por mulheres. - Ele disse erguendo a caixa de rosquinha em direção a ela.
S/n timidamente ergueu suas mãos delicadas e puxou uma rosquinha da caixa.
- Muito obrigada. - Ela disse comendo como um bicho.
- Já te atenderam? - Ele perguntou mordendo sua rosquinha.
- Não... Aquele casal estão conversando a muito tempo. - S/n disse se referindo aos clientes que estavam na sua frente.
- Ah... A Mônica e o Cebola de novo... - Akaza disse negativando com a cabeça. - Terceira vez que vieram hoje... amam um barraco, já fomos lá ver os pontos de drogas no bairro do limoeiro, e simplesmente, não têm! - Akaza resmungou tão baixo que S/n entretida com a rosquinha não prestou atenção. - Moça? - Ele chamou sua atenção. - Quer mais um? - S/n já foi pegando mais um e se acalmando.
- Preciso de ajuda... sequestro... - Ela disse comendo mais uma.
- Me relate o seu caso? - Akaza disse passando a língua na sujeira de chantilly.
S/n sentiu que teria sorte com aquele moço, de começo, hesitou... mas ele foi tão gentil oferecendo muitas rosquinhas, nem a expulsou do departamento de funcionários, pelo contrário, chamou a mesma para um espécie de escritório onde falariam melhor sobre esse "caso". Akaza percebia de longe que só havia sinceridade na cara da garota, além de parecer ingênua.
Lá estava a Kibutsuji, sentada de frente a Akaza, a autoridade do local, segurava uma caderneta e uma caneta, pronto para relatar. Claro que a garota estava nervosa, ela só queria resolver tudo o mais rápido possível.
Onde estaria a sua mãe? E ela? O que seria dela se continuasse nas mãos de Douma?
- Eu não sei por onde começar o meu relato. - Disse S/n tentando lembrar de como tudo começou.
- Pelo começo. - O jovem policial falou como se fosse óbvio, a Kochō forçou suas memórias.
- Foi quando eu subi o morro que tanto minha mãe disse pra não subir. - Ela franziu a testa. - Foi quando conheci o sequestrador da minha mãe e o meu.
[...]
S/n abordou toda situação ao Akaza.
- Está dizendo que o seu sequestrador é o seu namorado? E que estão drogando sua mãe? Isso é emergência! - O mais velho ficou indignado, levantando da cadeira e ajeitando seu cinturão. - Garota, preciso do nome desse ser humano horrível. - O homem disse apontando para uma caixa de lencinhos. - Use isso para suas lágrimas.
Dito e feito, a mais nova pegou a caixa de lenços começando a escarrar neles.
- Ele se chama Douma Aice, tem por volta de vinte e poucos anos, é alto, branquelo e têm uma síndrome nos olhos, fazendo os seus olhos se assimilarem a um arco íris. - Ao ouvir isso da garota que falava engasgada. Akaza sentiu um arrepio percorrer todo o espinhaço das costas.
Ele conhecia muito bem esse cidadão, estava em problemas com esta mesma pessoa, ele queria ajudar S/n... mas agora, teria que entregar a seu agressor.
Akaza não passava de uma marionete infiltrada no campo policial para apagar os rastros do lua superior atrasando a investigação, mas não se enganem, ele é um homem bom, apenas caiu na armadilha mortífera de Douma.
O mais velho da sala tentava disfarçar o seu nervosismo, porque dentre todos os policiais essa menina teve o azar de desabafar com a marionete de Douma? Akaza havia escutado tudo, todos os detalhes, que a menina não estava vendo mais a mãe, presa numa casa sem ir pra escola.
E agora... de coração apertado, aquela autoridade manipularia e empurraria S/n para as garras de Douma Aice.
Para S/n não tinha escapatória, ela estava destinada a ficar para sempre com Douma, o branquelo de olhos arco-íris com uma péssima falta de comunicação, não conseguia explicar para sua amada que sua mãe estava sendo tratada em um dos melhores hospitais do Japão, que ninguém estava sendo drogado. Sua língua estava travada, ele só conseguia fazer o que ele era bom... ser o malfeitor.
Pálido como um fantasma, o policial de senso, sentou novamente na poltrona e observou o nervosismo constante de S/n.
Ele demorou um pouco pensando no que iria fazer enquanto fingia mexer no celular, a garota notou isso.
- Olhe, me leve aonde estava sequestrada. Eu e alguns parceiros vamos te escoltar. - Ao ouvir aquilo, S/n teve um leve receio, a justiça agindo tão rápido?
Bem, ela só queria resolver as coisas.
[...]
Nesse ponto, S/n havia sentado no banco de trás de um carro comum e na frente estava o policial que havia relatado o caso, dirigindo, a garota escutou o barulho da tranca sendo fechada, ela sentiu algo estranho no ar, as mãos que seguravam o volante tremiam.
[...]
Já subindo o morro e virando uma esquina, S/n olhou com confusão para o cara que dirigia.
- Como você sabia que era pra virar a esquerda? - S/n questionou com uma das sobrancelhas erguidas.
O homem nada disse.
S/n tentou abrir o carro em movimento, mas não cedeu.
- Moço? Cadê os outros policiais? - A garota disse nervosa tentando abrir a porta do carro.
- Estão vindo. - Akaza mentiu fingindo não ver o desconforto da pobre Kochō. - Não se preocupe, a trava está ligada aí atrás porque tenho filhos, fique calma. Não tente abrir a porta em movimento. Não fique nervosa.
- Desculpa... passei por muito estresse, talvez você tenha um palpite muito bom. - S/n disse se esparramando no banco de trás aonde estava.
- É isso. - O peão de Aice sorriu de lado dirigindo na área do dono do morro.
Douma, Douma. Ele estava perdido dentro de sua própria escuridão, quantas vítima havia feito? Mas era seu método de justiça. Se na favela não tem lei, ele faria as leis de acordo com o senso duvidoso dele. Ele só queria ser o herói das sombras, ele não tolerava assediadores, roubos desnecessários, o lema era "só roube se tiver fome e eu te deixarei vivo". Mas roubar por diversão quebrava sua lei.
Bem, daqui pra frente, as coisas melhorarão ou piorarão? O que acham?
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Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma
FanfictionUma cidade, duas pessoas diferentes, um traficante e uma estudante do ensino médio. Um homem vaidoso e galante. Uma garota humilde e gentil. Um assassino nato que esconde sua verdadeira essência para ficar ao lado de uma certa garotinha. Uma garo...